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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

O Pacheco morreu..., por Rui Brandão

Há dias que não deviam existir. 

Cheguei hoje de férias e fui dar uma "voltinha" no "face" do Batalhão. 
Tal não é o meu espanto quando leio a notícia do Fernando Silva António. 
O Pacheco morreu há 3 anos.



Não estou, ou continuo a não estar preparado para este tipo de notícias no que diz respeito àqueles que comigo partilharam o dia a dia em Macomia. 
Não é mesmo nada fácil para mim.

Pacheco!!! não tiveste o "músculo" para te aguentares com um desgosto de Amor. 
Entregaste a tua vida ao alcoolismo. 
Ok, foi uma escolha...
Recuperaste eu sei. 
Mas a procura de um suicídio lento foi o caminho que inclusivamente te levou a evitar os companheiros de Guerra que te iam procurando. 
Não te censuro. 
Os amigos para além de outras coisas, servem para compreender. 
Foste embora mais cedo. 
Não interessa. 
Continuarei a procurar-te nas minhas memórias onde aparece a tua frontalidade, a nobreza, a pureza da maneira de ser e estar e a constante procura de partilha. 
Foste um exemplo para todos nós, em como um homem deve estar com amigos. 
Deixa-me publicar as tuas frases que fizeram História numa companhia C.C.S que entre 1972 e 1974 permaneceu em Macomia.


Quando alguém casava... Disparavas. 
Putas as mesmas, cabrões mais um!!!
Quando recebias as encomendazitas dos teus Pais do Algarve... 
Desabafavas. 
A puta da velha, em vez de mandar uma garrafa de medronho, só manda bolos de amêndoa.
Quando arrancávamos para as nossas costumadas patuscadas... 
Desafiavas. 
Morra quem se negue!!!



Quando fomos violentamente atacados à morteirada, saíste debaixo de fogo do abrigo e correste para a fogueira da cozinha da messe de Sargentos para retirar o tacho do lume de uma valente caldeirada de línguas de bacalhau... 
E vociferaste. 
Estes filhos da puta (frelimos) ainda me deixam queimar as línguas de bacalhau !!!
Quando me viste pela primeira vez a "carecada" com que fiquei assim que cheguei a Macomia... Gritaste.
Caralho!!!
Pareces o menino Carlinhos!!!
Assim fiquei com a alcunha do menino Carlinhos.



Quando nasceu o meu 2º filho, já tínhamos rodado para Ribaué, perto de Nampula. 
Pus-lhe um nome fictício - Momade Issufo - . 
Tu foste designado por mim como o padrinho do puto. 
Assim aconteceu. 

Quando chegámos a Lisboa, estiveste presente no "batizado" e ficaste o padrinho do Nuno Miguel.
Que mais podemos ter Pacheco? 
Nada, não queremos ter mais nada. 
A nossa amizade chega, mesmo em "suporte" de memória. 
Fica bem meu companheiro Furriel Miliciano Cripto.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Mar calmo, por Paulo Lopes

 

 
 
E que belo som que é quando, na esplanada a beber uma café pela manhã e ouvir o lento rebentar das ondas que se enrolam na areia.
 
Praia das Chocas - Moçambique

O mar estava calmo como sempre, ou quase sempre, porque o sempre nem sempre é sempre, e entrava suavemente
pela areia normalmente fina da belíssima praia da Vila de Sesimbra e que, estranhamente, ou não, tem o nome de Califórnia.
 
Praia da Califórnia - Sesimbra
 
Da esplanada ouve-se o inconfundível ruído das suaves ondas a deslizar areia dentro areia fora, numa lentidão apaziguadora de males espirituais.
 
 
Não consigo ver fisicamente todo este encontro e desencontro entre o mar e o areal seco porque estou num nível um pouco mais elevado e recolhido desse espectáculo mas nem necessito de fechar as pálpebras para sentir o mar a entrar, deslizar e novamente ser empurrado pelo leve ondear para dentro da praia num vai e vem constante e melancólico, dando-me uma sensação de paz e bem-estar.

In "Minutos dos Dias de Muitas Vidas"
paulo lopes
 

domingo, 23 de março de 2014

RECORDAR É VIVER - AS MINHAS FÉRIAS MILITARES EM JUN73 - 3ª parte, por Gilberto Pereira


Enfim chegou o dia da partida para o Algarve, saco de bagagem na mala, carocha á estrada e aí vou eu.
 
