terça-feira, 28 de novembro de 2017

O nascer do dia no Alto da Pedreira..., por Duarte Pereira

Duarte Pereira 
O NASCER DO DIA.
Mais um dia iria nascer.

Muitos soldados ficaram de vigia ao relento, tentando não adormecer.
Frio, chuva, humidade, nevoeiro e uma ansiedade constante....

O que nos calhará hoje na "rifa". ?

A nossa agenda chegaria no posto de rádio.

Coluna que viria?, até onde iria.?
Quem ficaria ou quem seguia. ?
Altura de alguns regressarem a Macomia.

Organizar a protecção às obras da construção da estrada.

Entretanto a base já fervilhava com as "canecas de metal", para se tratar do "mata bicho". 

Quando chovia, corridas curtas de um lado para o outro, para procurar abrigo.

Chegava a coluna, que era saudada pelos que estavam a proteger os trabalhos na estrada.

Nova saudação quando entravam na base.
Confesso que eram dos momentos mais alegres e que esquecíamos por momentos aquela "prisão" onde vivíamos.

Se a coluna continuaria para o Mucojo, muitos "voluntários", se ofereceriam para a reforçar. 
Não me lembro de ter comido uma refeição quente no Mucojo.
Só me preocupava com a pesca e andar dentro de água.

Parece que haveria um bar com cervejas frescas.

Altura de formar a coluna para o regresso, paragem no Alto da Pedreira e os "sortudos" seguiriam para Macomia.

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Clima de Moçambique

Clima tropical. 
A estação seca prolonga-se desde abril até outubro, com temperaturas mais baixas (de 15°C a 20°C).

O clima se torna cálido e húmido durante a estação chuvosa de novembro a março. 
As temperaturas, então, oscilam entre 26°C e 31°C, aumentando para o norte de Moçambique. 
As chuvas também são frequentes no norte e no centro (planalto, interior do país) mais que no sul de Moçambique.

Geralmente, os dias costumam ser ensolarados.



Pegas - Este texto traz algumas recordações ?

Leonel Pereira Silva Bom dia Duarte Pereira que abriste a porta mais uma vez e me transportaste mais uma vez para aqueles locais no norte de Moçambique, o alto da pedreira não fez parte das minhas colunas. 
Um abraço e bom dia.

Duarte Pereira Leonel Pereira Silva - Se te tivesses "portado mal", podia ser que o Major te mandasse para lá de "castigo", como aconteceu ao Américo Condeço, que não era da minha companhia.

Leonel Pereira Silva Portei-me sempre bem, mas a caderneta tem lá umas "escritas" a vermelho porque os "chicos ladrões" andavam a abusar no que dizia respeito ao "rancho" e eu fui dos que ateei a fogueira para fazer-mos levantamento de rancho. Mas para compensar depois deram - me um louvor.

F.D.P.

Pegas Albino Sêm dúvidas Duarte isso existe por todo o lado ,,

Duarte Pereira Pegas Albino - Há mais "malta" da 3509 no Grupo, mas não sei se irão ler.

José Guedes Boa tarde Duarte e todos os outros que vão aparecendo ou espreitando pela página,. mais uma vês gostei do teu entretimento na escrita, ainda tens boas lembranças e boas iniciativas,. eu sem castigo tive que ir muitas vezes ao Mucojo e tenho memória daquela picada mas não me recordo nada do alto da pedreira,.. essa parte ficou esquecida na minha memoria,...


Armando Guterres apanhei chuva do Mucojo até ao Alto da Pedreira ... ia enxuto na berliet, suponho que de pé agarrado à grade da frente. 
Quando virámos à direita, a nuvem apanhou-nos e tão molhado como os outros ...

Não entrei nessa de escalas, e ainda menos, de protecções que não houve. Só na preparação da op machamba, no gabinete do sargento, entrei na feitura da lista que "ME ACOMPANHARIA" ao Quiterajo.

Manuel Martins Fonseca Boa tarde Duarte Pereira e a todos que por esta página vão aparecendo, como sempre um texto bem escrito, e a recordar algumas peripécias, passadas numa guerra que nada tinha a ver connosco, para mim foram roubados alguns anos da minha mocidade, acho que também para todos os jovens que estiveram nessa guerra de interesses governamentais e acção psicológica e não só, também para encher os bolsos aos chamados Chicos, pena foi os que por lá ficaram, mas felizmente estamos cá nós, e vamos vivendo o dia a dia com comentários e algum humor, porque este brinquedo (facebook) assim nos permite, por vezes até dá a impressão que alguns camaradas se conhecem uns aos outros o que é algo de muito bom, eu pelo menos com a excecção da CCS poucos conheço das companhias operacionais, mas temos tempo pessoalmente, para pormos algumas conversas em dia nos próximos convívios, isto se aparecerem os mais ausentes, caso do Duarte PereiraGilberto Pereira e mais alguns. 
Por hoje finalizo este meu texto, não sei se bem ou mal mas é isto que tenho na ideia, tenho apenas o 2º grau ou 4ª classe como preferirem. 
Meus amigos desfrutem desta terça-feira o melhor que puderem. Um grande abraço de amizade para todos

Gilberto Pereira Queres é apanhar-me por aí para ajustares contas Manuel Martins Fonseca 

Américo Condeço BEM ESGALHADO este texto .


