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sábado, 6 de fevereiro de 2021

O "circuito turístico" CHAI - SERRA DO MAPÉ - MATACA - MACOMIA - CHAI - 1..., por Livre Pensador

 Livre Pensador

31/12/2020
Em Fevereiro de 1973, três grupos de combate da Ccav. 3508 foram "premiados" com um "circuito turístico" CHAI - SERRA DO MAPÉ - MATACA - MACOMIA - CHAI, o qual demorou 6 dias.

Esta foto mostra o momento em que fizemos uma paragem na "área de serviço" do rio Messalo, para reabastecimento do precioso "combustível" necessário para compensar a desidratação.
Pode ser uma imagem de Livre Pensador e roupa exterior



domingo, 6 de dezembro de 2020

Ataque à ponte sobre o Rio Messalo..., por Livre Pensador

 Livre Pensador

21 de Outubro de 2020

Não sei, porque já não me recordo, quanto tempo durou o ataque com tentativa de assalto e golpe de mão à ponte do Messalo.

Mas foi uma batalha muito dura e muito prolongada porque os guerrilheiros da Frelimo iam preparados para conquistar a ponte e destruí-la.

Talvez o
José Lopes Vicente
, que às vezes aparece aqui no Facebook, nos possa dizer quanto tempo durou esse combate e até descrever alguns pormenores ocorridos, uma vez que era ele o comandante da ponte e foi um dos feridos durante a batalha.

O que sei é que os nossos militares se defenderam com coragem, valentia, unhas, dentes, armas e até ... insultos aos atacantes da Frelimo, conseguindo assim repelir o ataque.

No chão ficaram os corpos de 13 guerrilheiros, alguns dos quais tombados já dentro do arame farpado que circundava e defendia a ponte, e que foram por nós sepultados no local.

As nossas tropas sofreram 2 feridos graves e 3 ligeiros.

Nesta foto pode ver-se o material de guerra capturado à Frelimo (faltam as bombas de avião) e que foi: 1 metralhadora Degtyarev, 2 espingardas automáticas Kalashnikov, 5 espingardas Simonov, 2 pistolas, 11 granadas de lança granadas foguete, 25 granadas de mão, 5 carregadores de Kalashnikov, 5 petardos de trotil, 27 pentes de munições Simonov, 5 bombas de avião de 50kg e 1 bomba de avião de 15kg.

Aquele dia 14 de Outubro de 1973 representou uma grande derrota para a Frelimo e uma grande vitória para os militares da Ccav. 3508!

A imagem pode conter: sapatos

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

25 de Setembro..., por José D'Abranches Leitão

O som vinha de longe!??
Havia "batuque"!!!!
Alerta máximo !
Normalmente era assim no dia de aniversário (?) da Frelimo.
Batuque....a noite era de dança. ...no aldeamento.
Sabíamos que alguma população, jogava com um pau de dois bicos!!!???
E a dança, vulgo batuque. ...era a "senha"!!!
Tropaáué! !!! Tropaáué! Tropaáué! Vai sair.... (os mainatos, ouvidos atentos!!!). 
E a coberto da noite...a notícia chegava às palhotas!!!!

Na caserna....os berros! 
Fecha a porra da luz! 
Quero dormir!!! 
Amanhã saímos cedo!!! 
Carago !!! 
Era a voz inconfundível do Alfaiate!!!
Eram assim as nossas saídas, ainda o dia não tinha nascido.... para a picada ou embrenhados num trilho pela mata dentro!
Dia seguinte...minas na picada....emboscadas!?
Do Chai...recebíamos noticias. ...de que "eles"...andavam por perto!
Messalo...da outra margem...alguns vultos suspeitos!
Mataca...nada era recebido via rádio. ... mas o alerta era a palavra de ordem!
Toda a Companhia em alerta máximo! !!!
Era assim o 25 de Setembro!!!
...
As "memórias"...continuam, enquanto os fusíveis, digo neurónios. ...não se "fundem"...ou não se f*****!!!!!
José Leitão
CCAV 2752

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Mais uma..., por José D'Abranches Leitão

Mais uma...
Recordo ainda, o artesanato do “pirata”, um Maconde que usava um lenço preto na cabeça, e que fazia autênticas maravilhas! Cabeças, aldeias indígenas, crucifixos pequenos, Talheres, indígenas, ceias, crucifixos, etc. 
Tudo em pau-preto ou pau-rosa, que depois vendia ao pessoal.

Recordo o Capelão do Batalhão que para além de coleccionar estas “obras de arte”, também vendia uns postais muito apetitosos, ou seja, de gajas nuas!

