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domingo, 23 de agosto de 2020

O perdido..., criado pelo Duarte Pereira, mas da autoria do Fernando Afonso

Duarte Pereira
26/07/2020
Hoje vou dedicar um pouco mais do meu tempo a uma "vida" que todos pensavam de muita "acalmia" só interrompida nas colunas de reabastecimento.
Neste texto do Fernando Afonso, iremos ler alguns dos que estiveram mais próximos dos " enxames de abelhas" .

Pensei que só o capitão miliciano graduado António Ferraz andaria no "barulho ", mas na Mataca também andou o Nuno Salgado com o mesmo estatuto, os furriéis, esses "malandros", também andavam na linha da frente para os "golpes de mão", exemplo, o Cardoso que era um pouco mais pequeno tinha mais hipóteses de fugir às balas, segue a narrativa do Fernando Afonso.
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Fernando Afonso Há muita coisa de que já não me recordo, exactamente porque fiz uma limpeza no disco rígido. Por exemplo, só sei o nome da operação OMO, porque fui heli-transportado e porque participei nela apenas com a minha secção, tendo o restante pelotão ficado no aquartelamento.
Todas as outras que fiz ao longo da comissão, e foram muitas, não sei o nome de nenhuma delas.

  • Fernando Afonso, Nós queremos lá saber dos nomes das operações. Aguardamos os pormenores da operação em que te perdeste. Vai alinhavando e depois publica. Abraço.
  • 📷Fernando Afonso Dia 11 de Maio/73 iniciamos a operação, 2º e 3º pelotão. Levávamos connosco, como guia, um indivíduo que tínhamos apanhado no mato numa operação anterior e que o Major mandou que nos acompanhasse naquela operação, para nos levar ao objectivo (o Major era um sonhador. Guerrilheiro de arame farpado).

  • Dia 12 à tarde aproximá-mo-nos do objectivo.
  • O "turra" pediu-nos por tudo para não matarmos ninguém. Ele tinha família do lado de lá. Falsamente, anuímos ao seu pedido.
  • Como já era muito tarde resolvemos pernoitar nas imediações e tentar chegar ao objectivo no dia seguinte, pela madrugada. O Salgado, que já era capitão e que alinhava sempre connosco, chama-me e pergunta-me se eu quero ir à frente com o grupo (porque ele conhecia-nos bem, tinha sido o meu alferes do grupo), ao que respondi: "Não. Não me ofereço, porque pode alguma coisa correr mal e não quero ficar com problemas de consciência".
  • Naquele dia era ao 3º pelotão que competia ir na frente. Eles que avançassem. Entretanto fur. Cardoso, oferece-se para seguir na frente com a sua secção.
  • No dia 13 de Maio (dia da Sra. de Fátima), de madrugada iniciámos a progressão já com todas as cautelas e pouco tempo depois depará-mo-nos com um acampamento com 5 ou 6 palhotas e com 7 ou 8 habitantes.
  • Fez-se o assalto, no tiroteio faleceu uma mulher e os outros deixá-mo-los fugir porque havia lá crianças e não queríamos que ficassem órfãs. Isto digo eu agora, porque na altura não havia tempo para pensar.
  • O pelotão atravessou o local das palhotas, eu seguia na cauda e houve uma ordem para a última secção destruir as palhotas.
  • Depressa passei a informação aos soldados e começamos a pegar fogo nelas. Os meus soldados com pressa e talvez com medo de alguma represália afastaram-se de mim, sem avisarem, deixando-me sozinho naquela missão.
  • Quando deixo as palhotas e sigo em direcção ao local onde supostamente esperaria que estivesse o pessoal à minha espera, olho em redor e onde é que eles estão? Durante alguns momentos, bloqueei. Respirei fundo e corri em várias direcções na ânsia de os encontrar.
  • Acho que Nª Sra. de Fátima esteve do meu lado. Tive a sorte de ir parar a uma pequena elevação de terreno que me permitia ter um campo de observação mais elevado e assim vislumbrar o pessoal que já seguia muito afastado. Corri até eles, juntei-me ao meu pessoal e já não me lembro se lhes disse alguma coisa. Acho que não.
  • Passados alguns minutos ouvimos ao longe 3 ou 4 rebentamentos. Acho que foram granadas que estariam escondidas nas palhotas. Até porque o meu soldado Lemos apanhou uma granada que depois entregou ao Capitão. O regresso foi tranquilo.
  • 📷Duarte Pereira Fernando Afonso - Este teu artigo fica aqui em "Banho Maria" e amanhã ou depois divulgarei no topo da página do grupo, porque no meio de todos estes comentários será difícil apanhar. Não sei se tens conhecimento que o José Capitão Pardal "alimenta" um Blog em que publica as nossas " histórias" que tenham pernas e cabeça.
  • Esse blog é "público" e não só nós deste Grupo, mas qualquer outro "internauta" poderá ter acesso. Eu tenho uma série de artigos meus lá publicados e pergunto se vês algum inconveniente em o José Capitão Pardal os publicar, se achar que têm mérito.
  • Obrigado por teres partilhado connosco mais um episódio complicado daqueles tempos. Abraço.
  • 📷Fernando Afonso Duarte Pereira Os relatos são verdadeiros e vividos na 1º pessoa. Ainda houve outras peripécias que não revelei porque o texto já estava longo, mas o essencial fica narrado.
  • Não vejo nenhum problema em que se torne público, contudo alerto para o facto de poder ser lido por alguém que não goste de alguns termos usados, com por exemplo: "turras", que era o termo, na altura, utilizado para referenciar os guerrilheiros da Frelimo.