RECORDAR É VIVER
AS MINHAS FÉRIAS MILITARES EM JUN73 - 3ª parte

Enfim chegou o dia da partida para o Algarve, saco de bagagem
na mala, carocha á estrada e aí vou eu.
É madrugada e o carocha vai acelerando bem em pleno Alentejo
quando de repente surge no meio da estrada uma data de touros, que
devem ter passado as vedações, pé no travão e agora pensei eu: que
fazer e se eles investirem contra o carocha que tem uma côr perto do
vermelho, lá se vai o carocha todo furado e eu sei lá que mais; passei
para médios e com os vidros fechados esperei aí uma meia hora e os
touros do meio da estrada é que não saíam, até que em sentido contrário
chegou um camião que parou mas depois começou a andar lentamente e
os touros a vir na minha direção, ai ai ai ai mas passaram ao lado e finalmente 
pude respirar e caminho livre outra vez. Para compensar o tempo perdido
pé na chapa e já na serra do caldeirão numa curva apertada o carro bate num 
buraco da estrada e abre-se a porta do meu lado e fiquei pendurado na porta, que por milagre o carro não foi serra abaixo. Finalmente Algarve á vista e destino Loulé.
Fui ficar hospedado numa pensão perto do centro, porque queria visitar uma 
madrinha de guerra que tinha sacado a um soldado em Macomia e com a qual
mantinha contato via ctt. O encontro deu-se numa pastelaria do centro e ela estava
acompanhada da irmã conforme combinado. Mas que belezas !!!! apresentações, 
conversa puxa conversa e peq. almoço para os três--- paga o otário e nisto a irmã
sai para ir não sei aonde e fiquei só com ela. Afinal a marafada era casada, tinha 
uma filha e o marido tava a trabalhar na Argélia, pensei: tou feito, mas combinámos encontro no outro dia na mesma pastelaria á mesma hora. O resto do dia eu e o 
carocha fômos até Quarteira, depois Armação de Pêra e voltámos para Albufeira.
Á entrada de Albufeira jantei num restaurante que tinha a cozinha no meio da sala, 
nunca tinha visto tal, depois Albufeira centro para a vida noturna e regressso a
Loulé para descansar um pouco. Fui o primeiro a chegar á pastelaria e pouco depois
chegou ela, oi oi oi até os meus olhos brilharam, mui formosa, após o peq.almoço
convenci-a a dar uma volta e acabámos por ir até Ayamonte onde almoçámos uns calhamares e mais uns petiscos, depois regressámos a Vila Real e curtir uma praia
em Monte Gordo após o que regressámos a Loulé. No dia seguinte combinámos ir
à ilha, foi um dia de praia em que nos divertimos, trocámos intimidades, conversas
talvez mesmo  promessas e sonhos enfim um dia de felicidade para ambos-----foi bonito mas era o último dia em Loulé e as despedidas foram um pouco dolorosas.
Manhã seguinte o carocha voltou á estrada e rumou á praia da Rocha em Portimão
e ponta de Sagres. Caminho de casa e jantar em Odemira----------- à saída de Odemira brigada da GNR alto e pára----- parei e nisto  un guarda com ar de parvalhão chega á janela do carro e nem bom dia nem boa noite, os seus documentos---- e eu respondi ---- não sei onde está isso----- e ele ---- se não tem 
fica tudo apreendido----- ai é respondi eu; saquei do meu cartão de Sargento
esfreguei-o no olho do guarda que de imediato bateu ali uma pálada, que gozo me deu-----depois dei-lhe os documentos e como tava tudo em ordem, mas ele estava
danado, de seguida pede-me o rectãngulo e eu disse que isso não tinha----- não tem vai ser autuado e puxa do livro para escrever, foi aí que lhe disse eu tenho é isto que é um triângulo, serve, é que o outro que pediu eu não tenho. Eina ficou cá com uns cornos, bateu mais uma pálada e desejou boa viagem. Pela manhã já estava de volta á aldeia. Afinal este carocha resistiu. Os restantes dias foram passados ora no seio da família ora com amigos. No dia da partida para Moçambique pensei em não ir, isto é, não regressar mais, mas as saudades de todos vocês, falaram mais alto e lá embarquei.
Um forte abraço para todos os militares do BCAV3878

É madrugada e o carocha vai acelerando bem em pleno Alentejo, quando de repente surge no meio da estrada uma data de touros, que devem ter passado as vedações, pé no travão e agora, pensei eu: que fazer e se eles investirem contra o carocha, que tem uma cor perto do vermelho, lá se vai o carocha todo furado e eu sei lá que mais.



