Estávamos nos primeiros dias de Abril de 1972 quando a CCAV. 3508 foi informada que iria ser desencadeada uma longa operação, com o nome de código "OMO 1", destinada a destruir machambas e palhotas da população afeta á Frelimo.
Para a execução da mesma, a CCAV. 3508 deveria contribuir com 3 grupos de combate ( o 1º.gr., o 3º.gr. e salvo erro o 4º.gr.) os quais teriam de se apresentar em Macomia, onde começaria a referida operação.
Reunido o pessoal e o equipamento deu-se início á coluna militar assim que despontaram os primeiros raios solares, para fazer os cerca de 40 km que separavam as duas localidades.
Com todo o cuidado procurámos pôr em prática os procedimentos a que tínhamos assistido quando o Esquadrão de Cavalaria escoltou a nossa companhia de Macomia para o Chai, no final de Fevereiro, para lá ficarmos instalados.
A progressão era feita em marcha muito lenta, com várias zonas do percurso feitas apeadas, fazendo picagens atentas sempre que necessário (ver fotos 1, 2 e 3), ao mesmo tempo que se fazia fogo de reconhecimento para a dianteira da coluna, umas vezes de tiro (com a HK-21) outras vezes de morteiro 60, em todos os locais que nos pareciam suspeitos, com especial incidência no famigerado Monte das Oliveiras.
E foi assim que passadas 6 ou 7 horas chegámos a Macomia perto da hora de almoço, "sãos e salvos" como se costuma dizer e sem que tivesse havido qualquer contacto com o inimigo.
Formados os três pelotões na parada de Macomia, fomos recebidos pelo oficial de operações major Rui Fernandes (mais conhecido por major Alvega).
Após as apresentações da praxe, o major quis saber se tínhamos tido problemas durante o percurso do Chai até Macomia, pois tinha ouvido alguns rebentamentos.
Ao ser informado que os ditos rebentamentos foram causados pelas granadas de morteiro 60 durante o fogo de reconhecimento ao longo do trajecto, o "ilustre oficial" entrou em paranoia e proibiu tal prática com uma frase que ficou célebre: "LEMBREM-SE QUE MUNIÇÕES COMPRAM-SE E HOMENS REQUISITAM-SE" !!!
Para este oficial era mais importante o dinheiro gasto em munições do que a vida de um ou mais homens.
Decerto que nem Hitler chegou tão longe!
Entretanto, passadas 1 ou 2 horas fomos informados que a operação tinha sido adiada e ainda nesse dia regressámos ao Chai.
Para a execução da mesma, a CCAV. 3508 deveria contribuir com 3 grupos de combate ( o 1º.gr., o 3º.gr. e salvo erro o 4º.gr.) os quais teriam de se apresentar em Macomia, onde começaria a referida operação.
Reunido o pessoal e o equipamento deu-se início á coluna militar assim que despontaram os primeiros raios solares, para fazer os cerca de 40 km que separavam as duas localidades.
Com todo o cuidado procurámos pôr em prática os procedimentos a que tínhamos assistido quando o Esquadrão de Cavalaria escoltou a nossa companhia de Macomia para o Chai, no final de Fevereiro, para lá ficarmos instalados.
A progressão era feita em marcha muito lenta, com várias zonas do percurso feitas apeadas, fazendo picagens atentas sempre que necessário (ver fotos 1, 2 e 3), ao mesmo tempo que se fazia fogo de reconhecimento para a dianteira da coluna, umas vezes de tiro (com a HK-21) outras vezes de morteiro 60, em todos os locais que nos pareciam suspeitos, com especial incidência no famigerado Monte das Oliveiras.
E foi assim que passadas 6 ou 7 horas chegámos a Macomia perto da hora de almoço, "sãos e salvos" como se costuma dizer e sem que tivesse havido qualquer contacto com o inimigo.
Formados os três pelotões na parada de Macomia, fomos recebidos pelo oficial de operações major Rui Fernandes (mais conhecido por major Alvega).
Após as apresentações da praxe, o major quis saber se tínhamos tido problemas durante o percurso do Chai até Macomia, pois tinha ouvido alguns rebentamentos.
Ao ser informado que os ditos rebentamentos foram causados pelas granadas de morteiro 60 durante o fogo de reconhecimento ao longo do trajecto, o "ilustre oficial" entrou em paranoia e proibiu tal prática com uma frase que ficou célebre: "LEMBREM-SE QUE MUNIÇÕES COMPRAM-SE E HOMENS REQUISITAM-SE" !!!
Para este oficial era mais importante o dinheiro gasto em munições do que a vida de um ou mais homens.
Decerto que nem Hitler chegou tão longe!
Entretanto, passadas 1 ou 2 horas fomos informados que a operação tinha sido adiada e ainda nesse dia regressámos ao Chai.