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domingo, 19 de julho de 2020

Só escrevo sobre a 3509 ???..., por Duarte Pereira

Lá vou eu para o feed de notícias.
Faltava a última parte da odisseia que escrevi sobre a 3509. 
Só escrevo sobre a 3509 ???
SIM, SIM- Na altura não havia a 3510 . 
==========
Abaixo a tenda do comando. 1ª foto
As tendas de terceira geração :) 
Do lado esqº da foto podem ver uma com avançado frontal e lateral e tecto G.T.


Vivendas para graduados. 
Não pagavam I.M.I. :) 
Com canas na lateral para fazer de ar condicionado . :)
Um abrigo para protecção de ? 
Do sol ? 
Só agora é que descobri que estão três cães na foto.
Eu chamava-lhe "Dick". 
Não era só meu, mas eu devo tê-lo ensinado a nadar no Mucojo.



Uma pequena provocação para os " homens do cajado ". 
Como é que as obras poderiam seguir a sua marcha se andavam lá "pastores" do 2º pelotão a tomar conta "daquilo". 
Alguém os consegue identificar ? 
"BIBA VIANA DO CASTELO" :)

Estávamos nós "muito quentinhos" no Alto da Pedreira, ora com as botas engraxadas, com lama ou sujas com poeira.
O posto de transmissões "aqueles chatos" é que nos diziam se teríamos de fazer alguma coisa.
Se dependesse de mim teria fechado o " posto" e ficaríamos lá de "férias". 
Quando nos instalaram lá, a estrada ainda deveria estar um bom bocado para trás. 
Nas chuvas fortes as manilhas em metal saltavam debaixo da estrada e cortavam-na e lá tínhamos de recuar. 
Estávamos num local mais alto que a estrada, logo mais arejado.
Sofríamos muito com o apetite. . 
Acho que a maior parte das refeições eram à base de guisados. 
Começava a dar o cheiro e a malta a ficar inquieta. 
Quase que era precisa a polícia de intervenção.
Quando da nossa passagem no aldeamento de Nambine já se preparavam novas estratégias para vigiar a estrada. 
Reparem na G-3 no braço direito. 
Constavam que as bicicletas não accionariam as minas anti carro. 
Quem será o ex militar ? 
"BIBA VIANA DO CASTELO" :)
Confesso que sempre tivemos a máxima confiança nas transmissões. 
Havia alguém em Macomia que estava 24 H atento.
24 sobre 24 H a beber café a apoiar os seus homens de transmissões. 
Eu disse café ? 
Desculpem.
O que se podia fazer no Alto da Pedreira com este quadro.? 
A única hipótese era rezar.
Inspirei-me na missa da Pedreira onde não estive presente. 
O vinho do padre poderia ter desaparecido :) .
Havia uma rampa com uma inclinação considerável que dava à estrada.
Para a direita era Macomia, para a esquerda Mucojo. 
Podia na altura ter-me lembrado de pôr umas setas, para a malta não se enganar.
Em direcção ao Mucojo o terreno deixava de ser "matoposo" de matope e começava a ficar arenoso e mais compacto.
No caminho havia o aldeamento do Cha-la-laga, ou parecido.
Na altura das mangas maduras era só subir para a Berliet. 
Nunca dei por reclamações dos habitantes. 
Comendo algumas e a barriga começava a agitar-se. 
Como nunca tinha havido minas naquele percurso era sempre a abrir. 
A mata ia-se afastando e havia mais visibilidade, aparentando segurança. 
Lá apareciam os coqueiros, palmeiras e outras árvores que não me recordo o nome. 
Alguém pensava que estávamos em guerra?
Moral da história.
Um convite para haver " desenfianços ".