Recuerdos!!!

Recordo que mais tarde, quando estávamos na Mataca, depois de uma célebre operação de grande envergadura, de 5 dias na mata, com um guia Maconde, que nos tentou enganar, andando às voltas, o que originou um grande desgaste, quer físico, quer psicológico, mas que mesmo assim chegamos ao objectivo, embora sem resultados significativos, pois fomos detectados quando tivemos de ser abastecidos de água, por heli. 

O barulho das catanas a rasgar a mata para o heli aterrar, originou que o IN nos detectasse! 
O regresso foi diabólico, demorando cerca de 10 horas contínuas a chegar à Mataca. 
Recordo-me de chegarmos já de noite, tendo sido recebidos com grande alegria pela malta da CCAVª 2750, pois já nos julgavam perdidos ou mortos! 
A caixa de 24 latas, entretanto prometida por mim, ao meu pelotão, foi deliciosamente bebida!
Gostaria de recordar alguns “heróis” desta aventura, mas a emoção atraiçoa-me e tenho medo de me esquecer de alguém!
Tínhamos notícias da malta da CCAVª 2750 (Mataca) CCAVª 2751 (Chai) que também iam “passando” muitos maus bocados! 

Era sempre uma grande aventura, para os condutores atravessarem a Ponte do Messalo, no Chai. Grande perícia tinha de haver, pois a ponte inacabada, só tinha o betão para os rodados das viaturas. 
Ao menor descuido, as viaturas podiam mergulhar no rio. 

Aliás os trilhos nas picadas tinham de ser rigorosamente cumpridos, pois um pequeno desvio, podia ser fatal: Havia minas por todo o lado!

Outra grande arma do IN era o chamado “feijão macaco”! 
Era um tipo de feijão trepador selvagem, que crescia na mata e cujo “pólen”, quando caía no corpo, originava uma comichão tremenda. 
Quanto mais se esfregava, mais comichão fazia. 
Muitas vezes, tínhamos de tirar a roupa e esfregarmos o corpo com terra. 
O IN “arrastava” este feijão trepador para os trilhos que sabiam que iríamos atravessar. 
Era o “caos”! E assim facilmente nos detectavam.

E assim o tempo ia passando, contando os dias, riscados do calendário, e certa altura, somos informados, de que iríamos para perto de Lourenço Marques, cumprir o segundo ano de Comissão. 
Seria um prémio, pois já tínhamos sofrido muito. 
A moral do pessoal estava de rastos! 
Mais uma vez a desilusão total.
Passaram 12,13 e só saímos de Macomia após 19 meses de Comissão! 
Em vez da “Namaacha”…com praia e tudo, fomos parar à fronteira do Malawi, já na Zambézia, limite do Niassa!


José Leitão
CCav 2752

domingo, 13 de outubro de 2019

Ataques à ponte sobre o rio Messalo..., por Livre Pensador

Livre Pensador 




Devido a algumas dúvidas, incertezas e "apagamentos" na minha memória, o Livre Pensador (Ribeiro) esclareceu-me e deixou este depoimento, que vos deixo para recordar, sobre os ataques à ponte sobre o Rio Messalo.

"Pardal, durante os quase 25 meses que estivemos no Chai houve alguns ataques à ponte do Messalo. 




No entanto, aqueles de maior envergadura foram em Maio e Outubro de 1973 em que a Frelimo tentou fazer golpes de mão para conquistar e destruir a ponte, tanto assim que nessas duas tentativas eles iam prevenidos com bombas de avião, que depois abandonaram na fuga e nós tivemos de andar a explodi-las com a colaboração dos camaradas sapadores do batalhão.





Em Maio de 73 foi com a ajuda do furriel António e em Outubro de 73 com a colaboração do furriel Bernardo, já falecido. 

Foi no ataque de Maio de 1973, altura em que a ponte era defendida apenas pelo pelotão de Bilibiza, que a Frelimo conseguiu conquistar metade da ponte, originando alguns mortos e feridos nesse pelotão e em que um dos mortos e/ou desaparecido levou uma bazookada de RPG7 quando tentava fugir do abrigo a meio da ponte para os abrigos situados na margem sul. 

Desse militar restou apenas um pedaço de camuflado caído no chão em cima da ponte. 

Como o Briote escreveu no texto atrás, foi o pelotão dele que depois andou a percorrer as margens do rio na tentativa de encontrar alguns restos mortais do soldado. 




A partir desse ataque a ponte continuou a ser defendida durante o dia com o pelotão de Bilibiza e à noite era reforçado com uma secção da 3508. 