Passei para médios e com os vidros fechados esperei aí uma meia hora e os touros do meio da estrada.
É que não saíam, até que em sentido contrário chegou um camião, que parou mas depois começou a andar lentamente e os touros a vir na minha direção, ai ai ai ai, mas passaram ao lado e finalmente pude respirar e caminho livre outra vez.

Para compensar o tempo perdido, pé na chapa e já na Serra do Caldeirão, numa curva apertada, o carro bate num buraco da estrada, abre-se a porta do meu lado e fiquei pendurado na dita porta.
Por milagre o carro não foi serra abaixo.


Finalmente Algarve á vista e destino Loulé.

Fui ficar hospedado numa pensão perto do centro, porque queria visitar uma madrinha de guerra que tinha sacado a um soldado em Macomia e com a qual mantinha contato via CTT.


O encontro deu-se numa pastelaria do centro e ela estava acompanhada da irmã conforme combinado.

Mas que belezas!!!!
Apresentações, conversa puxa conversa e pequeno almoço para os três.
Paga o otário.

E nisto a irmã sai para ir não sei aonde e fiquei só com ela.

Afinal a "marafada" era casada, tinha uma filha e o marido "tava" a trabalhar na Argélia.
Pensei: "tou" feito, mas combinámos encontro para o outro dia, na mesma pastelaria á mesma hora.

O resto do dia eu e o carocha fomos até Quarteira, depois a Armação de Pera e voltámos para Albufeira.

Á entrada de Albufeira jantei num restaurante que tinha a cozinha no meio da sala, nunca tinha visto tal.


Depois Albufeira centro para a vida noturna e regresso a Loulé para descansar um pouco.

Fui o primeiro a chegar á pastelaria e pouco depois chegou ela.
Oi oi oi, até os meus olhos brilharam, mui formosa.
Após o pequeno almoço convenci-a a dar uma volta e acabámos por ir até Ayamonte, onde almoçámos uns calamares e mais uns petiscos.


Depois regressámos a Vila Real, para curtir uma praia em Monte Gordo, após o que regressámos a Loulé.

No dia seguinte combinámos ir à ilha, foi um dia de praia em que nos divertimos, trocámos intimidades, conversas, talvez mesmo promessas e sonhos, enfim um dia de felicidade para ambos.

Foi bonito, mas era o último dia em Loulé e as despedidas foram um pouco dolorosas.

Manhã seguinte, o carocha voltou á estrada e rumou á Praia da Rocha, em Portimão e ponta de Sagres.


Caminho de casa e jantar em Odemira.

À saída de Odemira, brigada da GNR, alto e para.
Parei e nisto um guarda com ar de parvalhão, chega á janela do carro e nem bom dia, nem boa noite.
Os seus documentos.
E eu respondi: não sei onde está isso.
E ele: se não tem fica tudo apreendido.
Ai é respondi eu.

Saquei do meu cartão de Sargento, esfreguei-o no olho do guarda, que de imediato, bateu ali uma "pálada".
Que gozo me deu.
Dei-lhe os documentos e como "tava" tudo em ordem, mas ele estava danado, de seguida, pede-me o "retângulo".
E eu disse que isso não tinha.
Não tem vai ser autuado e puxa do livro para escrever, foi aí que lhe disse, eu tenho é isto que é um triângulo, serve, é que o outro que pediu eu não tenho.
Ei ficou cá com uns cornos, bateu mais uma "pálada" e desejou boa viagem.

Pela manhã, já estava de volta á aldeia.
Afinal este carocha resistiu.
Os restantes dias foram passados ora no seio da família, ora com amigos.

No dia da partida para Moçambique, pensei em não ir, isto é, não regressar mais, mas as saudades de todos vocês, falaram mais alto e lá embarquei.

 

Um forte abraço para todos os militares do BCAV3878

sexta-feira, 7 de março de 2014

Ao amigo Marcelino, por Paulo Lopes

 
 
 
 
Tal como tu, também reconheço um certo "espicaçar" de fraseamento sarcástico e escondido em determinados assuntos (mesmo que queiram tentar fazer ver que não têm direção quando, na realidade, são capazes ou não, de ter) demasiadamente escolhidos e minuciosamente preparados para um disparar de atitudes que, penso eu, desnecessárias a esta nossa página, que se quer de, também penso eu, apenas unir as distâncias e não torná-las, através de pensamentos abstratos, cada vez mais distantes.
 