A praia estava à nossa espera. ( PODERÁ CONTINUAR).....
SERIA A EXPRESSÃO DAS GIRAFAS SE LÁ ANDASSEM :)
Como alguns de vós deverão saber, tive duas "guerras". 
A de 1972 e a de 1973 até Março de 1974.
Seria injusto da minha parte não partilhar estas narrativas com mais ex combatentes da minha companhia. 
1972 - 4º pelotão com o comando do Américo Coelho (amado por todos). 
Com a minha patente, o Fernando Lourenço (amado por uns, odiado por outros) :) 
Eu? 
Os outros que respondam :) 
O Américo Coelho com a sua responsabilidade das bases, quando não andávamos em operações ou colunas. 
O Fernando Lourenço e eu, mais nas " voltinhas". 
Curiosidade: Nunca vi uma foto do Americo Coelho no Mucojo. 
Os soldados? 
Paciência sem limites para com os seus graduados. :) 
Pensava para comigo. 
Isto de ser comandante de uma base tem muita burocracia. 
O Americo Coelho escrevia de dia e de noite até adormecer. 
Mais tarde descobri que eram aerogramas para a sua noiva, e depois mulher, quando ele ainda estava na Pedreira, residente em Coimbra :)
1973? 
Fica para o próximo artigo. ( PODERÁ CONTINUAR).

OS INSURRECTOS
Tudo se deve ter passado em 1973.
Quem em Macomia, "mijava fora do penico", ou era embrulhado em "papel azul", ou por ordem do Alvega, seguia deportado para o Alto da Pedreira, por um período de 15 dias (pelo menos).
Alguém na base devia incluí-los nos serviços de protecção, patrulhamentos e escalados para a vigilância nocturna. 
Só me lembro do Américo Condeço, que falou noutro ex-militar que não me recordo de o ver por lá. (mas eu também fui de férias).
Mas... houve um "castigado" que marcou a gastronomia dos graduados.
O 1º Sargento Silva, que diziam que tinha alguns "dotes", mas de culinária percebia ele e com condimentos indianos.
Levou um malão de madeira cheio de especiarias.(ÍNDIA). 
O prato que nunca esqueci. 
Ovos escalfados com ervilhas e não me lembro se teria uns pedaços de carne.
O Fernando Lourenço, já tinha falado em cabrito, que estava uma especialidade que não me recordo. Deve ter feito, javali, gazela, galinha de mato, galinha normal e peixe fresco de várias maneiras, mas só os ovos escalfados me ficaram guardados na memória.
Por que deve ter sido em 1973. 
A "vivenda" dos graduados já estaria construída. 
Era no alpendre que o restaurante estava montado.
Foi também nesse ano que a Berliet se ia "afogando" no mar do Mucojo e o Américo Condeço chegou a dar mergulhos de cima da mesma, para dentro de água. 
Lembro-me de recebermos outras "altas entidades de Macomia. 
Só poderiam sair com o capitão. 
Enfermeiro e transmissões. 
Se o capitão estava de baixa, lá devem ter aparecido "desenfiados". 
Refiro-me ao Horácio Cunha , João Novo e (António Encarnação.)
Está quase a acabar esta longa narrativa de parte que me lembro da vida da 3509 e nem sequer vou falar o que andámos a fazer no Mucojo nesses mais de dois anos.
No último texto irei pôr por perto o vídeo do Fernando Lourenço, único documento filmado para aqueles lados.
(VÃO ESTANDO ATENTOS- EU SÓ APAREÇO NA ÚLTIMA IMAGEM A TENTAR AGARRAR NUMA CABRA OU CABRITO). 
Grande "amigo", o Fernando Lourenço :) 
(NÃO ME LEMBRO ONDE ARQUIVEI O VÍDEO OU O FILME).

NOTA FINAL: Alguém da 3509 que eventualmente passe por aqui, agradeço que me informem se o Fernando Anjos da secretaria também terá passado por aqueles lados. Obg.
Em fins de 1972 fui "despedido" do 4º pelotão, devo ter tido parecer positivo do Américo Coelho. :) 




O Fernando Lourenço, uns tempos depois, foi com uma secção dar formação e comandar uma base de milícias no Mucojo. 
Comandante em Chefe do Exército Português naquele paraíso. :) 
Nota- Mas parece que nem tudo foram rosas. 
O 4º pelotão não mais deverá ter sido o mesmo .
A mim "ofereceram-me" o 3º pelotão que estava sob a responsabilidade do saudoso José Augusto Madeira.
Se fiquei feliz? 
"Muito"! 
Já podia mandar os alferes à "merda" sem ter uma participação. :)
Tudo corria nos "conformes" até Setembro, altura em que "caiu" no pelotão o Manuel Cabral, em rendição individual. 
Como em Macomia não dormia no quartel e o Manuel Cabral, ainda não estava integrado, "alinhávamos" os dois nessas folgas. 
O Madeira continuava com o seu núcleo de amigos dentro do quartel.


segunda-feira, 22 de junho de 2020

A companhia 3509 era a última do batalhão de cavalaria 3878..., por Duarte Pereira


Duarte Pereira


As "Histórias da História"

A companhia 3509 era a última do batalhão de cavalaria 3878.
Cabo Delgado-Moçambique 1972/74.
 