sábado, 26 de novembro de 2016

A minha G3..., por Duarte Pereira


NOTA PRÉVIA.
ESTE ARTIGO "A G-3", NÃO É PARA TENTAR DIMINUIR OS OUTROS EX-COMBATENTES, QUE LUTAVAM COM OUTRAS ARMAS PARA O BEM COMUM.

UNS ESTARIAM MAIS EXPOSTOS.
PODERÁ TER SIDO O "DESTINO", OS QUE, ACREDITAM E ACREDITARAM NELE, QUE TERÁ MUDADO AS NOSSAS VIDAS.

A MINHA G-3



EM SANTARÉM ANDAVA COM UMA G-3 QUE PASSOU MAL...
CHUVA, ESGOTOS, RIACHOS, POEIRA, CALOR DE VERÃO.

DISSERAM-ME QUE A G-3 TERIA DE SER TRATADA COMO UMA MULHER.

HAVIA INSPEÇÕES PERMANENTES À SUA MANUTENÇÃO.
MUITO ÓLEO E ESCOVILHÕES PASSARAM POR ELA.

A QUE ME FOI DISTRIBUÍDA NUNCA RECUSOU UM TIRO.

FUI MOBILIZADO. 
NÃO SEI SE LEVEI A MESMA.
ERA VELHINHA. 
JÁ DEVERIA TER FEITO UMAS COMISSÕES.

EM SANTA MARGARIDA OU JÁ EM MOÇAMBIQUE FIZ UM CONCURSO DE TIRO AO ALVO.
CLARO QUE GANHEI. 
FIQUEI EM TERCEIRO. 
GANHOU O AMÉRICO COELHO QUE JÁ USAVA ÓCULOS. 
EM SEGUNDO O FERNANDO LOURENÇO. 

A CORONHA DA G-3 DO AMÉRICO COELHO ACHO QUE ERA PRETA.

EM MOÇAMBIQUE CONTINUEI A TRATÁ-LA COM CARINHO, ASSIM COMO AS MINHAS BOTAS.

NOS LONGOS DIAS DA OPERAÇÃO OMO1 NA SERRA DO MAPÉ, CHEGUEI AO FIM COM CANSAÇO MAS OS PÉS ESTAVAM BEM.



SEMPRE INCUTI NOS SOLDADOS A MEU CARGO A MINHA EXPERIÊNCIA.
MUDEM OU NÃO MUDEM DE CUECAS. 
TENHAM CARINHO COM A VOSSA ARMA.
ANDAVA TRISTE COM O MEU 3º LUGAR NO CONCURSO DE TIRO AO ALVO.

A CONSTRUÇÃO DA ESTRADA MACOMIA/MUCOJO ABRIA CLAREIRAS DONDE TIRAVAM A TERRA PARA A NOVA ESTRADA.

NÃO ME LEMBRO, MAS PENSO QUE DE TRÊS EM TRÊS MESES RENOVÁVAMOS AS MUNIÇÕES DOS CARREGADORES.

AVISÁVAMOS MACOMIA QUE IRÍAMOS FAZER FOGO.



UM DIA SOZINHO "COMO EU ERA CORAJOSO" FUI PARA O ALTO DE UMA TERRAPLANAGEM E COLOQUEI UMAS LATAS DE CERVEJA LÁ NO MEIO.
NÃO POSSO CONFIRMAR SE ERAM 50 M. OU 100 M OU MAIS...
COLOQUEI A ALÇA DE TIRO NO BURAQUINHO DOIS. 
FIQUEI FELIZ. 
AS LATAS VOAVAM. 
PODIA ATÉ NÃO ACERTAR. 
COM O IMPACTO NA TERRA, ELAS ABANAVAM E CAIAM. 
O MEU AMOR PRÓPRIO TINHA VOLTADO DEPOIS DAQUELE VEXAME DO CONCURSO DE TIRO.

