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domingo, 23 de agosto de 2020

Outras vivências, num mesmo cenário..., por Duarte Pereira

Duarte Pereira 
para BATALHÃO DE CAVALARIA 3878
O Jorge Costa, que esteve ligado ao comando em Macomia, trabalhou directamente com o Major Fernandes, respondeu a uma "provocação" minha.
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Duarte Pereira - Olá Jorge Costa . Lembro-me de ti, quando tinha de ir falar com o Major de Operações. 
Se não gostas de escrever, põe o dedo. :) Abraço.
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...
Jorge Costa - Boa noite. 
Só agora vi a tua mensagem porque contínuo a minha actividade profissional diariamente.
Como deves saber vivo em Angola.
Ao ler a pagina do batalhão não me revejo na maioria dos comentários que aqui são colocados, por não terem nada a ver com a nossa vida comum nas lindas terras de Moçambique, motivo pelo qual não utilizo o dedo. 
Um abraço a todos os camaradas.
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Aqui está uma boa crítica, que agradeço.
Abraço, Jorge Costa.

Uma provocação. 
Três conceituados aramistas.

José Guedes O amigo Jorge Costa, penso eu que apareceu muito tarde nesta página, senão sabia que nos nossos primeiros tempos falamos muito da nossa vivência em Moçambique que se são lindas terras eu desconheci, quase só me vi metido no mato,. mas não vamos ter de estar sempre a falar do mesmo,. o amigo Jorge mesmo depois de entrar na página que eu me lembre nunca disse nada até porque pouco teria a dizer, porque só saia de Macomia para férias e será por isso que ele conhece Moçambique como lindas terras, teve o privilégio de as conhecer, mas nem todos podem dizer o mesmo,.

Rui Briote Sem comentários...;(

Livre Pensador Na minha terra (Lisboa) é costume dizer-se que: "CADA MALUCO TEM A SUA MANIA". 
Assim sendo, deixem-me ser MALUCO e deixem-me aproveitar e utilizar este espaço de convívio entre aqueles que, tal como eu, foram uma FAMÍLIA durante os longos meses de guerra em Moçambique. 
Podem os comentários não agradar a todos é certo, mas agradam decerto aos que os colocam e àqueles que respondem. 
Desculpem aqueles que me julgam cacimbado. 
Abraço. Ribeiro.

Rui Briote Amigo Livre Pensador ou melhor Ribeiro já comentei acima e só quero que me respeitem como eu respeito a todos....abraço

Livre Pensador Amigo Briote, também assim penso. Abraço.

Armando Guterres Digo deste grupo o que digo do curso de medicina:
Se todos fossemos iguais, tal curso demorava quinze dias a tirar.
Haja diversidade na cidade como no campo - não gosto de monoculturas.

Um Abraço e Beijinhos.

É perfeitamente natural que o Jorge Costa não compreenda a forma de estar da maioria de nós. 
Eu percebo. 
Temos que compreender que nem todos os membros do BATCAV3878 estiveram e viveram a guerra e por esse facto não compreendem a forma de exteriorizar os nossos sentimentos e os nossos traumas, que não duvidem são muitos... 
Um abraço para o Jorge Costa e para todos os amigos que de uma forma ou de outra fazem este espaço...

domingo, 19 de julho de 2020

NATAL DE 1971 em Macomia... por José D'Abranches Leitão

Desaparecido em combate???
Não! Ainda respiro!
NATAL DE 1971
Tal como tinha prometido ao Duarte Pereira, eis o ataque ao aquartelamento de Macomia- Natal de 1971.



