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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Graduações e Promoções de Milicianos, por Rui Brandão

 
Graduações e Promoções de Milicianos

Não costumo meter-me em mesa de opiniões, mas desta vez vou dar uma pequena achega.

Começo por não perceber a aplicação (notável, refira-se) durante a recruta e segundo percebo, também na especialidade, por parte do Duarte.

Porquê?

Por que também fiz recruta em Santarém e também tive camaradas que tudo faziam para ir para os Rangers.

Eram viciados em patrulhas e ginástica de aplicação militar.
Sabia-se e comentava-se que o destino deles se...ria atiradores destinados à primeira linha.

Outros (a maioria) faziam os "mínimos para os Olímpicos" para tentarem a sorte de uma saída para vagmestre, transmissões, enfermeiro, etc, etc, etc,.

Pela minha parte, uma vez que já sabia que ia para Radiomontador, fiz todas as provas de 1ª no final da Recruta.

Estava à vontade.
Curiosamente fiquei à frente de muitos dos obstinados pela razão de ter boas notas nas provas escritas.

Uma vez já "selecionado" para atirador (o Duarte), não me incomoda antes pelo contrário, que alguém seja reconhecido e como tal promovido.
Pelos vistos as qualidades, conhecimentos e entrega estavam lá (no Duarte, claro...).
Qual a dúvida afinal? Se fossemos "inspecionar" todas estas graduações, teríamos que ir ver as graduações dos alferes em Capitães, Furriéis em Alferes e Cabos em Furriéis.

Não percam tempo.
Já temos maturidade e cultura suficientes para sabermos que aquela "Guerra" era feita por milicianos.

Os Oficiais de carreira passou a ser uma espécie em extinção.

Os Papás deixaram de mandar os meninos para a Academia Militar.
Porra, havia Guerra!!!
O meu filhinho é que não!!!

E assim marcharam os milicianos...
Já agora façamos um momento de reflexão...
Ainda se lembram qual foi a génese da Revolução do dia 25 de abril de 1974?
Exatamente, começou por um mal estar nos militares do quadro, por que para angariarem "gente" para a Academia Militar, o Governo dava o mesmo tipo de regalias e antiguidade a quem acabasse o Curso da Academia.
O caldo entornou.

A Guerra estava entregue aos Milicianos, os do Quadro sentiam-se ameaçados e a Revolução ganhou corpo.
Nós os Milicianos (os soldados incluídos, claro...) fomos a tal carne para canhão.
Não interessa agora se aquele foi graduado ou promovido.
Se o foi, era porque estava em boas "condições" para ser explorado.

Sabem o que vos digo, hoje somos livres.
Podemos analisar isto tudo com todo o discernimento.

Como nós dizíamos muitas vezes, VIVA A PELUDA!!!

sexta-feira, 4 de julho de 2014

O Teatro com as Comadres, por Duarte Pereira


NÃO QUERENDO OBSCURECER OS TEMAS HOJE PUBLICADOS SOBRE A LIBERDADE, OS CRAVOS E OS "CRAVAS", GOSTARÍAMOS DE DEIXAR O NOSSO CONTRIBUTO.


APROXIMA-SE A DATA DO ALMOÇO DO BATALHÃO E PENSAMOS QUE SÓ É POSSÍVEL ATENDENDO À LIBERDADE DE REUNIÃO QUE HOJE SE VIVE.

ANTES DO 25 DE ABRIL DE 1974, A ORGANIZAÇÃO DO ALMOÇO TERIA DE PAGAR A MAIS SEIS PESSOAS PELO MENOS PARA OS VIGIAREM.


OUVIMOS FALAR EM "RIBAUÉ" E TAMBÉM MACOMIA, PELAS BELAS PEÇAS TEATRAIS QUE NA ALTURA FORAM APRESENTADAS....

FOI ENVIADO UM E-MAIL A ALGUNS DOS ATORES DA ALTURA QUE NÃO "MERECEU" RESPOSTA.
 
ESTE ANO SERIA QUASE IMPOSSÍVEL POR FALTA DE TEMPO E ORGANIZAÇÃO.
O TEATRO TERIA DE SER EM TERRAS ALENTEJANAS.
FOI PROPOSTO, AS COMADRES SE OFERECEREM PARA O ELENCO E FORAM FORMULADOS CONVITES A ESTRELAS DE PRIMEIRA ÁGUA QUE PASSAMOS A CITAR: AMÉRICO CONDEÇO, GILBERTO PEREIRA E JOÃO MARCELINO.
 