QUANDO ENTREGUEI A G-3 NA BEIRA, TIVE DE A ATIRAR PARA UMA MOLHADA. 
CONFESSO QUE NA ALTURA NÃO CHOREI E NEM SEQUER FIQUEI COMOVIDO.
MAS É O QUE ME ACONTECE AGORA QUANDO LEMBRO AQUELA CENA.
NÃO SEI SE ELA ME DEFENDEU? EU DEFENDI-A.

ALGUÉM QUE A SEGUIR A MIM A APANHASSE PODERIA TER A CERTEZA QUE ESTARIA EM BOAS CONDIÇÕES.

NÃO FOI UM "DIVÓRCIO", GOSTARIA DE A TER TRAZIDO PARA CASA E FICAR AO LADO DE UM STICK DE HÓQUEI EM PATINS QUE GUARDO RELIGIOSAMENTE.
VOU COM ESSE STICK À PORTA QUANDO ALGUÉM BATE À PORTA A PARTIR DA 1 HORA DA MANHÃ.

MORAL DA HISTÓRIA: PROCUREM TRATAR BEM OS DE QUE POSSAM VIR A DEPENDER ( OU NÃO ).

Paulo Lopes Até acredito que tenhas tratado bem da tua "G3" mas, de forma alguma posso acreditar que tenhas tratado da mesma forma o teu "stick" de hóquei já que apenas te serviste dele para andar à "marretada" numa bola!!
Pois eu também, em ocasiões espaçadas, gostaria de ter a G3 em meu poder (apesar de ser só garganta e provavelmente só mesmo em casos de extremo instinto de defesa é que a utilizaria! 
Mas que existem alguns que bem precisavam de experimentar, lá isso há!). 
Mas, foi um enorme prazer abandonar essa amante do ultramar!
Quanto à pontaria com a G3 e em semi-automático, estariam os alvos à vontade comigo até porque, salvo erro, o cano era de estrias o que originava uma saída de bala aos círculos! 
E não posso colocar de parte que eu era da secção de dilagramas! 
A arma que segundo afirmavam os "canhanhos lá de Tavira" que eu fiquei muito bem classificado, foi a HK21.
Moral da "minha" história: não sirvo para militar!

Américo Condeço A minha história com a G3 já foi contada há muito tempo atrás, mais propriamente com a coronha da dita cuja, mas a minha guerra era outra e a menina só servia para fazer aquele fogo na carreira de tiro para desenferrujar o cano e queimar munições que não estariam em condições, como disse a minha Guerra era outra a SAÚDE de todo o pessoal, VACINAÇÃO trimestral de toda a gente contra a cólera , distribuição semanal de antipalúdicos e a assistência médica e medicamentosa aos enfermos que aparecessem, lembro-me que por força da minha especialidade assisti a alguns partos efectuados no hospital civil que existia em Macomia, e de um em especial pois implicou uma evacuação quase ao anoitecer de uma parturiente negra que estava há já dois dias para ter a criança e já não tinha forças para ajudar a mesma a nascer, avião na pista parturiente lá dentro e avião no ar, imediatamente o piloto informou que a criança tinha nascido ainda o avião não tinha acabado de subir, ordens dadas pelo Dr. voltem para trás nós tratamos do resto, o rapaz era bem grandão creio que com 3K e 900 Gramas e tudo acabou em bem.

Luís Leote Tive uma má experiência com a minha G3 a disparar um dilagrama.
Coloquei a minha mão esquerda no guarda mato mas de forma imprópria. A membrana que liga o polegar ao indicador, ficou entalada entre o guarda mato e a estrutura da arma, e no momento do disparo, rasgou a m.... da membrana.
Ao princípio ñ senti nada, mas depois senti a mão molhada e pegajosa.

Luís Leote A minha Companhia teve alguns percalços na campanha, mas tivemos muita sorte em não escrever nenhum nome na nossa pedra

Gilberto Pereira NÃO POSSO COMENTAR PORQUE NÃO SEI O QUE É "G3".

Livre Pensador Infelizmente a minha companhia deixou 6 nomes escritos numa qualquer pedra!

Luís Leote Livre Pensador, Ribeiro infelizmente, não posso gostar do que disseste mais acima.

