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sábado, 6 de fevereiro de 2021

O serviço de piquete..., por Livre Pensador

 Livre Pensador

03/02/2021

O serviço de piquete era sempre desempenhado por uma secção dum grupo de combate da Ccav. 3508.

As suas funções diárias eram: a picagem da pista de aterragem logo ao amanhecer, a montagem da segurança à pista sempre que se aproximava um avião para aterrar e a recolha de lenha para a cozinha do quartel.

Esta fotografia cujos "figurantes" em primeiro plano são, da esquerda para a direita, Pires (condutor), Rodrigues, Malícia (já falecido), Eduardo (moçambicano) e Mortágua, mostra a realização desta última tarefa que era feita habitualmente nos arredores do aldeamento do Chai.

Uma missão aparentemente simples e pacífica, que paradoxalmente, viria a tornar-se a mais trágica e mortífera para os nossos militares.
Pode ser uma imagem de 2 pessoas e ao ar livre


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Visita do Capelão, por Paulo Lopes

 
Paulo Lopes - 28 de Janeiro de 2014 16:29 

Nesta Quarta-feira, vindo no táxi aéreo, tivemos a visita de um companheiro de exército, mas julgo eu, fora do contexto de guerra: um capitão, mas de uma arma totalmente adversa a esta zona e mais propicia a outras paragens: o capelão!...
Vinha com uma missão deveras difícil de cumprir:

— Purificar os pecadores.
— Salvar as almas.
— Abençoar as armas (???).

Decerto que a ideia deste capitão capelão, não era de nos incutir mais eficácia nos combates ou frieza nos corações para matar, mas sim dar-nos algum conforto de espírito, pois, apesar de tudo, ainda havia quem acreditasse nas palavras deles —padres— e talvez, quase todos tivessem fé em qualquer coisa.
 
Só ele sabe qual a razão da sua primeira e única visita a este seu rebanho deixado ao acaso no meio do nada, para lá do fim da linha.
 
Infelizmente, para estas almas penadas, o capelão não trouxe o milagre do fim da guerra. 

Mal ficámos apresentados ao nosso pastor e já estávamos com outra mensagem em cima da mesa do capitão —este doutra Bíblia— a discutir os inevitáveis preparativos para mais uma operação.

Entretanto fomos dando dois dedos de conversa com o capitão capelão.
Dava perfeitamente para entender que era um homem de não tiranizar ninguém, nem tão pouco apresentar a força divina com a sua força de galões de capitão.
Tinha uma candura ingénua de jovem eclesiástico não tendo, no entanto, a boca constantemente cheia de milagres.

Sabia bem o que estava a fazer e qual a sua missão: era apenas um pastor de ovelhas fardadas e sabia que, naquele local de cheiro a guerra, nem todos acreditavam nas suas palavras.

Eu, pelo que me diz respeito, apenas ponho em causa o seguinte e que não consigo compreender muito bem: se do outro lado da guerra, dos que teimosamente tinham o cognome de turras, existe outro qualquer padre, pedindo ao mesmo Deus exatamente a mesma proteção para os seus homens, como é que o bom Deus iria resolver esta questão?
Que lado ele defenderá?
Que homens mereciam a sua salvação?
Será que conseguira terminar o conflito entre as partes terrestres?
Pelo menos, até agora, não conseguiu por termo à ganância dos poderosos que, aliás, a grande maioria deles, se não todos, são muito dados a essas bênçãos do Céu, quando mostram o lado falso da sua face oferecendo este mundo e o outro aos altos eclesiásticos!
 
Será que até ao bom Deus eles conseguem enganar?
E lá fomos conversando.
Laracha daqui, laracha dali, até que veio a ordem para inicio da festa.

paulo lopes
in"Memórias dos Anos Perdidos ou a Verdade dos Heróis"

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

RESENHA, QUASE DO FIM DO ANO..., por Duarte Pereira

Duarte Pereira
Duarte Pereira BATALHÃO DE CAVALARIA 3878
2013/12/14
RESENHA, QUASE DO FIM DO ANO...

O FERNANDO LOURENÇO FEZ À SUA MANEIRA, UM APANHADO DE CERTOS EPISÓDIOS DA FOLHA E OUTROS CONSIDERANDOS, COM INTERESSE, UM BOM ARTIGO.
CADA UM ESCREVE À SUA MANEIRA E COM A QUEDA QUE TEM.
AO PRINCÍPIO QUANDO A FOLHA NASCEU OU FOI "PARIDA", ERA TUDO UMA NOVIDADE.
HAVIA A FEBRE DE "GATAFUNHAR" BATER RECORDES, VER AS FOTOS NOVAS, RECORDAR E TENTAR UMA MAIOR APROXIMAÇÃO. LEVEI MUITO "NAS ORELHAS", POR APRESENTAR TEMAS "DESVIANTES", "BONECADA", COI...SAS QUE EU PENSEI E AINDA PENSO. "LEVITAR" UM POUCO O PESO DAQUELES MAIS DE DOIS ANOS EM MOÇAMBIQUE.
CADA UM NA ALTURA PROCUROU O MELHOR PARA SI.
MAS OUTROS LEVAVAM COMO MISSÃO.
"TAMBÉM PARA OS OUTROS", FOI GRATIFICANTE PARA MIM E SÓ POSSO FALAR POR MIM E NÃO GOSTO DE FALAR DE MIM, ACHO QUE CONTRIBUÍ UM POUCO, PARA A SEGURANÇA, BEM ESTAR E ALIMENTAÇÃO DOS QUE ESTAVAM COMIGO.
FIZ PORCARIA? 
FIZ !!!...
MAS NUNCA MANDEI NINGUÉM PARA A FRENTE, SEM EU IR UM POUCO MAIS ATRÁS. 
AGORA UM LOUVOR PARA MIM.
"ANDEI SEMPRE NAS OPERAÇÕES COM SACO ÀS COSTAS, COMO OS OUTROS QUE ME ACOMPANHAVAM".