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domingo, 30 de março de 2014

Poemas Antigos, por Paulo Lopes

 

TU ÉS UMA FLOR
 


Tu és uma flor sem nome
plantada no alto do poema
que eu quero escalar
sem cordas nem receios
para te chamar
amor.

Paulo Lopes (1975)
 
OLHO OS MEUS OLHOS


Olho os meus olhos
revejo-me e não conheço
estes olhos este rosto,...

Nem a guerra nem o ódio
nem dor nem sofrimento
nem o sol nem o vento
nem a luz do dia traz
um sorriso uma lágrima
tanto faz.

Sigo impassivo
este sol esta neve
estas flores de dor
estas vidas em bolor.

Paulo Lopes (1970)
 
Se ao menos vivêssemos
talvez ou outros surgissem
um pouco que fosse
no nosso pensamento.
Mas não vivemos
não pensamos
apenas estamos em pé
num constante lamento.

Paulo Lopes (1973)

NOITE ESCURA



Escura noite sem fim
perdida na madrugada.
Estranhamente
não há estrelas
não há luz nem lua
não há nada.
Apenas é noite
sem luz e sem lua
noite de ninguém
noite que não é noite
que na madrugada se perdeu
esta noite sem fim
esta escura noite.

Paulo Lopes (1967)