"Levou" com o mais competente sr Capitão. DAAAAA !!!

Uns tempos depois ficou sem os srs alferes do 2º e 3º pelotões....

Depois saiu o sr alferes do 1º pelotão, graduado em capitão, que foi comandar uma companhia por ali perto.

Por sorte ficou com o sr alferes do 4º pelotão ,sr Americo Coelho, onde o sr furriel Duarte Pereira e sr furriel Fernando Lourenço, tiveram muita honra em pertencer.

Os que mais andaram pela mata sabem, que os srs alferes eram os "pastores" e os srs furriéis eram os "cães de guarda".
Os "cães" sem "pastores" começaram a sentir uma certa "liberdade", pensando que poderiam voltar às suas "origens- LOBOS". 
Os "lobos" não gostam de "cativeiro". 

Assim muitas vezes saíram do arame farpado, para bater o território e procurar novas fontes de alimentação.

Esta será uma pequena história que o Sr Duarte guarda na sua memória daqueles tempos.

domingo, 21 de junho de 2020

O "DICK"..., por Duarte Pereira

Duarte Pereira
05/03/2014

SIM. O "DICK" NA MINHA OPINIÃO TEM DIREITO À GALERIA DE FOTOS. 

DEVE TER NASCIDO EM MEADOS DE 1973. 
EU JÁ TINHA SAÍDO HÁ UNS SEIS MESES DO 4º PELOTÃO E ESTAVA NO 3º. 
O MADEIRA, ERA UM TIPO PORREIRO, MAS DE POUCAS PALAVRAS.
TINHA O SEU GRUPO DE MALTA DE 1972 E NUNCA FOMOS DE GRANDES PROXIMIDADES OU INTIMIDADES. 
ELE FAZIA A SUA VIDA E EU A MINHA. 
ALINHOU OU ALINHÁMOS EM TODAS AS "OPERAÇÕES" CLANDESTINAS PARA O MUCOJO, HÁBITO QUE EU JÁ TINHA ADQUIRIDO NO 4º PELOTÃO. 

NÃO SEI SE PODEREI DIZER ISTO, MAS TENTAREI DE UMA FORMA SUBTIL. 
ELE GOSTAVA MUITO DE UM SER "CRIADO PELA NATUREZA, DEPOIS DA EVA" . 
O FERNANDO LOURENÇO DEVE TER CONHECIDO MAL O "DICK". 
DIZIA QUE O MAJOR NÃO O GRAMAVA E FOI ENVIADO PARA O MUCOJO COM UMA SECÇÃO. 

NÃO HÁ FOTOS PARA O DEMONSTRAR (É CAPAZ DE HAVER), MAS ALÉM DA PRAIA E "DIVERSÕES", TAMBÉM APANHOU OPERAÇÕES COM FERIDOS. 
SUBSTITUÍ O FERNANDO LOURENÇO PELO "DICK" E FIQUEI A GANHAR, ´DÓCIL, SUBMISSO, SIMPÁTICO, MEU AMIGO. 
OS CÃES FORAM A NOSSA SEGURANÇA, EM ESPECIAL NO ALTO DA PEDREIRA, CONTRA ANIMAIS VISITANTES E OUTROS COM AS MESMAS INTENÇÕES. 

O "DICK", PROCUREI QUE FOSSE FELIZ, NÃO PRECISAVA DE BEBER CERVEJA OU OUTROS LÍQUIDOS PARA APANHAR "CADELAS". 
BOA COMIDA. BOA COMPANHIA E MUITO SEXO. 
ESTATUTO QUE NÓS NÃO TíNHAMOS. 


