sábado, 28 de março de 2020

Minas..., um dia a seguir a Nanbine... por João Reis



Espero que o Lourenço se lembre.

Um dia a seguir a Nanbine, os homens da picagem, todos picavam debaixo de uma raiz de uma árvore junto a picada.
Já eu me preparava para avançar com o rebenta minas, quando o Lourenço me disse para parar.

Desceu da berliet, e com a faca de mato, escavou e ela a dita que tinha escapado aos homens da picagem, não escapou aos olhos do Lourenço. 

Recuámos e com um petardo lá foi a dita pelos ares.



E o Reis com os companheiros, escaparam a um voo grátis. 

Mas nessa hora e um pouco mais a frente, estavam mais duas meninas, reforçadas com pregos, prontas para dançar connosco, mas aqui a equipe de picagem não falhou e detetaram-nas.

Mais uma vez os petardos resolveram o problema. 
Ainda recebi na época 3 contos por esse feito. 

Os furriéis homens que eu muito admirei, pela sua postura perante o perigo, gostavam muito de viajar na berliet.
Mas desta vez foi bom para mim, porque a atitude e a atenção do Lourenço impediram um voo que, quem sabe, podia ser fatal.
Obrigado ao Lourenço, nunca esquecerei este episódio. 



E lá fomos passando pela Pedreira até ao Mucojo saborear um banho no Índico.




2 comentários:

  1. Russia foi a minha residência durante 23 meses e meio, daí vim para Porto Amélia aguardar regresso a Lourenço Marques, era toda essa área, Russa, Quiterajo Mapé Macomia era a unidade onde a minha companhia que era a @ do B C 20 de Vila Cabral, foi um tempo que não dá para descrever, é melhor esquecer.Um abraço a todos que por lá passaram e sejam felizes

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. José Macedo, a Russia já não existia em 1972/74.
      Os aquartelamentos eram apenas: Chai, Quiterajo, Macomia e Mataca.
      Um abraço.

      Eliminar