Foi essa a situação verificada no grande ataque de Outubro de 1973 em que o pelotão de Bilibiza estava reforçado com uma secção do 3º.pelotão da 3508 comandada pelo furriel Vicente. 

Como te disse, ouve outros pequenos ataques ao longo dos 25 meses, mas reportavam-se apenas a umas morteiradas lançadas de longe. 





Na última de todas, ocorrida em meados de Fevereiro de 1974, estava lá eu com a minha secção e a Frelimo resolveu que não nos ia deixar dormir nessa noite. 

De hora a hora, mais ou menos, lançavam uma morteirada que rebentava relativamente afastada da ponte. 

Ás duas ou três primeiras ainda respondemos, mas depois eu decidi que parávamos por ali. 

Eles continuaram a "brincar" até amanhecer. 

Abraço, rapaz".

sábado, 8 de dezembro de 2018

O dia 9 de junho é um dia muito difícil para mim..., por Rui Briote

Bom dia Amigos! 
O dia 9 de junho é um dia muito difícil para mim e por motivos óbvios, pois a grande maioria sabe do significado desta data. 
Para me tentar aliviar um pouco que seja, decidi partilhar convosco um relato desse dia fatídico e não só...um forte abraço a todos.



A MINHA " CRUZ DE GUERRA"...
Como esquecer aquele fim de tarde de 9 de junho de 1973. 
Impossível, visto que carrego no corpo e na alma, as consequências nefastas feitas por um pequeno objecto. 
Obrigado meu Deus por me permitires, ainda hoje, poder descrever o que aconteceu. Podia ter ficado naquele local para sempre, ou melhor ter saído de lá num caixote de madeira.

Era ainda um jovem de 23 anos. 
Estava a cumprir o serviço militar obrigatório. 
Encontrava-me no quartel, a tomar a minha bica, depois de ter feito um reconhecimento aos morros circundantes ao mesmo. 
De repente, eis que ouvi um rebentamento e, como impelido por uma mola, dirigi-me a correr para o quarto, se assim se podia chamar. 
Entrei por uma porta, apanhei a minha G3 e saí pela outra. 
À saída, já preparado para dobrar a esquina do mesmo, fui projectado de encontro à parede por um forte rebentamento de uma granada de morteiro. 
Caí, tentei levantar-me, mas o máximo que consegui foi sentar-me. 
Atingido por vários estilhaços em todo o corpo, sendo um dos mais pequenos aquele que me provocou maiores danos, pois foi mesmo directo à medula, queimando-a na extensão de cerca de sete centímetros. 
Tentei levantar-me, mas não consegui. 
Gritei a todos os pulmões "Não sinto as pernas". 
Como resposta ouvi um eco "O Briote está sem pernas". 

Entretanto, o ataque prosseguia e eu a " assistir" impotente. 
Parecia um pesadelo, mas infelizmente era uma realidade e crua. 
Senti-me revoltado e como vi um very light azul lançado do aldeamento, dei uma rajada em direção ao mesmo, tal a minha revolta. 

O meu corpo já não me obedecia e era um ser humano totalmente indefeso. 
Eis, que de súbito, surgiram camaradas, que pegaram em mim, debaixo de fogo, e me conduziram em direcção à "enfermaria". 
Aí, o Gardete, com palavras encorajadoras, procurou animar-me. 

Entretanto as dores começaram a surgir.
Queixei-me da barriga, dum braço e foi a partir daí que a morfina começou a ser injectada. 
Senti-me desfalecer. 
O meu pensamento foi remetido para bem longe, onde os meus entes queridos estavam... a minha namorada e restantes entes queridos. 
Voltaria a vê-los e abraçá-los? 
Seria uma incógnita... Os meus camaradas foram rapidamente picar a pista, colocar luzes ao longo dela a fim de ser evacuado, mas não houve nem um héli ou avioneta que me fosse buscar.

Só no dia seguinte fui evacuado para Mueda,e quando cheguei colocaram-me no chão e lá me deixaram entregue a mim mesmo. 
Pouco tempo lá estive, pois a gravidade do ferimento exigia ida para outro hospital. 
Fui para Nampula onde fui sujeito a não sei quantos RXs. 
O pessoal que me rodeava dizia-me "Voltará a andar, tenha calma e coragem". 
Que mais podiam dizer?