O que nós queremos é estilhaços de amizade, nem que sejam em palavras de escárnio brincalhão, mas direto.
 

No entanto e porque até já escrevi aqui algo sobre tal, exatamente, em resposta a um longo comentário (como são quase sempre os meus) e exprimi a minha discordância na escolha de temas que cada um, por sua vontade, queira colocar, volto a dizer, que temos de ser livres nesse aspeto mas, nunca por nunca ser, deixar de estar sempre presente o respeito mutuo de cada interveniente (que gostaria, fossemos todos).
 

Depois temos as nossas hipóteses:
Ou pura e simplesmente colocamos o tal "gosto" que eu detesto e por isso raramente coloco (para não dizer "nunca") ou comentamos o que também nos der na real "gana", sem tão pouco olhar a questões mais melindrosas ou com sarcasmo, inteligência ou estupidez, imbecilidade ou perspicazmente, respondemos com a mesma moeda, mas de face contrária e por ultimo (ou não) ignoramos completamente o assunto deixando, de certa forma, os atiradores a dispararem para o ar ,o que será outra maneira de resposta de alto teor de inteligência!...

Quanto ao resto, meu amigo, não nos podemos esquecer que o que nos uniu, a grande maioria, foram aqueles anos onde, por vezes, trocámos histórias da nossa própria história de meninos, ainda mal acabados do conhecimento da vida, apesar de muitos (tal como eu) já vínhamos de vivências laborais para safarmos a vida.
Só isso e pouco mais mas que, no fundo, deixou algum laço atado entre todos nós!...
 
Todos sabem que prolongaria muito mais todo este tema e até me punha para aqui a divagar sobre a humildade de uns, vaidade de outros, inteligência de todos ou incapacidades de todos nós, mas já uma vez disse que, cada um é como cada qual e as atitudes ficam para quem as pratica (más ou boas), o que, de forma alguma, quer dizer que fiquemos simplesmente calados àquilo que, no entender de cada um, deve ripostar.
 
 
Porque, também como dizes, se há algo a dizer a alguém, tem de ser dito de forma clara e expressamente dirigida e não de forma tentada em "Picasso", quando afinal não passa de uma aguarela de má qualidade.
Amigo João Marcelino, como também já tinha dito por aqui, já não me recordo a que propósito e utilizei uma palavra tipicamente Algarvia (penso eu e por isso não levem a peito os meus conhecimentos de burro): NÃO TE AMOFINES!
Esta página não pode morrer e aconselho-te (se isso me é permitido) a escolheres uma das hipóteses que coloquei em cima para resposta àquilo que queres responder e alivies o teu pensamento guardado dentro de ti que, poderá até não ser o que estarás a magicar.
 
Todos somos iguais nesta página e quem se julgar superior, (ou porque teve sorte, inteligência, conhecimentos, maldade ou esperteza) na sua qualidade de vida ou na sua forma de estar nela, está completamente distante da realidade e pode até, um dia, cair da escada a baixo e parar apenas no ultimo degrau.

 

Atenta ao que digo e normalmente o que digo, podendo ser inspirado noutras pessoas, atitudes ou pensamentos alheios, procuro ser sempre eu:


Impura amizade
que chora ódio açucarado
lágrimas inventadas
de quem te rodeia
doce veneno amargo
falso amigo que semeia
no calor da existência
colhendo a sonolência
enganando a verdade
falseando a indiferença
para quem vive uma intensidade
uma esperança uma crença
de uma pura amizade.

Paulo Lopes (2012)

Terminando este longo (???) e "estapafúrdio" amontoar de confusões, deixo um expresso e desejado cumprimento:
Tentemos dar-nos todos bem!...


Ou então, tenham juízo como os malucos!...

Um abraço a todos menos a um. (para que não fiquem já a imaginar coisas ao "menos a um", esse gajo, que não interessa a ninguém, sou eu)!...

sábado, 1 de março de 2014

RECORDAR É VIVER - AS MINHAS FÉRIAS MILITARES EM JUN73 - 2ªParte, por Gilberto Pereira


 
RECORDAR É VIVER

AS MINHAS FÉRIAS MILITARES EM JUN73 - 2ªParte

Após 3 dias em Porto Amélia, viagem até à Beira com destino a Lisboa.

A viagem decorreu sem sobressaltos e á chegada ao aeroporto da Portela, um suspiro de alegria como que a dizer "gente cheguei ".
 
