Mostrar mensagens com a etiqueta Mucojo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Mucojo. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 22 de junho de 2020

A companhia 3509 era a última do batalhão de cavalaria 3878..., por Duarte Pereira


Duarte Pereira


As "Histórias da História"

A companhia 3509 era a última do batalhão de cavalaria 3878.
Cabo Delgado-Moçambique 1972/74.
 
"Levou" com o mais competente sr Capitão. DAAAAA !!!

Uns tempos depois ficou sem os srs alferes do 2º e 3º pelotões....

Depois saiu o sr alferes do 1º pelotão, graduado em capitão, que foi comandar uma companhia por ali perto.

Por sorte ficou com o sr alferes do 4º pelotão ,sr Americo Coelho, onde o sr furriel Duarte Pereira e sr furriel Fernando Lourenço, tiveram muita honra em pertencer.

Os que mais andaram pela mata sabem, que os srs alferes eram os "pastores" e os srs furriéis eram os "cães de guarda".
Os "cães" sem "pastores" começaram a sentir uma certa "liberdade", pensando que poderiam voltar às suas "origens- LOBOS". 
Os "lobos" não gostam de "cativeiro". 

Assim muitas vezes saíram do arame farpado, para bater o território e procurar novas fontes de alimentação.

Esta será uma pequena história que o Sr Duarte guarda na sua memória daqueles tempos.

domingo, 21 de junho de 2020

O "DICK"..., por Duarte Pereira

Duarte Pereira
05/03/2014

SIM. O "DICK" NA MINHA OPINIÃO TEM DIREITO À GALERIA DE FOTOS. 

DEVE TER NASCIDO EM MEADOS DE 1973. 
EU JÁ TINHA SAÍDO HÁ UNS SEIS MESES DO 4º PELOTÃO E ESTAVA NO 3º. 
O MADEIRA, ERA UM TIPO PORREIRO, MAS DE POUCAS PALAVRAS.
TINHA O SEU GRUPO DE MALTA DE 1972 E NUNCA FOMOS DE GRANDES PROXIMIDADES OU INTIMIDADES. 
ELE FAZIA A SUA VIDA E EU A MINHA. 
ALINHOU OU ALINHÁMOS EM TODAS AS "OPERAÇÕES" CLANDESTINAS PARA O MUCOJO, HÁBITO QUE EU JÁ TINHA ADQUIRIDO NO 4º PELOTÃO. 

NÃO SEI SE PODEREI DIZER ISTO, MAS TENTAREI DE UMA FORMA SUBTIL. 
ELE GOSTAVA MUITO DE UM SER "CRIADO PELA NATUREZA, DEPOIS DA EVA" . 
O FERNANDO LOURENÇO DEVE TER CONHECIDO MAL O "DICK". 
DIZIA QUE O MAJOR NÃO O GRAMAVA E FOI ENVIADO PARA O MUCOJO COM UMA SECÇÃO. 

NÃO HÁ FOTOS PARA O DEMONSTRAR (É CAPAZ DE HAVER), MAS ALÉM DA PRAIA E "DIVERSÕES", TAMBÉM APANHOU OPERAÇÕES COM FERIDOS. 
SUBSTITUÍ O FERNANDO LOURENÇO PELO "DICK" E FIQUEI A GANHAR, ´DÓCIL, SUBMISSO, SIMPÁTICO, MEU AMIGO. 
OS CÃES FORAM A NOSSA SEGURANÇA, EM ESPECIAL NO ALTO DA PEDREIRA, CONTRA ANIMAIS VISITANTES E OUTROS COM AS MESMAS INTENÇÕES. 

O "DICK", PROCUREI QUE FOSSE FELIZ, NÃO PRECISAVA DE BEBER CERVEJA OU OUTROS LÍQUIDOS PARA APANHAR "CADELAS". 
BOA COMIDA. BOA COMPANHIA E MUITO SEXO. 
ESTATUTO QUE NÓS NÃO TíNHAMOS. 


NÃO POSSO DEIXAR DE FALAR NESTE ARTIGO DO AMÉRICO COELHO. 
CHEFE DOS DESTACAMENTO. 
A TENDA CHEIA DE "BICS", AEROGRAMAS DE RESERVA. 
GOSTO DO (PUTO) PORQUE COM O RISCO DA SUA RESPONSABILIDADE DEU AOS SEUS DOIS "FURRAS" A LIBERDADE PARA EXPLORAR O "TERRENO" À SUA MANEIRA.
INFELIZMENTE, EU E O FERNANDO LOURENÇO NÃO GOSTÁVAMOS MUITO DE "TERRENO", MAS SIM DE AREIA E ÁGUA SALGADA. 
NÃO COMENTO O CABRAL, "PRENDA" QUE APARECEU EM 1973, OUTRA GERAÇÃO.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Um artigo ao arquivo do sr. Duarte "a G3"..., por Duarte Pereira

Como isto hoje anda um bocado fraco, fomos buscar um artigo ao arquivo do sr. Duarte. (É repetido, mas poucos se recordarão). 
==========
NOTA PRÉVIA.

ESTE ARTIGO " A G-3", NÃO É PARA TENTAR DIMINUIR OS OUTROS EX- COMBATENTES, QUE LUTAVAM COM OUTRAS ARMAS PARA O BEM COMUM....

UNS ESTARIAM MAIS EXPOSTOS.
PODERÁ TER SIDO O "DESTINO", OS QUE, ACREDITAM E ACREDITARAM NELE, QUE TERÁ MUDADO AS NOSSAS VIDAS.