NÃO POSSO DEIXAR DE FALAR NESTE ARTIGO DO AMÉRICO COELHO. 
CHEFE DOS DESTACAMENTO. 
A TENDA CHEIA DE "BICS", AEROGRAMAS DE RESERVA. 
GOSTO DO (PUTO) PORQUE COM O RISCO DA SUA RESPONSABILIDADE DEU AOS SEUS DOIS "FURRAS" A LIBERDADE PARA EXPLORAR O "TERRENO" À SUA MANEIRA.
INFELIZMENTE, EU E O FERNANDO LOURENÇO NÃO GOSTÁVAMOS MUITO DE "TERRENO", MAS SIM DE AREIA E ÁGUA SALGADA. 
NÃO COMENTO O CABRAL, "PRENDA" QUE APARECEU EM 1973, OUTRA GERAÇÃO.

domingo, 7 de junho de 2020

Faz hoje 49 anos..., que um comboio me transportou até há Figueira da Foz..., por José Guedes

José Guedes
07/06/2020

Bom dia gente boa, hoje é domingo mas faz hoje 49 anos era segunda feira, foi nesta estação que um comboio me transportou até há Figueira da Foz com os seus respectivos transbordos,. 

Dia em que os meus Pais deixaram de me dar ordens e passei a obedecer a gente que nunca se importaram de mim quando andava descalço e passava fome porque naquela altura não existia subsídios para quando não se podia trabalhar porque os Invernos eram rigorosos e não havia abono de família,. 

Logo eu que nunca tinha saído da minha terra e tive que enfrentar gente já muito vivida mas aos poucos lá me tive que ir integrando e já mobilizado para o ultramar mesmo com toda aquela tristeza nem tudo foi mau, conheci uma nova família que ainda hoje nos vamos encontrando e vamos comunicando e ao mesmo tempo abriu-me um pouco os olhos para que pudesse trabalhar noutra área que não a lavoura,..
Como o tempo passa e já lá vão estes 49 anos, caso para pensar que estou a ficar velho,.. 

um bom domingo e bom apetite para o almoço,. 
abraço a todos os amigos,,.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Fui apanhado e têm de levar comigo, por Duarte Pereira


Fui apanhado e têm de levar comigo.
Ainda não fui despedido.

O quinto ano vem a caminho.
Não sei por quanto mais tempo poderei seguir esta picada.

Vejam onde põem os pés, as teclas, os comentários, a vossa colaboração.
Como diz um amigo meu "TUDO TEM UM FIM".

Dou-lhe razão, mas não tenho pressa para que ele a possa ter.
Poderá depender de mim e de todos vós.
Viva o almoço convívio em Coimbra.

Falem uns com ou outros, apesar que ainda não se conhecerem, passados quarenta e tal anos.
O convívio é do batalhão.

Cada vez serão menos.

Vão tentando conhecer ex-combatentes de outras companhias. 
Do oficial ao soldado, do cozinheiro ao padeiro, do pintor ao bate chapa e outras especialidades.
Eu fiquei a conhecer mais alguns, serão poucos, eu sei.

O convívio anual do batalhão para mim é um "mito". 
Os mesmos sempre a conviver com os mesmos.

Escrevi, está escrito.


Comentários

sábado, 28 de março de 2020

Minas..., um dia a seguir a Nanbine... por João Reis



Espero que o Lourenço se lembre.

Um dia a seguir a Nanbine, os homens da picagem, todos picavam debaixo de uma raiz de uma árvore junto a picada.
Já eu me preparava para avançar com o rebenta minas, quando o Lourenço me disse para parar.

Desceu da berliet, e com a faca de mato, escavou e ela a dita que tinha escapado aos homens da picagem, não escapou aos olhos do Lourenço. 

Recuámos e com um petardo lá foi a dita pelos ares.



E o Reis com os companheiros, escaparam a um voo grátis. 

Mas nessa hora e um pouco mais a frente, estavam mais duas meninas, reforçadas com pregos, prontas para dançar connosco, mas aqui a equipe de picagem não falhou e detetaram-nas.

Mais uma vez os petardos resolveram o problema. 
Ainda recebi na época 3 contos por esse feito. 

Os furriéis homens que eu muito admirei, pela sua postura perante o perigo, gostavam muito de viajar na berliet.
Mas desta vez foi bom para mim, porque a atitude e a atenção do Lourenço impediram um voo que, quem sabe, podia ser fatal.
Obrigado ao Lourenço, nunca esquecerei este episódio. 



