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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Duas tarefas na tropa: decepar frangos e lavar pratos, por Leonel Pereira da Silva

 
 
 
De Santa Margarida, depois de ser mobilizado, (eu estava colocado no Regimento de Cavalaria quando me saiu aquela malvada cautela), só tenho presente dois episódios.
 
1- Num determinado dia fui escalado, com não sei quantos mais, talvez 6 ou 7 para ir matar frangos, outros iam depenar etc..
 
Eu com uma faca grande, tipo catana pegava no frango e com o pescoço deste apoiado num cepo decepava-lhe a cabeça e de seguida atirava-o para um monte de frangos já sem cabeça, com o faziam outros camaradas.
 
Agora o que me fez recordar para sempre esta "cena" - uma boa percentagem dos frangos quando os atirava para o monte, portanto já decepados, começavam a correr alguns mais de 10 metros.
 
 
2 - Também fui escalado para lavar pratos.
 
Estes eram colocados no chão mais ou menos espalhados, com uma mangueira a correr água, eram assim que eram lavados.
 
BOA preparação para o que nos esperava em Cabo Delgado.
 
 
Desculpem lá a "riqueza" deste partilhar convosco.
 
Um abraço

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O "Treme, Treme"..., por Fernando Bento

Foto Google

29 de Julho de 2013 22:12
Quando os Sapadores chegaram a Stª Margarida para integrar o I.A.O. (vínhamos de Bragança de dar uma especialidade de sapador), já todas as companhias se encontravam espalhadas pelas matas de Stª Margarida.
Ao chegarmos ao RC 4, fomos informados dessa situação e conduzidos de imediato, para o local onde estaria a C.C.S..
Depois de nos termos apresentado, tentamos arranjar sítio para dormir.
Sitio para dormir arranjamos, mas não havia colchões disponíveis, então fomos falar com o alferes Antunes, que era o Comandante de Companhia (depois tenente), para nos arranjar uma viatura para irmos buscar colchões.
Quando estávamos a falar com ele reparamos que o homem não parava de abanar a cabeça em sinal negativo, então o António com a sua perspicácia toda retorquiu: mas meu alferes, chegamos agora, não temos colchões, onde é que dormimos?...
O alferes, sempre a abanar a cabeça, respondeu: 
Ó homem, quem é que lhe está a dizer que não!
Vão lá buscar os colchões.
O homem ficou então conhecido pelo "treme, treme".