sábado, 9 de agosto de 2014

Os amarelados, por Duarte Pereira


O QUE FOI A MINHA GRADUAÇÃO EM FINS DE 1972??
01/11/72
UM FURRIEL MILICIANO (SARGENTO) TER DE SE ADAPTAR A UMA NOVA "SOCIEDADE".
FOI UM POUCO DIFÍCIL.

DORMIA NO QUARTO DO ALF-FORTES (FALECIDO NO ALTO DA PEDREIRA), FORA DO QUARTEL.
NÃO ME LEMBRO DE TER COMIDO NA MESSE DE OFICIAIS, O QUE DEVERIA ATÉ SER ENGRAÇADO.

VOU TENTAR FAZER UM CENÁRIO.
A UMA CERTA HORA DEVIAM JÁ ESTAR MUITOS SENTADOS.
ENTRAVA O MAJOR, TUDO DE PÉ.
ENTRAVA O 2º COMANDANTE TUDO DE PÉ.
ENTRARIA O COMANDANTE ..., TUDO DE PÉ.

AS CONVERSAS DEVERIAM SER "ÓPTIMAS".
AS POUCAS VEZES QUE PENSO TER LÁ POSTO OS PÉS, FOI COM O SILVESTRE PIRES.
NO BAR BEBIA COCA COLA COM MARTINI, NUMA MESA, LÁ PARA UM CANTO.

ENSINOU-ME A JOGAR DADOS "KING".
POUCOS DIAS POR MÊS EU TINHA O "PRAZER" DE FREQUENTAR AQUELES AMBIENTES. 

OS ÚNICOS ALFERES "CARECAS" QUE CONHECIA ERA O FORTES E O PIRES.
OLHAVAM PARA ELES DE "LADO".
QUEM ERA DE OPERAÇÕES ESPECIAIS, NÃO ERA MUITO CHATEADO, PORQUE EU ACHAVA QUE TINHAM "PANCADA" UM POUCO SUPERIOR AO NORMAL.

ASSIM A MINHA "VIDINHA" ERA FUGIR UM POUCO AO QUARTEL.
DEVIA ALMOÇAR E JANTAR NO SUBTIL, MAS NÃO DISPENSAVA O JEEP DO CAPITÃO, (QUE ESTAVA QUASE SEMPRE DE BAIXA) E IA COM UM CONDUTOR DA 3509, A QUEM PAGAVA A REFEIÇÃO.

AGORA SE PERCEBE O MOTIVO DE NÃO ME RECORDAR DE ALGUNS EX-COMBATENTES DA C.C.S E RARAMENTE TER FALADO COM ELES.
TALVEZ ALGUM MEMBRO DA PÁGINA POSSA RELATAR AS CENAS DAS REFEIÇÕES. EX-OFICIAL OU FUNCIONÁRIO MILITAR DE HOTELARIA.
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    Paulo Lopes O que me agradava na Mataca é que ninguém se punha de pé só porque um graduado entrava!
  • Sempre houve respeito mas nunca houve receio ou medo de!
  • Felizmente quem gostava dessas mordomias da treta, nem sequer pensava em lá ir.
    Mas ainda andam por aí alguns que não são ninguém mas julgam ser só porque... só me fazem rir.
    Sinceramente...
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    Rui Briote Fui lá umas duas vezes e não me lembro de me levantar nunca, mas lembro-me que sempre que lá fui foi para ouvir umas rabecadas...depois conto...
     
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    Duarte Pereira RUI BRIOTE- PROMETESTE... TENS DE CONTAR.
     
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    Rui Briote Duarte quero fazer o relato de dois episódios e essas rabecadas são essenciais...
     
