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quarta-feira, 21 de maio de 2014

ACONTECEU ANGÚSTIA EM MACOMIA - Capítulo II, por Rui Brandão


ACONTECEU ANGÚSTIA EM MACOMIA
CAPÍTULO II
Quando a minha mulher me diz que tínhamos que ir jantar a casa do Administrador, fiquei sem saber o que dizer. 
Aquilo não estava previsto. 
Eu não estava preparado para uma coisa daquelas. 
Mas a propósito de quê, é que eu mais a minha mulher era convidado para ir jantar a casa do senhor mais poderoso lá do sítio? 
A minha mulher percebeu e atalhou de imediato; não tens alternativa...

Ok, farda nº 2, sapatos engraxados e ela só não foi ao cabeleireiro por que não havia esse tipo de loja lá naquela terra do norte de Moçambique.

Na sala enorme e com decoração mais do que colonialista, fomos recebidos em casa do Sr. Administrador por um criado mais ou menos bem vestido (presumo que era um dos milícias que costumava montar segurança à casa do Senhor...).

Comeu-se do bom e do melhor (marisco à brava e carne no forno e mais não sei o quê...). 
A mesa estava composta por 10 a 12 pessoas. 
O Administrador e o seu Adjunto e as respetivas esposas. 
Um senhor ainda jovem (se a memória não me falha, era um dos PIDES que estava lá em comissão nessa altura), penso que o funcionário dos correios também, e mais 4 ou 5 pessoas que já não me recordo quem eram.
A conversa à mesa abordava temas correntes da Administração dos quais eu estava completamente a leste. 
Aliás nessa noite estive sempre com aquele ar de parvo sem saber o que dizer ou puxar qualquer tipo de conversa.

Chegou o momento da sobremesa...
E eis que o Sr. Administrador se levanta!!! 
Ele, com aqueles calções brancos e uma camisa igualmente branca com umas "merdelices" douradas nos ombros que lhe conferia um ar de "paneleiro mal comido". 
Eu estava atónito!!! 
Ele começou a discursar!!!
Iniciou com um "apelativo" - Neste difícil Concelho de Macomia!!! - Rebebéu, Rebebéu, Rebebéu, onde no meio daquele destilar de conceitos fascistas e colonialistas, tais como "a presença de Portugal em África" e ainda "Portugal do Minho a Timor" terminou com um viva a Portugal Uno e Indivisível!!! 
Claro que as palmas se soltaram. 
Eu estava estarrecido. 
Já não me lembro o que se terá passado a seguir, mas a noite terminou com o Sr. Administrador a cumprimentar a minha mulher com um "beija mão" já à saída, junto à porta.
Cheguei a casa e disse à minha mulher:
- Nunca mais!!! Ouviste? Nunca mais!!!

Passadas mais ou menos 4 a 5 semanas, a minha mulher chega a casa vinda do emprego e diz-me:
- Fomos novamente convidados para ir jantar a casa do Sr. Administrador...

***Continuação no próximo capítulo

quarta-feira, 9 de abril de 2014

QUE GRANDE GALO!!!... HISTÓRIA DE TAXISTA, por Gilberto Pereira


Gilberto Pereira

BOA TARDE CAMARADAS

Li alguns comentários e destaco o do Condeço que foi de mau gosto.
Por outro lado eu não preciso de compilar histórias porque as mesmas estão presentes na minha memória, todavia nem todas podem ser contadas aqui, são de bolinha vermelha.

                                   HISTÓRIA DE TAXISTA

Um cliente contrata um serviço de táxi comigo para o levar e á família a Pinheiros de Monção para visitar uns compadres e voltar no outro dia.


Nessa altura o táxi era um Morris Marina e lá fomos para o Norte.

 
Uma vez chegados ficou logo assente que almoçaria com eles, o que se veio a verificar.
Depois do almoço queriam que eu jantasse e dormisse lá, mas eu não aceitei e disse-lhe que marcasse a hora de partida no outro dia, visto que eu ia até Monção e não se preocupassem comigo, porque à
hora marcada eu estaria lá para os trazer de regresso.


Uma vez em Monção fui ficar numa Albergaria, depois de tomar banho e dar umas voltas, vim jantar a um restaurante que ficava no centro e era de 1º andar.


Dos nomes já não me recordo e quando estava a meio do meu jantar apareceu uma data de gajos, que seriam duma excursão para jantar e toca de enfileirar mesas que mais parecia um terramoto.

Depois de sentados e começarem a petiscar, um deles virou-se para trás e murmurou com os outros e logo, outros olhavam na minha direção e comentavam.

Comecei a não achar graça nenhuma áquela merda e pensei: não conheço cabrão nenhum, não sou daqui, o que é que eles estão tramando?
Será que sou parecido com alguém que eles conhecem?...
E eles não paravam de falar e olhar para trás...

E eu comecei a ficar fod... e pensei se calhar querem me fazer a folha, mas a primeira vai ser minha, estou ao pé da escada e depois será o que Deus quiser.

Chamei a empregada para pagar a conta, levantei-me para sair e nisto veio logo um deles na minha direção...
Aí finquei a mão na cadeira e pensei que cadeirada vais levar nos cornos e passo-me escada abaixo.


E o gajo diz assim para mim: não me conheces?...
E eu conheci aquela voz logo, mas não sabia de quem e ele diz você não era o furriel que esteve em Macomia?...
O gajo tava a dar porradas certas e a cadeira ficou mais descansada...
Então eu era o cozinheiro lá do Machado, o furriel...
O gajo estava diferente, como eu o havia de conhecer?...