O dia começou com a azáfama habitual, render dos sentinelas, o café com leite com um bocado de "carcaça" que tinha um sabor especial, ainda quente, pois os padeiros quiseram dar-lhe um gosto natalício. 
O meu grupo de combate, para variar, saiu num patrulhamento de rotina. 
O aldeamento, aqui e ali com o fumo característico de fogueiras, o colmo das palhotas tão característico de África. 
 As crianças semi nuas a correrem alegres....o choro dos que andavam colados as costas da mãe, enrolados numa capulana de cores garridas, os seios da mãe descaídos, quando se debruçava para varrer a entrada da palhota! 
A mandioca, o pilão. ...a farinha moída com o "almofariz"...o som do bater do "pau", com as mãos ageis .... Flashs que passados 45 ans ainda retenho na memória. 
Alguns soldados, sentados nos bancos corridos do "pincha", vão lembrando o Natal da sua santa terrinha! 
O bacalhau, as couves, o azeite, as filhoses, as rabanadas, o bolo-rei com a fava, o pão caseiro, a broa, as bolas, tão típicas feitas com sardinha ou bacalhau, que o forneiro fazia, após cada fornada de broa, no forno comunitário da aldeia. 
As prendas, o presépio, com os pequenos bonecos de barro, com o menino Jesus, em destaque....a imaginação de cada um, o musgo, o riacho, as ovelhas...a gruta com o calor do bafo da vaquinha, do burrito...
Enfim o imaginário de cada um, para atenuar um pouco o degredo, a distância, a saudade dos entes queridos, que se reúnem à volta da fogueira na cozinha, para os preparativos da Consoada. 
Ao regressar a meio da tarde...começo a idealizar a noite de Natal. 
Uns ramos de palmeira....a mesa grande de tábuas corridas, as toalhas, as pinturas com motivos natalícios....o centro de mesa....as luzes...os pratos, os guardanapos com um sino de Natal pintado, imaginação do "artista plástico" da Companhia, o Furriel Oliveira....o gira-discos preparado para ouvirmos o Zeca Afonso....os vinis singles que levei...
Os abraços, os desejos de um Feliz Natal, ao camarada que passa por nós, enfim....tudo estava a 'postos para que a Noite de Natal, fosse a "mais familiar" possível. 
 O 1° Sarg Urze com a sua guitarra, já aquece os dedos, com umas variações em ré menor. 
O fado de Lisboa também iria ser cantado à desgarrada! 
E alguns fadistas improvisados...já aqueciam s gargantas!!!
Recordo, que tinha colocado no prato do gira discos um single com o "Menino d'oiro" do Zeca Afonso! Vejo que algumas lágrimas correm pelas faces de alguns! 
Durante a nossas estada na Cruz Alta/Serra do Mapé, consegui que quase toda a Companhia começasse a gostar de Fado de Coimbra, pois mesmo com um gerador a dar o berro, o gira-discos. ...funcionava com os únicos discos que havia...os meus singles de 45 rpm...do Zeca Afonso!
O bacalhau cosido fumegante começa a chegar à mesa ... as batatas cozidas....as couves...os galheteiros...as cervejas distribuem-se ao longo da mesa....e o vinho tinto!!!
As gargalhadas....os sorrisos....de repente são interrompidos pelo silvo característico dos morteiros 60 ou 82....
Estamos a ser atacados! 
O IN quer estragar-nos a ceia de Natal. 
Gera-se alguma confusão. ...alguns escondem-se debaixo da mesa, muita correria. 
A pedido do Capitão Marinho Falcao, conduzimos as mulheres e filhos de alguns oficiais, para o bunker da Casa do Adiministrador de Macomia. 
Após alguns minutos, seriam 15 a 20 minutos do ataque, verificamos que todas as granadas passaram por cima do aquartelamento, e vão explodir no meio do aldeamento! 
Consta-se que haverá mortos entre a população! 
Entretanto chegam a correr o Gouveia e o Carias Mendes, que ficaram no aldeamento para comprarem umas mangas !! (?)....
Mais uma vez, para variar, o 4° Grupo de Combate, sai para patrulhamento, sob as ordens do Major de Operações, vamos até ao Laku. 
O senhor Major queria, via rádio, que fizéssemos uma incursão no vale! 
A noite estava escura como breu! 
Um soldado africano, destemido, mas cauteloso, vai dizendo que será um risco grande pois o IN estará emboscado à nossas espera!
Tinha razão, pois no dia seguinte, verificamos que havia indícios da sua presença e até o rodado de um canhão sem recuo, ainda era visível no capim, para além de termos encontrado um morteiro 60, completamente enterrado no matope!
Depois de mais uma comunicação, via rádio, regressamos ao aquartelamento! 
O bacalhau estava à nossas espera. 
O Gouveia, entre dentes, vai-me sussurrando ao ouvido que apanhou um susto do caraças, pois estava com as calças na mão, a "negociar"...as mangas, quando começou o ataque !!!???? 
O Carias Mendes....ri...a bom rir....mas não ganharam para o susto!
Entretanto a noite vai longa e algumas garrafas de Whisky e muitas Laurentinas, vão "afogando" as mágoas! !!!
Canta-se à desgarrada, com os acordes da guitarra do 1° Sarg, que fez questão de tirar a boina e colocar entre os colarinhos da camisa um lenço. ...de fadista!!!
Por ultimo, o desabafo do Sarj Ajudante Musico, Anjo ( que compôs a letra do hino do Batalhão )
: -Menino (era assim que me tratava)! Estava a ver que já não voltávamos à nossa Coimbra!!!
E o Carlos David (tb de Coimbra) ...associou-se a nós num fraterno abraço! 
Fim
UM FELIZ NATAL PARA TODOS!
Abraço 
José Leitão