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    Antonio Da Silva Brito Como em tudo na vida ha os pros e os contras..........dados joguei muitas vezes... Saudoso Fortes e o Pires alias era o jogo mais popular no Alto da Pedreira.
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    Duarte Pereira ACHO QUE ESTAMOS TRAMADOS- AS COMADRES FORAM ÀS COMPRAS
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    Paulo Lopes Que eu me lembre ou tenha conhecimento, à Mataca, foi lá o major "Alvega" duas vezes de D.O (pois claro) e das duas (ambas) fiz questão de "não estar presente"!
    Outro "cagão", o comandante, foi lá uma vez e mal o "azteca" poisou, começou a ouvir-se morteirada que o sujeito nem tirou a "peida" da avioneta e mandou logo pôr a "passarola" no ar.
    O pior foi depois o que o Salgado teve que ouvir por causa da nossa não reacção à "questão".
     
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    Paulo Lopes Desculpa meu amigo Rui Briote, vir antecipar-me ao teu relato que iremos apreciar com toda a certeza mas, como tenho tudo já há muito tempo escrito e, sendo assim, é só uma questão de me recordar o que escrevi sobre situações que estamos a comentar no momento, é só copy/paste!
    Vou, no entanto, colocar fora destes comentários para que possam também, outros, ler e também, com regozijo meu (mauzinho) colocar em desespero quem se aflige e enerva muito com os meus comentários!
    Vai então lá para cima.
     
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    Rui Briote Vou relatar aqui um episódio ainda passado cá em Sta Margarida na chamada "prova de fogo".
  • Era eu o responsável pela primeiras parte dessa "prova" e que começava pelo slide.
  • Um dia aconteceu o inesperado...caiu um em plena pedreira, mais propriamente o Claudino, não sei se alguém se lembras dele.
  • Ficamos em pânico, pois estava todo ensanguentado e nada tínhamos no local para o podermos socorrer.
  • Pegámos nele em braços e fomos em direção á capela onde já estava um héli.
  • Como é óbvio suspendi imediatamente a "prova".
  • Quando me dirigi à messe, logo o comandante e o major se dirigiram a mim e em altos berros perguntaram-me o porquê da suspensão.
  • Como resposta viram as lágrimas correrem pela face em catadupa...
  • Perante esta minha resposta deixaram-me em paz, mas fiquei marcado para sempre com mais este episódio que foi o primeiro onde vi sangue...
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    Fernando José Alves Costa Rui Briote, Lembro-me perfeitamente, no recomeço estava o Cmdt a incentivar-nos, penso que avia uma roldana que não era completamente redonda e foi nessa que o Claudino ia pendurado, o Claudino caiu lá em baixo em cima das rochas com bicos.
     
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    Rui Briote Mais pormenores não me recordo, pois estava , nessa altura no " túnel" que era logo a seguir.
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    Fernando José Alves Costa O mais caricato é que quando a CCS estava para embarcar, o Claudino apareceu em Sta. Margarida, com meia cabeça de platina e já mobilizado para a Guiné.
     
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    Paulo Lopes Amigo Rui Briote. circulou uma frase que, tal como me contaram e que deve ser conhecida da maioria, foi atribuída ao major de operações.
  • Como não ouvi mas acreditando perfeitamente nos "transportadores" da frase que nada me espanta, serve para complemento do que te disseram: "Os homens requisitam-se mas o material compra-se".
     
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    Rui Briote Rui Briote O nosso convívio com esses fulanos que levavam para Sta Margarida a Família, incluindo os filhos.
  • Sabeis quais os brinquedos deles?
  • Não vos espantará de certeza...tudo brinquedos bélicos, como carros de combate e armas...
     
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    Fernando José Alves Costa Eu ouvi contar essa frase do seguinte modo: depois de um Berliet ser minada e de seguida emboscada numa coluna em que alguns homens ficaram feridos, ao chegarem ao quartel o Major perguntou quantas viaturas ficaram danificadas, ao que o Cmdt da coluna respondeu: Eu pensava que o meu Major me perguntava quantos homens ficaram feridos, e o Major respondeu: homens requisitos e viaturas compro-as.
  • Deverá ter sido isso ou coisa parecida.
  • Sabes que quando algo é contado, quando chega ao 10º, já o real anda um pouco alterado mas a essência mantém-se  (às vezes, nem sempre).
     

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