No dia seguinte rumo a Lourenço Marques, pois o único neurocirurgião existente naquelas paragens, encontrava-se lá. 
Aí chegado, fui logo encaminhado para o hospital civil. 
Entretanto já se tinham passado quatro dias. 
Senti-me abandonado, pois sentia falta de apoio em todos os sentidos. 
Com surpresa vejo surgir o primeiro médico que tinha conhecido no Chai, mais propriamente o Sequeira. 
Deu-me um reconfortante abraço e logo reparou que ainda estava coberto de sangue... 
Pegou em mim e juntamente com a anestesista, lavou-me com álcool. 
Sim, não estou enganado ! 
A médica reparou que tinha um grande corte numa perna e então lá me deu uns pontos ...tudo isto passado quatro longos dias.

Permaneci 11 dias no Miguel Bombarda, assim se chamava o hospital, onde todos os dias recebia a visita de manhã do Murinello, médico do Chai que estava de férias, e de tarde do Amigo Sequeira com a sua linda filha ao colo.

Como a operação era constantemente adiada, houve que mexer cordelinhos, pois não poderia estar mais tempo sem a fazer. 
A evacuação para a " Metrópole" aconteceu finalmente. 
No avião vinha o Kaúlza e família e lá no fundo lá vim nas traseiras do avião, que era o local onde vinham as macas. 
O "senhor" levantou-se, o que me foi comunicado pela enfermeira pára-quedista, mas não se dignou vir dar uma palavra de apoio aos feridos. 
Mentalidade tacanha ...
A aterragem foi por volta das 3 das manhã com ida imediata para a cirurgia de oficiais. 
Passei uma noite cheia de febre e quando acordei, deparei com um grande ramo de cravos, deixados pela enfermeira. 
Lindo gesto sem dúvida a quem nunca tive oportunidade de agradecer, tentei, mas em vão.

Fui operado poucos dias após, permanecendo internado cerca de um mês. 
A primeira semana pós operatória foi muito crítica. 
Tudo o que comia vomitava, inclusive a própria água. Mas lá consegui arribar, começando a comer tudo o que me aparecia pela frente. 
Quando saí, um mês depois, rumo a Alcoitão, as empregadas sussurravam-me - "Nunca esperámos que conseguisse safar-se". 

Felizmente aconteceu e em grande parte o devo à dedicação da minha namorada, que desde que fui internado nunca me deixou....GRANDE MULHER.

Em Alcoitão permaneci cerca de um ano, onde tive uma assistência excepcional da parte médica, de enfermagem, das terapeutas e das (os) auxiliares. 

Saí de lá em julho de 74 numa cadeira de rodas rumo a uma nova vida que não seria nada fácil...


Já lá vão 44 anos.....
Amaro Pereira Sou testemunha pessoal, valente e amigo Rui.
Também recordo bem esse dia.
Forte abraço.
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Não consigo conter as lágrimas! 
Sim porque os homens também choram!!! 
Não "vivi" na pele, esse trágico acontecimento, mas acompanhei um idêntico de um "ex-camarada d'armas", ferido, eram passados 21 dias de "guerra"! 
Julgo que foi o vosso Batalhao que nos foi render. 
Também "experimentei" uma cadeiras de rodas, felizmente só por 1 mês e 26 dias! 
No HM125, fomos visitados pelo Kaulza ....que lá do alto dos seus galões, me olhou de "suslaia"....e nem uma palavra!!!? 
Só uma "peruca" do MNF (o penteado oxigenado, assim dava a entender!)...me questionou: - Foi mina? 
Aqui recordo que o lambe-botas do Sarg da Enfermaria, de "Brise" na mão a pulverizar o nosso quarto, pois as senhoras não podiam cheirar o odor a cavalo, do nosso corpo! 
Eu afinal estava enganado, por que nos tempos de hipismo, as namoradas diziam que o que mais as atraía, era o cheiro a cavalo!! 
Bem....como toda a vida escrevi, "sem rede"...perco-me!!? 
Tudo para lhe dizer....que essa força, essa história de vida, causa uma admiração ainda maior....e pasme-se que, sendo vizinhos, ainda não tive o grato prazer de lhe dar um grande e forte abraço. 
Bom fim de semana, caro Amigo.

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Manuel Maninha Amigo Rui Briote ao ler  teu testemunho sinto me muito imocionado, recordo esse dia como se fosse hoje,momento muito difícil k todos nós passamos,mas tu em particular foste bafejado pela infelicidade, força meu amigo do fundo do coração te desejo o melhor k à mundo e a todos os k te são queridos,um grande abraço.