ENCENADOR: CAPITÃO PARDAL.
 
DEPOIS DE ALMOÇO AS COMADRES ENTRARIAM NO LOCAL E DARIAM UM BEIJINHO A TODOS OS CONVIDADOS.
A CIDÁLIA PIRES TRATARIA DAS ROUPAS E DAS PINTURAS.
 
 
GARANTO QUE SERIA UM ALMOÇO INESQUECÍVEL.
TALVEZ PARA O ANO.
NÓS JÁ ANDAMOS A LER O TEXTO, TIPO TELENOVELA.
VÃO PENSANDO NISSO.
 
BEIJINHOS DA MARIA E DE MIM QUE VOS ADORAM.
GERTRUDES.

sábado, 21 de junho de 2014

Mais poemas, por Paulo Lopes

 
 
 
No mês a seguir ao 25 de Abril, estava eu ainda em Moçambique mais precisamente na Beira, escrevi isto que, 40 anos depois, continuamos adormecidos.

O povo agita-se
empurrado pelas armas

E os gritos parados no ar
já envelhecidos pelo tempo
ecoam vitoriosos
e arrastam multidões
ainda adormecidas

paulo lopes (1974)

quarta-feira, 21 de maio de 2014

25 de Abril - Viva a Liberdade, por Manuel Cabral



Duarte Pereira
AS COMADRES ENVIARAM-ME ESTE TEXTO PUBLICADO PELO MANUEL CABRAL (EX-FURRIEL) QUE ESTEVE COMIGO, EM 1973 NO 3º PELOTÃO DA 3509 . EMBORA APAREÇA POUCO NA PÁGINA TAMBÉM TEMOS DIREITO AO SEU TEXTO.
Manuel Cabral
há 9 horas perto de Valença, Brazil · Editado
.
Tenho por hábito há muitos anos não falar publicamente de política, mas hoje, perante a enorme quantidade de comentários saudosistas do antigo regime, não posso ficar calado.


Muitos dos que falam hoje da superioridade do que se passava antes do 25 de Abril de 1974, não viveram esses tempos, não sofreram a intolerância de um regime que calava pelo medo e pela repressão os que pensavam de maneira diferente, os que queriam para o nosso país um futuro diferente.
E esta é a primeira grande diferença entre os dois tempos: a tolerância.


Foi graças ao fim da intolerância que hoje, os que estão em desacordo com o que se passa, podem expressar os seus pontos de vista, defender até o regresso ao passado, a um passado em que apenas os que detinham o poder podiam ter opinião, e os outros não podiam expressar o que sentiam, o que pensavam, fosse de que forma fosse.


Os que hoje falam do mal que estamos, esquecem que eles próprios ajudaram a chegar onde estamos agora - todos somos culpados, não há inocentes.
Uns porque agiram mal, outros porque não agiram, outros ainda porque deliberadamente tentaram destruir o estado de democracia em que vivemos.
Mas uma coisa é certa - mesmo com todos os erros, com todas as escolhas erradas, todos contribuíram, com o seu voto, para estarmos onde hoje estamos.


Ao contrário do que se passava antes do 25 de Abril, onde as eleições não passavam - quando existiam - de farsas armadas para perpetuar no poder os que lá se encontravam.


Fala-se muito dos políticos desonestos de hoje, mas não porque no passado eles não existissem - simplesmente hoje todos sabemos quem eles são, pois mesmo com todos os seus defeitos, a imprensa de hoje pode e fala sobre eles, denuncia os roubos que fazem, os danos que exercem sobre a nossa economia.


E se as instituições não funcionam, se os tribunais relaxam e deixam que os prazos se imponham à justiça, hoje, tudo isso é conhecido, tudo isso aparece em público.


Antes, quem se atrevesse a denunciar os abusos dos presidentes das Câmaras, do polícia do bairro, era simplesmente abafado, quer pela agressão física que grupos de "justiceiros" do regime se encarregavam de aplicar, quer pela perseguição política, pela prisão, pelo degredo.