E lá fomos passando pela Pedreira até ao Mucojo saborear um banho no Índico.




quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Fazia protecção à construção da nova estrada entre Macomia e Mucojo..., por Duarte Pereira

Duarte Pereira
2017/01/06

Apetece-me escrever "um pouco sobre alguns passeios" naqueles dois anos em Moçambique.

Saídas para o mato foram muitas, inúmeras.

A compª 3509 fazia proteção à construção da nova estrada entre Macomia e Mucojo.

Os pelotões tinham de se enfiar um pouco no arvoredo enquanto a bulldozer ia abrindo o novo percurso.

As formigas iam saindo e também outros animais curiosos e alguns perigosos.

Os macacos andavam inquietos.

Não estavam habituados ao barulho e à poluição.


Comentários
Quando a máquina partia uma lagarta , por vezes havia férias. 

Deve ter sido numa dessas alturas que o Armando Guterres, fez um "estágio" na nossa companhia.
Pelo caminho iam-se abrindo umas grandes clareiras , que têm um nome próprio, para retirar terra para a estrada e que também era preciso guardar. 

Não sou grande adepto, mas devia chegar ao tamanho de meio campo de futebol. 
Quando chovia muito era "engraçado" ver as "pocinhas" que se iam formando. 
E os cheiros ? 
Especialmente quando chovia emanava um odor intenso difícil de explicar. 
Talvez parecido com o de certas palhotas que se visitavam para se promover a acção psicológica. (estou a falar de Macomia).

O caminho ia-se fazendo, fazendo o máximo para evitar incidentes, acidentes.
Havia uma escala. Quem não andava na protecção, "passearia" nas colunas. 
Era preciso levar água ao aldeamento dos milícias do Alto da Pedreira. 
Fazer escolta aos camiões civis "pesadíssimos" que levavam géneros para o Mucojo. 
Na picada antiga, no tempo da chuva, os "atascansos" eram "maning". 
Cortar troncos de árvores para pôr debaixo dos pneus, usar os guinchos dos unimog. 
Debaixo de chuva e com as botas na lama era "encantador". 
Eu gostava de me enfiar no mato para fazer a protecção. Não há dúvida que a malta do Norte tinha mais força e habilidade , que os (meninos de Lisboa). (CONTINUA) .



Vou seguir o meu "trilho". 
Nas poucas operações, mais a sério que fiz e foram menos que os dedos da mão, apareciam trilhos em zonas mais para o interior.
As instruções diziam para seguirmos os trilhos para ver onde poderiam ir dar. 
Os guias, e eu concordava, que devíamos ir um pouco mais na "perpendicular", apanhando muitas vezes "matagais" em que muitas vezes as catanas tinham de abrir caminho. 
Não é novidade para quem fazia estes "passeios". 
Alguém poderá pensar que a mata era só "capim", e passar por cima até seria fácil. 





Os que por lá passaram, puderam constatar, que a estrada nova dava para dois veículos se cruzarem com uma boa margem de segurança.
Na picada velha (em especial na ida), "picagens" infindáveis.
Como a malta pensava que os "turras" só trabalhavam à noite, e não vinham de fora , mas de aldeamentos perto, na volta era quase sempre à "papo-seco". 

À medida que a estrada nova ia avançando, não havia lógica em picar. 
As viaturas não passavam sempre pelos mesmos rodados. 
No tempo de chuva tinha-se muita atenção às "pocinhas" de água. 
Tenho conhecimento que pelo menos uma mina foi assim detetada. 

Faziam o "buraquinho", instalavam a mina, colocavam terra, alisavam e depois para ficar direitinho deviam levar um "baldinho" de água.
No tempo seco e em especial no regresso chegaram-se a atingir velocidades proibitivas. 

Alcatrão não havia. 
Mas havia pó para os que vinham nas viaturas a seguir à berliet. 
E para acabar este bocadinho. 
Não éramos donos do meteorologia. 
Com a cara e camuflados com pó, não queria dizer que não caísse um "chuvinha" daquelas "leves" e depois voltava o sol e o pó.. 
Chegar a Macomia, despachar as coisas e antes do duche ver a nossa cara ao espelho. 
"ATERRADOR". Pena não terem sido tiradas fotos. ( PODERÁ CONTINUAR....)