Gilberto Pereira OBG QUEM É QUE IRIA GOSTAR, SÓ UM LOUCO

Livre Pensador Eu também não amigo Leote, até porque alguns deles gravaram o seu nome nessa pedra quando estavam ao meu lado e, portanto, podia até ter sido o meu nome a ser gravado. Ribeiro.

Luís Leote Podia ter sido o teu nome a ser gravado, mas, ficou-te gravado na memória até hoje!!!

Gilberto Pereira É PÁ DEIXEM-SE DESSAS MERDAS QUE ATÉ PODE DAR AZAR !


Fernando Bernardes eu lembro que recebemos a G 3 completamente nova dentro de um saco plástico na Beira.

Armando Guterres mas sem balas ... essas chegaram em Porto Amélia antes de subirmos para os carros de (gado) no meu caso.

Fernando Bernardes É verdade Armando Guterres recebemos as munições em Porto Amélia e fomos sempre a fazer fogo até Macomia e depois até ao Chai.


quinta-feira, 12 de maio de 2016

Histórias do Chai IX, por Livre Pensador

Á medida que os meses de comissão da Ccav. 3508 se vão acumulando em terras moçambicanas, vai sendo também evidente algum desgaste físico e psicológico nos seus militares.
Porém a atividade desenvolvida não conhece tréguas a nível de operações no mato.
Estas são cada vez mais frequentes, mais longas e mais perigosas.
 
Um bom exemplo disso mesmo foi a operação desencadeada nos primeiros dias de Fevereiro de 1973.
 
A mensagem recebida da sede do batalhão determinava que se fizesse uma operação de 5 dias procurando localizar e destruir objetivos inimigos na Serra do Mapé e mencionando que os grupos de combate envolvidos deveriam regressar ao Chai ou á Mataca, segundo decisão a tomar pelo oficial de operações, conforme o decorrer da operação.
 
De acordo com a programação estabelecida na 3508, esta operação estava destinada ao 2º. e 4º. pelotões.
Contudo, dada a previsível perigosidade da mesma, foi decidido reforçar esse contingente com o 1º. pelotão, que era o meu.
 
Não minto se disser que, pelo menos os graduados, pensaram na hipótese de tentar iludir o comando, fornecendo falsas localizações nas comunicações diárias, para não atingir o objetivo (Serra do Mapé), e ficando a "pastar" pelos arredores do Chai.
Porém, alguém sugeriu que isso era arriscado pois poderíamos receber ordem de regressar á Mataca, se eventualmente estivéssemos perto do Chai.
 
Não tivemos alternativa senão avançar para a Serra do Mapé.


 
O percurso foi penoso.
Em certas zonas da floresta só era possível progredir abrindo caminho á catanada, tal a sua densidade, que nem se conseguia ver o céu durante largos períodos.
Perante tão grande esforço a água dos nossos cantis acabou por se revelar muito pouca.
Valeu o facto de encontrarmos lianas com relativa frequência e ao cortá-las conseguíamos saciar a nossa sede com a sua preciosa seiva.

 
 
Militarmente falando esta operação correu bastante melhor do que imaginámos inicialmente.
Os contactos com o inimigo quase não existiram, para nosso bem.
Foram destruídas as palhotas de 3 aldeamentos e capturámos 1 homem, 1 mulher e 1 criança, todos "machambeiros", ou com aspeto disso.
 
Quando na manhã do 5º. dia pedimos autorização para regressar, tal como tínhamos suspeitado, esse destino era a Mataca.
Aí a situação complicou-se porque o nosso guia não sabia o caminho para lá e nós ainda muito menos.
Foi então que pedimos o apoio dos camaradas da Mataca.
A Ccav. 3507 rebentava uma granada de mão de 30 em 30 minutos e assim nos fomos aproximando ajudados pelo som dos rebentamentos.


 
Obrigado aos camaradas da Mataca por isso, por nos terem recebido no seu quartel da melhor forma possível e por nos terem transportado em coluna, no dia seguinte, até ao Alto do Delepa.


 
Daí seguimos para Macomia e depois para o Chai. 
 
 
Armando Guterres E eu não estava.
Talvez estivesse na ponte Muangamula ou para Pemba levantar as massarocas para o pessoal.
Na serra do Mapé é que não estive.

 
Duarte Pereira Livre Pensador. ( Ribeiro). O que mais me surpreendeu, foi a ideia das granadas a rebentarem de tanto em tanto tempo para vossa orientação.
Mais um bom texto do Livre Pensador.
Achei "curiosa" a data da operação.
Seria um teste ?.

 
Livre Pensador Um teste a quê?

 
Quando li , pensei que estaríamos a um mês do regresso à Metrópole.
 