Num regime que, ao mesmo tempo, castigava brandamente um marido traído, que matava a esposa infiel, ou uma filha apanhada na cama com o seu namorado, num regime que encobria os crimes dos que lhe eram fiéis.
Mas nada se sabia, em público, ao contrário do que se passa hoje.


Não vale a pena os que hoje defendem o regresso ao passado pensarem nisso - nunca vai acontecer, não porque os que defendem a mudança sejam melhores, mais fortes, mais poderosos. 
Simplesmente porque quem um dia provou o sabor da Liberdade não vai deixar que lha tirem de novo.

O que vale a pena é aproveitar a tolerância que se conquistou com o 25 de Abril, e com o uso apropriado do voto, com o uso dos direitos que o 25 de Abril pôs à disposição de todos, exigir aos corruptos, aos inaptos, que se afastem, pondo no lugar deles, os que verdadeiramente querem um Portugal melhor para todos.

Porque eu sei o valor que ela tem, viva a Liberdade!

terça-feira, 20 de maio de 2014

As comadres e o 25 de Abril, por Duarte Pereira



Duarte Pereira
SABEMOS QUE JÁ TINHAM SAUDADES NOSSAS.

DESDE QUE O SR CAPITÃO PARDAL NOS COLOCOU NOS BLOGS, AUMENTOU A VENDA DE COMPUTADORES NO ALENTEJO.



FOMOS CONVIDADAS COMO RAINHAS PARA AS COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL EM GRÂNDOLA.


QUEM MAIS "MORENAS DO QUE NÓS"??? 
COM AQUELE SOL TROPICAL E O SALGADIÇO DO OCEANO ÍNDICO....

ESTÁVAMOS NO PALANQUE DA PRESIDÊNCIA A OUVIR OS DISCURSOS E A DIZEREM MAL DO GOVERNO. 
ATÉ AÍ TUDO BEM. 
COMEÇOU A CHEGAR UM CHEIRINHO DE UNS GRELHADOS ALI PERTO E JÁ NÃO ESTÁVAMOS COM MUITA ATENÇÃO, AO QUE OS DISCURSANTES DIZIAM. 
OS NOSSOS RABOS JÁ REBOLAVAM NAS CADEIRAS E O POVO OLHAVA PARA TODO O LADO. 

QUEM DISCURSAVA, DEU POR ISSO E CONCLUIU O SEU DISCURSO DIZENDO; A LIBERDADE ESTÁ EM FAZER O QUE NOS ESTÁ NA GANA. 

TAMBÉM JÁ SINTO O CHEIRO DA PATUSCADA GRÁTIS QUE SE APROXIMA. 
VAMOS MAS ´É TODOS DAR AO SERROTE. AMIGOS.
FOI O DISCURSO MAIS APLAUDIDO. DE PÉ E JÁ TODOS A ANDAR PARA O RECINTO DOS COMES E BEBES.

DEPOIS DA FESTA MUITO SE CANTOU, A GRÂNDOLA VILA MORENA E OS MAIS NOVOS ALGUMAS MÚSICAS, QUE O SR PAULO LOPES TEM POSTO NA VOSSA PÁGINA. 



AINDA VOLTAMOS AO PALANQUE E UM COMPADRE AINDA TENTOU DIZER UNS VERSOS DO SR JOÃO MARCELINO, MAS FORAM ATIRADOS MUITOS TOMATES PARA CIMA DELE E ELE DISSE UNS PALAVRÕES QUE NÃO PODEMOS TRANSCREVER.

AINDA RECEBEMOS AS MEDALHAS DA VILA, COMO TÍNHAMOS COMIDO À MÃO UNS PEDACITOS DE LEITÃO E TINHA MOLHO, AS NOSSAS BLUSAS FICARAM SUJAS.
 
A SEGUIR MUITA BAILAÇÃO. 
NADA DE AGARRADINHO. 
AS NOSSAS BARRIGAS JÁ NÃO DÃO PARA "SENTIR" O VERDADEIRO PRAZER DE DANÇAR, DEPOIS DE UM ALMOÇO BEM REGADO. 
PENA NÃO TER TOCADO O " JE NÃO TAIME PÁ O TEU PELUCHE




BEIJINHOS A TODOS.