quarta-feira, 11 de março de 2015

Queda no slide..., por Rui Briote e outros

Por achar de muito interesse para a nossa  história, vou transcrever um diálogo, há tempo, surgido na página do Facebook, do "BATALHÃO DE CAVALARIA 3878".
 
Apesar de não ter assistido, pois já tinha passado o "slide" e estava noutra estação, lembro-me perfeitamente do episódio.



 
Vou relatar aqui um episódio ainda passado cá em Sta Margarida na chamada "prova de fogo".
 
 
Era eu o responsável pela primeiras parte dessa "prova" e que começava pelo slide.
Um dia aconteceu o inesperado...caiu um em plena pedreira mais, propriamente, o Claudino, não sei se alguém se lembras dele.
Ficamos em pânico, pois estava todo ensanguentado e nada tínhamos no local para o podermos socorrer.
Pegámos nele em braços e fomos em direção á capela onde já estava um héli.
Como é óbvio suspendi imediatamente a "prova".
Quando me dirigi à messe, logo o Comandante e o Major se dirigiram a mim e em altos berros perguntaram-me o porquê da suspensão.
Como resposta viram as lágrimas correrem pela face em catadupa...
Perante esta minha resposta deixaram-me em paz, mas fiquei marcado para sempre com mais este episódio que foi o primeiro onde vi sangue...

 
 
Rui Briote, lembro-me perfeitamente, no recomeço estava o Comandante a incentivar-nos, penso que havia uma roldana que não era completamente redonda e foi nessa que o Claudino ia pendurado, o Claudino caiu lá em baixo em cima das rochas com bicos.

Rui Briote

Mais pormenores não me recordo, pois estava , nessa altura no " túnel" que era logo a seguir.

 
 
O mais caricato é que quando a CCS estava para embarcar, o Claudino apareceu em Sta. Margarida, com meia cabeça de platina e já mobilizado para a Guiné.
 
 
 
Amigo Rui Briote.
Circulou uma frase que, tal como me contaram e que deve ser conhecida da maioria, foi atribuída ao major de operações.
Como não ouvi mas acreditando perfeitamente nos "transportadores" da frase que nada me espanta, serve para complemento do que te disseram: "Os homens requisitam-se mas o material compra-se".
 



 
O nosso convívio com esses fulanos que levavam para Sta Margarida a família, incluindo os filhos. Sabeis quais os brinquedos deles?
Não vos espantará de certeza...tudo brinquedos bélicos, como carros de combate e armas...
 

 
Eu ouvi contar essa frase do seguinte modo: depois de um Berliet ser minada e de seguida emboscada numa coluna em que alguns homens ficaram feridos, ao chegarem ao quartel o Major perguntou quantas viaturas ficaram danificadas, ao que o Comandante da coluna respondeu: Eu pensava que o meu Major me perguntava quantos homens ficaram feridos, e o Major respondeu: homens requisitos e viaturas compro-as.
 

 
Deverá ter sido isso ou coisa parecida.
Sabes que quando algo é contado, quando chega ao 10º, já o real anda um pouco alterado mas a essência mantém-se. 
(às vezes, nem sempre).
 

 
Esta frase ou melhor este conceito .. era o pão nosso de cada dia dos militares de carreira, não pensem que a ouviram quando dita a primeira vez.
 