Ainda hoje, não me consigo lembrar do nome dele e se ele estiver por aqui, deve-se lembrar desta história.

Acabei por me juntar a eles e bebemos uns canecos durante a cavaqueira.
Eu sei que eles iam ainda para uma festa ali próximo, mas já não me recordo se fui com eles.

Bom, no outro dia á hora marcada fui buscar o cliente para o regresso.

Estava a carregar as malas aparece o compadre com um galo par a gente trazer, enfiei o galo no porta bagagens e fechei a mala.
Nisto o meu cliente diz para eu abrir a mala, porque não queria que o galo morresse com falta de ar.
Gerou-se ali uma discussão, eu dizia que o galo não morria e ele dizia que sim...

Como o cliente tem sempre razão decidi vir com um bocadinho da mala aberta, para o cabrão do galo não morrer.

E assim viemos todos para baixo, 400kms, correu bem, mas quando chegámos e descarregámos as malas...
O galo estava vivo, ninguém se conhecia, parecíamos carvoeiros, os gases do escape com a mala aberta entraram para dentro do habitáculo e mascarraram tudo e todos.

Naquele estado o gajo não queria pagar, eu dizia-lhe a culpa era dele e do filho da puta do galo...
Eu não quero saber disso, também estou mascarrado e não foi você que quis a mala aberta por causa do cabrão do galo?...

Lá puxou do papel e pagou...


A minha vontade era torcer o pescoço aos dois...
O trabalhão que me deu limpar a viatura...

MALVADO GALO...

QUE GRANDE GALO!!!...
 
BOA TARDE CAMARADAS
Li alguns comentários e destaco o do Condeço que foi de mau gosto.
Por outro lado eu não preciso de compilar histórias porque as mesmas
estão presentes na minha memória, todavia nem todas podem ser contadas aqui, são de bolinha vermelha.
                                  HISTÓRIA DE TAXISTA
Um cliente contrata um serviço de táxi comigo para o levar e á família
a Pinheiros de Monção para visitar uns compadres e voltar no outro dia.
Nessa altura o taxi era um Morris Marina e lá fomos para o Norte. Uma vez chegados ficou logo assente que almoçaria com eles, o que se veio
a verificar. Depois do almoço queriam que eu jantasse e dormisse lá, mas 
eu não aceitei e disse-lhe que marcasse a hora de partida no outro dia
visto que eu ia até Monção e não se preocupassem comigo, porque à
hora marcada eu estaria lá para os trazer de regresso. Uma vez em Monção fui ficar numa Albergaria e depois de tomar banho e dar umas voltas vim jantar a um restaurante que ficava no centro e era de 1º andar.
Dos nomes já não me recordo e quando estava a meio do jantar apareceu
uma data de gajos seriam duma excursão para jantar e toca de enfileirar mesas que mais parecia um terramoto. Depois de sentados e começarem
a petiscar, um deles virou-se para trás e murmurou com os outros e logo
outros olhavam na minha direção e comentavam. Comecei a não achar graça nenhuma áquela merda e pensei: não conheço cabrão nenhum, não sou daqui, o que é que eles estão tramando? será que sou parecido com alguém que eles conhecem? e eles não paravam de falar e olhar para trás
e eu comecei a ficar fod..., e pensei se calhar querem me fazer a folha, 
mas a 1ª vai ser minha, estou ao pé da escada e depois será o que Deus quiser. Chamei a empregada para pagar a conta e levantei-me para sair e nisto veio logo um deles na minha direção; aí finquei a mão na cadeira e pensei que cadeirada vais levar nos cornos e passo-me escada abaixo.
e o gajo diz assim para mim; não me conheces?------ e eu conheci aquela voz logo mas não sabia de quem------ e ele diz você não era o fur que teve 
em Macomia? o gajo tava a dar porradas certas e a cadeira ficou mais descansada-------- então eu era o cozinheiro lá do Machado o fur------ o gajo tava diferente como eu o havia de conhecer?------ ainda hoje não me consigo lembrar do nome dele e se ele estiver por aqui deve-se lembrar desta história. Acabei por me juntar a eles e bebemos uns canecos durante a cavaqueira. Eu sei que eles iam ainda para uma festa ali próximo, mas já não me recordo se fui com eles.
Bom no outro dia á hora marcada fui buscar o cliente para o regresso.
Estava a carregar as malas aparece o compadre com um galo par a gente trazer, enfiei o galo no porta bagagens e fechei a mala. Nisto o meu cliente diz para eu abrir a mala porque não queria que o galo morresse com falta de ar.----- gerou-se ali uma discussão, eu dizia que o galo não morria e 
ele dizia que sim---- como o cliente tem sempre razão decidi vir com um bocadinho da mala aberta para o cabrão do galo não morrer.E assim viemos todos para baixo 400kms, correu bem, mas quando chegámos e 
descarregámos as malas e o galo vivo, ninguém se conhecia----parecíamos carvoeiros, os gases do escape com a mala aberta entraram para dentro do habitáculo e mascarraram tudo e todos. Naquele estadoo o gajo não queria pagar e eu dizia-lhe a culpa é sua e daquele filho da puta do galo, eu não quero saber disso, também estou mascarrado e não foi você que quiz a mala aberta por causa do cabrão do galo? --- depois puxou do papel e pagou------ a minha vontade era torcer o pescoço aos dois-------- o trabalhão que me deu limpar a viatura --------------
MALVADO GALO--------------------------- QUE GRANDE GALO !!!