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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Os meninos de Lisboa..., por Duarte Pereira




Pegas Albino - Pegas . Acho que desatei a escrever este texto em Janeiro deste ano.

Foi de rajada. Muitos terão espreitado e outros passado ao lado.
Estavas interessado em saber "coisas" da 3509, nossa companhia.
Irei publicando, tipo novela, o que escrevi na altura.


Estou em crer que o teu 2º pelotão tenha alinhado com os pelotões...
por onde andei.
Espero que te recordes de algo, do que passo a transcrever.




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EM ESPECIAL PARA O "PESSOAL" DA 3509 E MAIS ALGUNS CURIOSOS.
NOS ÚLTIMOS DIAS , NOVAS NARRATIVAS .
"ISTO" DARIA UMA NOVELA.
SÓ FALTAM OS DIÁLOGOS
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Apetece-me escrever um pouco sobre alguns "passeios" naqueles dois anos em Moçambique.

Saídas para o mato foram muitas  inúmeras. 
A compª 3509 fazia protecção à construção da nova estrada entre Macomia e Mucojo.

Os pelotões tinham de se enfiar um pouco no arvoredo enquanto a bulldozer ia abrindo o novo percurso. 
As formigas iam saindo e também outros animais curiosos e alguns perigosos. . 
Os macacos andavam inquietos. 
Não estavam habituados ao barulho e à poluição.
.
Quando a máquina partia uma lagarta, por vezes havia férias. 
Deve ter sido numa dessas alturas que o Armando Guterres, fez um "estágio" na nossa companhia.



Pelo caminho iam-se abrindo umas grandes clareiras, que têm um nome próprio, para retirar terra para a estrada e que também era preciso guardar. 
Não sou grande adepto, mas devia chegar ao tamanho de meio campo de futebol. 
Quando chovia muito era "engraçado" ver as "pocinhas" que se iam formando. 
E os cheiros? 
Especialmente quando chovia emanava um odor intenso difícil de explicar. 
Talvez parecido com o de certas palhotas que se visitavam para se promover a acção psicológica. (estou a falar de Macomia).

O caminho ia-se fazendo, fazendo o máximo para evitar incidentes, acidentes. 
Havia uma escala. 
Quem não andava na protecção, "passearia" nas colunas. 
Era preciso levar água ao aldeamento dos milícias do Alto da Pedreira. 
Fazer escolta aos camiões civis "pesadíssimos" que levavam géneros para o Mucojo. 
Na picada antiga, no tempo da chuva, os "atascansos" eram "maning". 
Cortar troncos de árvores para pôr debaixo dos pneus, usar os guinchos dos unimog. 
Debaixo de chuva e com as botas na lama era "encantador". 
Eu gostava de me enfiar no mato para fazer a protecção. 
Não há dúvida que a malta do Norte tinha mais força e habilidade, que os (meninos de Lisboa). 

(CONTINUA, ATÉ QUE A VOZ ME DOA).

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Para conhecer o Alentejo, por Marília Dis Savtos

Marilia Dis Savtos
 

Para conhecer o Alentejo, temos de caminhar pelos campos, pelas estradas terra batida, muitas quase serpenteiam como cobras.
 
 
 
Temos de cheirar, as ervas aromáticas (margaça, a sálvia, o rosmaninho, mata pulga, alfazema alecrim, os orégãos, a murta, etc..).
 
 
 
É bom, o contacto com natureza, o seu silêncio, andar no meio do campo, pelas veredas das cabras.
 
 
Caminhos onde por vezes correm os e riachos e levadas (estes caminhos nunca foram humanizados), onde vegetação é exuberante nos vales, onde crescem os milheirais.
 

Podemos ainda visitar as aldeias típicas, caiadas de branco com listas amarelas ou azuis, cheias de craveiros nas janelas.
 
 
Onde as típicas tabernas, ainda existem, onde o vinho ainda fervilha e fermenta nas talhas.