 
Duarte Pereira Este artigo está a cair muito na página.
Lá para cima.
 
 
José Lopes Vicente Foi uma das operações que mais me marcaram e possivelmente a 08.
Não esqueço o alivio de quando avistamos Mataca.
 
 
Luís Leote Mataca, Mataca.
Uma coisinha no meio do nada, mas quando a avistávamos, dava-nos conforto.
 
José Coelho então foi quando voçês tiveram na Mataca ?
 
 
Livre Pensador Sim, amigo José Coelho.
Abraço. Ribeiro.
 
 
José Coelho Confirmo ! que realmente voçês chegaram muito cansados e o caso não era para menos.
Encontrei o nosso amigo Guilherme dê-lhe todo o apoio que podia e dentro das minhas possibilidades.
Grande amigo tivemos algum tempo em Nampula a fazér tratamento médico ! ele das borbulhas e eu problemas de estomago ! eu foi no Hospital civil ele penso que foi no H M 125 !
Aqui á uns anos atrás tivemos juntos na central de camionagêm na Casal Ribeiro em Lisboa,a partir dai numca mais o vi ! sei que ele era de Santarem...!
 
 
Livre Pensador Amigo Coelho, suponho que esse Guilherme a que te referes era um soldado do meu pelotão.
 
José Coelho era um mosso que tinha muitas borbulhas na cara e era soldado sim !
 
 
Livre Pensador Era esse mesmo. 
 
José Coelho OK amigo um abraço .
 
 
Rui Briote Mais um bom relato é muitos parabéns Amigo Ribeiro! 
Nunca tive o " prazer" de ir à Mataca.
Foi das poucas vezes que o meu pelotão se esquivou e ficou a " guardar" o Chai...
 
 
Livre Pensador Bom dia Briote.
Faço votos para que te vaz sentindo cada vez melhor.
O próximo "episódio" desta "novela" que ando a escrever será sobre aquela operação do golpe de mão que fizemos na base da Frelimo "Distrito Mucojo" e que estivemos ambos quase a "ir desta para melhor".
Já comecei a "alinhavar" as frases.
Abraço.

 
Rui Briote Bom dia Amigo!
Estou desejoso de "rever "essa operação é mais não digo para deixar água na boca ao pessoal.... Abraço

 
Armando Guterres e eu só fui à pista do Chai. Boas férias em 2012 ... isso foi outra louça !!!
 
 
José Guedes Passados tantos anos e estas histórias verdadeiras, porque uma coisa são contadas outra coisa é vive-las ainda me fazem ficar com pele de galinha,. um abraço para o Ribeiro e espero pelo próximo texto,...
 
 
Livre Pensador Obrigado amigo Guedes. Um abraço.
 
 
Duarte Pereira Quem me lembra só andei em três "alhadas". Serra do "Mapé" operação "Omo".
Para os lados do Quiterajo com o António Ferraz e uma operação a sair no Alto da Pedreira com chegada à estrada Macomia/Porto Amélia. Só aí conheci o "verdadeiro turismo pedestre".
As minhas botas que levaram quilos de graxa, ajudaram-me muito.

 
Livre Pensador Pois as minhas botas velhas engraxadas (ou não) palmilharam léguas sem fim!

 
Armando Guterres No mato da Mataca só uma vez vi civis - andavam na colheita do caju.
Noutra vi das suas pegadas. E noutra estive num acampamento temporário, entre a serra e Muaguide.
Na base da serra, remandei o alf fazer a emboscada que a mim não me apetecia, não percebi o que ele foi fazer para a beira do trilho ... com o silêncio feito por quem ficou na retaguarda ... nem moscas por lá passaram.
Quanto a cansar-me - só no regresso.
Com o pessoal do Quiterajo, o segundo da zero nove que conte.
 
 
Fernando Bento Parabéns Ribeiro por mais esta aula de história. Um abraço

 
Livre Pensador Obrigado e um abraço também para ti.

 
Fernando José Alves Costa Estas passagens agora comentadas pelo Ribeiro, demonstram bem, quanto sofrimento muitos dos nossos camaradas tiveram.
Obrigado Ribeiro pelo que nos vens dando a conhecer.
Fico a aguardar o próximo capitulo.
 
 
Jose Capitao Pardal Esta é a tal operação que eu me lembro muito pouco, inclusive de estar na Mataca, mas lembro-me de várias partes dela...
Mas da qual existem fotos onde estou...
Este esquecimento talvez seja de cerca de um mês depois ter sido ferido e existir por esse efeito um lapso de memória... Uma "branca"...