Aeroporto da Portela (Lisboa)
 
Pais e namorada esperavam ansiosos e não faltaram abraços e beijos, com lágrimas á mistura.
 
Depois é o regresso a casa, são os abraços dos amigos e pôr a conversa em dia lá no café da aldeia.
 
Tinha documentos a tratar e viagens em mente pelo que tive necessidade de alugar uma viatura que consegui na Ijala, representante da Toyota.
As viaturas disponíveis eram duas: um Peugeot 403 e um Carocha.
Optei pelo Peugeot porque já estava escaldado com carochas.
O Peugeot estava com bom aspeto e era engraçado, até as mudanças eram ao volante.
 


 
Um dia cheguei á noite ao café e um amigo meu o Luís disse-me: vamos a Óbidos beber uma Ginjinha...
E lá fomos.
 
 Óbidos
 
Chegados lá entramos, ficámos sentados numa mesa daquelas que são tipo banco corrido.
No canto oposto estava uma jovem senhora com um velho a beber uma Ginjinha.
 


 
Estávamos á conversa e nisto o Luís sussurra baixinho dizendo: ela não tira os olhos daqui...
Nisto eles levantaram-se e saem.
O Luís diz: Vamos á perseguição a ver o que isto dá.
 
Quando chegámos cá fora e os vimos entrar num bruto Mercedes, com ela ao volante, hei meu Deus...
Ele diz vamos para os não perder de vista...
Perseguição em direção ás Caldas.
 
 
Peugeot prego a fundo e a perder terreno...
Antes da rotunda das Caldas puf puf puf paf puf...
A porcaria do carro arrebentou, ficou a trabalhar com 3 cilindros sem força.
 
Adeus perseguição, adeus carro, adeus senhorita, adeus tudo, nem sei como aquilo chegou a casa.
No dia seguinte fui lá trocar de carro porque aquele já tinha pifado.
Não houve problema nenhum e deram-me o Carocha.   
        
Até fiquei a pensar: será que eles não têm coragem para arrebentar com os carros e estavam á minha espera?!!!...
A viagem para o Algarve vai ser de carocha e promete, mas só na 3ª parte.

Para o Pessoal do Bcav 3878 um forte abraço.
 
RECORDAR É VIVER
AS MINHAS FÉRIAS MILITARES EM JUN73 - 2ªParte

Após 3 dias em Porto Amélia, viagem até à Beira com destino a Lisboa.
A viagem decorreu sem sobressaltos e á chegada ao aeroporto da Portela
um suspiro de alegria como que a dizer " gente cheguei ". Pais e namorada
esperavam ansiosos e não faltaram abraços e beijos, com lágrimas á mistura.
Depois é o regresso a casa e são os abraços dos amigos e pôr a conversa em 
dia lá no café da aldeia.
Tinha documentos a tratar e viagens em mente pelo que tive necessidade de alugar viatura que consegui na ijala representante da toyota. As viaturas disponíveis eram 
duas: um peugeot 403 e um carocha. Optei pelo peugeot porque já estava escaldado
com carochas. O peugeot tava com bom aspecto e era engraçado, até as mudanças eram ao volante. Um dia cheguei á noite ao café e um amigo meu o Luis disse-me :
vamos a Óbidos beber uma ginginha e lá fomos. Chegados lá entramos e ficámos
sentados numa mesa daquelas que são tipo banco corrido. No canto oposto estava 
uma jovem senhora com o velho a beber uma ginginha. Estávamos á conversa e nisto o Luis sussurava baixinho dizendo ela não tira os olhos daqui, nisto eles levantaram-se e saíram, e o Luis vamos á perseguição a ver o que isto dá. Quando
chegámos cá fóra e os vimos entrar num bruto Mercedes e ela ao volante, hei  meu Deus, e ele diz vamos para os não perder de vista. Perseguição em direção ás caldas,
Peugeot prego ao fundo e a perder terreno e antes da rotunda das Caldas puf puf puf paf puf a porcaria do carro arrebentou, ficou a trabalhar com 3 cilinddros sem força, adeus perseguição adeus carro, adeus senhorita, adeus tudo, nem sei como aquilo chegou a casa. No dia seguinte fui lá trocar de carro porque aquele já tinha pifado. Não houve problema nenhum e deram-me o carocha.              
Até fiquei a pensar: será que eles não têm coragem para arrebentar com os carros e estávam á minha espera!!!  
A viagem para o Algarve vai ser de carocha e promete, mas só na 3ª parte  
Para o Pessoal do Bcav 3878 um forte abraço.