Gilberto Pereira

GRADUADOS ERAM OS CHAMADOS " LEMBE-BOTAS "
 
Paulo Lopes

Pois acredito amigo Armando Guterres que este conceito de frase deve estar nos "canhanhos" dos cursos dos oficiais de carreira!


sábado, 9 de agosto de 2014

Os amarelados, por Duarte Pereira


O QUE FOI A MINHA GRADUAÇÃO EM FINS DE 1972??
01/11/72
UM FURRIEL MILICIANO (SARGENTO) TER DE SE ADAPTAR A UMA NOVA "SOCIEDADE".
FOI UM POUCO DIFÍCIL.

DORMIA NO QUARTO DO ALF-FORTES (FALECIDO NO ALTO DA PEDREIRA), FORA DO QUARTEL.
NÃO ME LEMBRO DE TER COMIDO NA MESSE DE OFICIAIS, O QUE DEVERIA ATÉ SER ENGRAÇADO.

VOU TENTAR FAZER UM CENÁRIO.
A UMA CERTA HORA DEVIAM JÁ ESTAR MUITOS SENTADOS.
ENTRAVA O MAJOR, TUDO DE PÉ.
ENTRAVA O 2º COMANDANTE TUDO DE PÉ.
ENTRARIA O COMANDANTE ..., TUDO DE PÉ.

AS CONVERSAS DEVERIAM SER "ÓPTIMAS".
AS POUCAS VEZES QUE PENSO TER LÁ POSTO OS PÉS, FOI COM O SILVESTRE PIRES.
NO BAR BEBIA COCA COLA COM MARTINI, NUMA MESA, LÁ PARA UM CANTO.

ENSINOU-ME A JOGAR DADOS "KING".
POUCOS DIAS POR MÊS EU TINHA O "PRAZER" DE FREQUENTAR AQUELES AMBIENTES. 

OS ÚNICOS ALFERES "CARECAS" QUE CONHECIA ERA O FORTES E O PIRES.
OLHAVAM PARA ELES DE "LADO".
QUEM ERA DE OPERAÇÕES ESPECIAIS, NÃO ERA MUITO CHATEADO, PORQUE EU ACHAVA QUE TINHAM "PANCADA" UM POUCO SUPERIOR AO NORMAL.

ASSIM A MINHA "VIDINHA" ERA FUGIR UM POUCO AO QUARTEL.
DEVIA ALMOÇAR E JANTAR NO SUBTIL, MAS NÃO DISPENSAVA O JEEP DO CAPITÃO, (QUE ESTAVA QUASE SEMPRE DE BAIXA) E IA COM UM CONDUTOR DA 3509, A QUEM PAGAVA A REFEIÇÃO.

AGORA SE PERCEBE O MOTIVO DE NÃO ME RECORDAR DE ALGUNS EX-COMBATENTES DA C.C.S E RARAMENTE TER FALADO COM ELES.
TALVEZ ALGUM MEMBRO DA PÁGINA POSSA RELATAR AS CENAS DAS REFEIÇÕES. EX-OFICIAL OU FUNCIONÁRIO MILITAR DE HOTELARIA.
  •  
    Paulo Lopes O que me agradava na Mataca é que ninguém se punha de pé só porque um graduado entrava!
  • Sempre houve respeito mas nunca houve receio ou medo de!
  • Felizmente quem gostava dessas mordomias da treta, nem sequer pensava em lá ir.
    Mas ainda andam por aí alguns que não são ninguém mas julgam ser só porque... só me fazem rir.
    Sinceramente...
  •  
    Rui Briote Fui lá umas duas vezes e não me lembro de me levantar nunca, mas lembro-me que sempre que lá fui foi para ouvir umas rabecadas...depois conto...
     
  •  
    Duarte Pereira RUI BRIOTE- PROMETESTE... TENS DE CONTAR.
     
  •  
    Rui Briote Duarte quero fazer o relato de dois episódios e essas rabecadas são essenciais...
     
  •  
    Antonio Da Silva Brito Como em tudo na vida ha os pros e os contras..........dados joguei muitas vezes... Saudoso Fortes e o Pires alias era o jogo mais popular no Alto da Pedreira.
  •  
    Duarte Pereira ACHO QUE ESTAMOS TRAMADOS- AS COMADRES FORAM ÀS COMPRAS
    Portáteis e Tablets
    Portáteis e Tablets para uso profissional e pessoal Toshiba.
     