Antonio Cunha Amigo Briote

Relatas o dia mais difícil de toda a tua vida em estado de revolta, pois realmente nao e para menos.
Mas todos que conviveram contigo temos sempre presente que foste um amigo muito especial!!
Admiramos a tua coragem depois de tudo o que se passou e tu continuas a ser sempre o mesmo brincalhão .
Uma palavra de carinho a quem sempre esteve contigo e nunca te abandonou, pois isto e uma verdadeira história de amor toda ela verdadeira . e que dificilmente se encontra.
Por ser real , tens que dar muitas graças a Deus , porque tens uma retaguarda muito forte e te da forca para viveres com o carinho que mereces!!
Um abraço




Duarte Pereira Eu, que tenho quase sempre uma resposta ou comentário na ponta da língua, estou entramelado .

Motivo errado o da nossa mobilização. 
O local errado, a hora , o minuto e segundo errados naquele dia errado.
Passaram mais quarenta anos e diariamente ter de recordar aqueles poucos segundos que te acompanharão para sempre.
Graças a Deus, os teus familiares e amigos vão conseguindo minimizar o teu sofrimento exterior e interior. 
Temos de seguir em frente. Abraço



José Guedes Amigo Briote, depois de ler o teu texto e todos os comentários que foram escritos que mais poderei dizer, apenas que fiquei emocionado mesmo sabendo que metidos numa guerra tudo nos podia acontecer, mas mesmo com todo esse sofrimento ainda bem que está cá para nos poderes contar este triste acontecimento e já agora os parabéns para as pessoas que sempre estiveram a teu lado e ajudado a que o teu sofrimento fosse menos doloroso, um grande abraço de amizade que sabes bem que é do coração,...




Jose Capitao Pardal Caro amigo, como sabes nesse fatídico dia não estava no Chai, pois ainda me encontrava internado no Hospital Militar de Nampula.

E ainda não tinha conhecimento completo do que se tinha passado nesse dia, mas acredita que as lágrimas me vieram aos olhos... Um grande abraço, Rui Briote. 
Só quem passou por elas sabe dar o valor...
Jose Capitao Pardal
José Lopes Vicente Como podemos esquecer esse fim de dia.
A tristeza que todos sentimos quando terminado o ataque soubemos da tua situação e toda a companhia se uniu em redor de ti para tentar diminuir o teu sofrimento.
Coube ao meu pelotão fazer protecção à pista e rezar para que a evacuação pudesse ser feita.
És um exemplo para todos nós.
Um forte ABRAÇO.



Rui Briote Boa noite a todos! Muito e muito obrigado pelas vossas palavras de apoio. 
A Vida não é nada fácil, mas será melhor vivida com a vossa Amizade sã...um forte abraço de gratidão a todos Vós Amigos



Livre Pensador Amigo Briote, depois de tudo o que foi dito e do tanto que foi dito, apenas te posso desejar que continues a ser o mesmo HERÓI que sempre demonstraste ser. 
Um abração, meu amigo. Ribeiro.



Rui Briote Abração Amigo
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Livre Pensador Também jamais me esquecerei desse dia (9/6/73) porque para além do ataque e do teu infortúnio, foi o dia em que cheguei ao Chai, regressado da Metrópole depois de ter casado.
Rui Brandão Quando leio as tuas linhas que acabaste de escrever, a minha revolta é exponenciada. 
Fomos a tal carne para canhão. 
Milhares de jovens como tu ficaram marcados para o resto da vida e outros tantos com a vida marcada para o fim. 
Não tenho palavras para dizer o que sinto meu companheiro, por incrível que te possa parecer, vivemos também um sofrimento esquisito e sem definição. 
Revolta sim, mas ao mesmo tempo um certo complexo de culpa por não termos a mesma mazela do que tu. 
Claro que nunca será justo!!! 
Resta-nos as tais palavras de conforto melhor ou pior conseguidas. 
A impotência toma conta de nós. 
Contamos contigo para ires buscar forças não sei onde (sim, tens que ser tu, por que mais ninguém o consegue fazer...) para continuares firme ao lado da tua mulher/companheira que merece a tua imponência de personalidade forte e encorajadora. 
É verdade, por vezes temos que ser nós que dar força e coragem àqueles que nos "levantam". 
Vai em frente companheiro. 
O futuro está ai. 
Abraço-te meu jovem companheiro.



Fernando Afonso Ao longo de todos estes anos sempre evitei falar (não esquecer) deste período negro da nossa vida, mas quando confrontado com este e outros relatos, os meus sentimentos são de tristeza e revolta. Perdeste muito de ti, mas ganhaste um batalhão de amigos. 
Que Deus te ajude. 
Um abraço.




Francisco Gonçalves Briote, cada um tem a sua cruz. 
Algumas são temporárias, a tua é perene. 
Tu é a tua família têm sabido superar. 
Tendes sido fantásticos na união, na força e na alegria que conseguis transmitir. 
Sóis exemplo. 

Grande abraço