Duarte Pereira Uma acção pode desencadear uma reacção. 
Neste caso foi bom que, depois da minha publicação , alguns se preocupassem em escrever mais de uma palavra. Manuel Martins Fonseca, uma quarta classe (antiga) "bem tirada", corresponde agora a um 12º ano. 
Quem tiver dúvidas , leia o teu texto. 
Abraço. 
Nota - Eu, o Gilberto Pereira , o Fernando Silva e Horácio Cunha, sentados na mesma mesa nos anos ? : 
Organização do João Novo e do Fernando Bento

Não foi assim há tanto tempo.


Duarte Pereira Seria a tenda de transmissões?
Latas de cerveja vazias junto à minha bota esquerda -  . 

Atrás a tenda dos géneros, um alguidar a sair para a rua?. 
Uma cobra a querer entrar na tenda ? 

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

A nossa visita de hoje ao Alqueva, por Duarte Pereira




Vamos dedicar este texto ao Sr Marcelino, que amanhã há muitos anos, começou a estar cá.
GRANDE AVENTURA
...
Quando chegamos ao Alqueva estava todo molhado.


As paredes da frente estavam húmidas de suster a água que levava atrás.
Todo o ano a bater na parte de baixo das costas deve dar um certo desconforto.
Quando pode largar o repuxo à frente será uma sensação indescritível quase sexual.


Queríamos dar € 5,00 ao Sr que tomava conta daquilo para abrir as torneiras.
Ele disse que não, por causa das turbinas, no nível da barragem mais não sei o quê.

Gostámos do dia.
Na volta até viemos devagar.

A palhinha do garrafão estava tão dura que até parecia de plástico.
Foi com vinho e regressou com água do Alqueva, para vender aos turistas.

Ao fim de um tempo o Toino viu uma brigada da G.N.R. e resolveu parar para lhes dar os parabéns.
Sim senhores, bela auto-estrada, nem passei os 120 Km/h.

Resposta do agente - O senhor acaba de sair de uma estrada municipal. Venha mas é soprar o balão. 
O Toino rebentou com três e não foi multado.

Ainda ouviu um recado via rádio para as outras patrulhas, para não nos mandarem parar. 
O material está caro.

Lá chegamos a casa. 
Vamos descansar duas horas e depois logo se vê.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

E Ribaué!!!, por Rui Brandão

E Ribaué? 

Alguém ainda se lembra do que se trata? 

Presumo que a malta das Companhias operacionais esteja completamente a leste acerca deste nome.

Pois é... este foi o local para onde a C.C.S. foi "estagiar" já com 25 meses de comissão. Filhos da p....
...
Em Ribaué foi dos sítios onde mais veio ao de cima a operacionalidade da C.C.S. 
Aí sim, exaustivamente fazíamos NÉPIA!!!

Para vos dar um exemplo, eu como 2º Sargento miliciano (entretanto já tinha sido promovido) Radiomontador, não tinha oficina e nem sequer ferramenta (ao menos um alicate ou uma chave de fendas...).

Hoje publico uma foto tirada a um Domingo numa povoação (Iapala) a 30 Kms de Ribaué, onde fomos a um bailarico. 

A minha homenagem ao Bernardo que estava de serviço nesse dia. 

Fazem parte do conjunto, o Jorge Costa, o Mota e o vadio Rui Brandão. 

Já podíamos andar vestidos à civil. 

Que maravilha, que grande compensação!!! Filhos da p....



domingo, 12 de novembro de 2017

Ó Manel! cómer é tan bom e drumir???, por Armando Guterres

Armando Guterres 
para BATALHÃO DE CAVALARIA 3878
Ó Manel! cómer é tan bom e drumir???

Em 25 meses, vivi no aquartelamento da Mataca, no quartel de Macomia.

Dormi antes e depois de uma operação no Quiterajo.

Dormi muita vez na ponte Muagamula e poucas no Alto da Pedreira.

No mato da Mataca foram muitas noites, quase todas, bem sossegado.

E à cidade da Baía de Pemba fui cinco vezes levantar os dinheiros da companhia.

Abancávamos os quatro (um por companhia) na pensão Rosas.

Nas férias, sempre em casas particulares, de familiares e amigos.

Restou a primeira noite, no fundo de um corredor, em cima de um monte de colchões no quartel de Porto Amélia.