  •  
    Paulo Lopes Que eu me lembre ou tenha conhecimento, à Mataca, foi lá o major "Alvega" duas vezes de D.O (pois claro) e das duas (ambas) fiz questão de "não estar presente"!
    Outro "cagão", o comandante, foi lá uma vez e mal o "azteca" poisou, começou a ouvir-se morteirada que o sujeito nem tirou a "peida" da avioneta e mandou logo pôr a "passarola" no ar.
    O pior foi depois o que o Salgado teve que ouvir por causa da nossa não reacção à "questão".
     
  •  
    Paulo Lopes Desculpa meu amigo Rui Briote, vir antecipar-me ao teu relato que iremos apreciar com toda a certeza mas, como tenho tudo já há muito tempo escrito e, sendo assim, é só uma questão de me recordar o que escrevi sobre situações que estamos a comentar no momento, é só copy/paste!
    Vou, no entanto, colocar fora destes comentários para que possam também, outros, ler e também, com regozijo meu (mauzinho) colocar em desespero quem se aflige e enerva muito com os meus comentários!
    Vai então lá para cima.
     
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    Rui Briote Vou relatar aqui um episódio ainda passado cá em Sta Margarida na chamada "prova de fogo".
  • Era eu o responsável pela primeiras parte dessa "prova" e que começava pelo slide.
  • Um dia aconteceu o inesperado...caiu um em plena pedreira, mais propriamente o Claudino, não sei se alguém se lembras dele.
  • Ficamos em pânico, pois estava todo ensanguentado e nada tínhamos no local para o podermos socorrer.
  • Pegámos nele em braços e fomos em direção á capela onde já estava um héli.
  • Como é óbvio suspendi imediatamente a "prova".
  • Quando me dirigi à messe, logo o comandante e o major se dirigiram a mim e em altos berros perguntaram-me o porquê da suspensão.
  • Como resposta viram as lágrimas correrem pela face em catadupa...
  • Perante esta minha resposta deixaram-me em paz, mas fiquei marcado para sempre com mais este episódio que foi o primeiro onde vi sangue...
  •  
    Fernando José Alves Costa Rui Briote, Lembro-me perfeitamente, no recomeço estava o Cmdt a incentivar-nos, penso que avia uma roldana que não era completamente redonda e foi nessa que o Claudino ia pendurado, o Claudino caiu lá em baixo em cima das rochas com bicos.
     
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    Rui Briote Mais pormenores não me recordo, pois estava , nessa altura no " túnel" que era logo a seguir.
  •  
    Fernando José Alves Costa O mais caricato é que quando a CCS estava para embarcar, o Claudino apareceu em Sta. Margarida, com meia cabeça de platina e já mobilizado para a Guiné.
     
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    Paulo Lopes Amigo Rui Briote. circulou uma frase que, tal como me contaram e que deve ser conhecida da maioria, foi atribuída ao major de operações.
  • Como não ouvi mas acreditando perfeitamente nos "transportadores" da frase que nada me espanta, serve para complemento do que te disseram: "Os homens requisitam-se mas o material compra-se".
     
  •  
    Rui Briote Rui Briote O nosso convívio com esses fulanos que levavam para Sta Margarida a Família, incluindo os filhos.
  • Sabeis quais os brinquedos deles?
  • Não vos espantará de certeza...tudo brinquedos bélicos, como carros de combate e armas...
     
  •  
    Fernando José Alves Costa Eu ouvi contar essa frase do seguinte modo: depois de um Berliet ser minada e de seguida emboscada numa coluna em que alguns homens ficaram feridos, ao chegarem ao quartel o Major perguntou quantas viaturas ficaram danificadas, ao que o Cmdt da coluna respondeu: Eu pensava que o meu Major me perguntava quantos homens ficaram feridos, e o Major respondeu: homens requisitos e viaturas compro-as.
  • Deverá ter sido isso ou coisa parecida.
  • Sabes que quando algo é contado, quando chega ao 10º, já o real anda um pouco alterado mas a essência mantém-se  (às vezes, nem sempre).