 
A MINHA G-3
EM SANTARÉM ANDAVA COM UMA G-3 QUE PASSOU MAL.
CHUVA, ESGOTOS, RIACHOS, POEIRA,CALOR DE VERÃO.

DISSERAM-ME QUE A G-3 TERIA DE SER TRATADA COMO UMA MULHER. 
HAVIA INSPECÇÕES PERMANENTES À SUA MANUTENÇÃO. 
MUITO ÓLEO E ESCOVILHÕES PASSARAM POR ELA.

A QUE ME FOI DISTRIBUÍDA NUNCA RECUSOU UM TIRO.

FUI MOBILIZADO. 
NÃO SEI SE LEVEI A MESMA. 
ERA VELHINHA. 
JÁ DEVERIA TER FEITO UMAS COMISSÕES. 

EM SANTA MARGARIDA OU JÁ EM MOÇAMBIQUE FIZ UM CONCURSO DE TIRO AO ALVO.
CLARO QUE GANHEI. 
FIQUEI EM TERCEIRO. GANHOU O AMÉRICO COELHO QUE JÁ USAVA ÓCULOS. 
EM SEGUNDO O FERNANDO LOURENÇO. 
A CORONHA DA G-3 DO AMÉRICO COELHO ACHO QUE ERA PRETA.

EM MOÇAMBIQUE CONTINUEI A TRATÁ-LA COM CARINHO, ASSIM COMO AS MINHAS BOTAS.
NOS LONGOS DIAS DA OPERAÇÃO DA SERRA DO MAPÉ, CHEGUEI AO FIM COM CANSAÇO MAS OS PÉS ESTAVAM BEM.

SEMPRE INCUTI NOS SOLDADOS A MEU CARGO A MINHA EXPERIÊNCIA. 
MUDEM OU NÃO MUDEM DE CUECAS. 
TENHAM CARINHO COM A VOSSA ARMA.

ANDAVA TRISTE COM O MEU 3º LUGAR NO CONCURSO DE TIRO AO ALVO.

A CONSTRUÇÃO DA ESTRADA MACOMIA /MUCOJO ABRIA CLAREIRAS DONDE TIRAVAM A TERRA PARA A NOVA ESTRADA.
NÃO ME LEMBRO, MAS DE TRÊS EM TRÊS MESES RENOVÁVAMOS AS MUNIÇÕES DOS CARREGADORES.
AVISÁVAMOS MACOMIA QUE IRÍAMOS FAZER FOGO.

UM DIA SOZINHO "COMO EU ERA CORAJOSO" FUI PARA O ALTO DE UMA TERRAPLANAGEM E COLOQUEI UMAS LATAS DE CERVEJA LÁ NO MEIO.
NÃO POSSO CONFIRMAR SE ERAM 50 M. 100 M OU MAIS.
COLOQUEI A ALÇA DE TIRO NO BURAQUINHO DOIS. 
FIQUEI FELIZ. 
AS LATAS VOAVAM. 
PODIA ATÉ NÃO ACERTAR. COM O IMPACTO NA TERRA, ELAS ABANAVAM E CAIAM. 

O MEU AMOR PRÓPRIO TINHA VOLTADO DEPOIS DAQUELE VEXAME DO CONCURSO DE TIRO. 

QUANDO ENTREGUEI A G-3 NA BEIRA, TIVE DE A ATIRAR PARA UMA MOLHADA. CONFESSO QUE NA ALTURA NÃO CHOREI E NEM SEQUER FIQUEI COMOVIDO. 
MAS É O QUE ME ACONTECE AGORA QUANDO LEMBRO AQUELA CENA.
NÃO SEI SE ELA ME DEFENDEU? EU DEFENDI-A. 

ALGUÉM QUE A SEGUIR A MIM A APANHASSE PODERIA TER A CERTEZA QUE ESTARIA EM BOAS CONDIÇÕES. 
NÃO FOI UM " DIVÓRCIO", GOSTARIA DE A TER TRAZIDO PARA CASA E FICAR AO LADO DE UM STICK DE HÓQUEI QUE GUARDO RELIGIOSAMENTE.

VOU COM ESSE STICK À PORTA QUANDO ALGUÉM BATE A PARTIR DA 1 H DA MANHÃ.

MORAL DA HISTÓRIA - PROCUREM TRATAR BEM DOS QUE POSSAM VIR A DEPENDER.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Vida de cigano em Moçambique, por Duarte Pereira


VIDA DE CIGANO

Aquela picada apertada onde poderia ir dar ?
Disseram-nos que a nossa missão seria de protecção, para a alargar.

Nos primeiros tempos no quartel de Macomia (onde por acaso nunca fui nomeado para estar de serviço), a vida corria sem sobressaltos....

Uma camarata para dormir, uma cama, um colchão, lençóis e até um armário para arrumar a tralha. 
A casa de banho com duche e tudo.

A messe de sargentos, não devia ser má, mas a minha memória tudo apagou. 
Do bar, a mesma coisa .
Não me lembro em que edifício ficava e muito menos de lá ter posto os pés.

E o tempo foi passando, a estrada ia avançando. 



Sai um "acampamento" e antes ou depois, um aldeamento e finalmente uma base ( mais a sério). 
Muito frio à noite no tempo seco, muito calor de dia e de noite no tempo quente.
Mesmo assim, acho que dormia vestido e com as botas, não fosse algum "bichinho" querer brincar. 

As chuvadas chegavam a assustar.

O barulho de corujas ou mochos, que os trovões faziam calar.

A vigilância à noite, sem guarita, abrigo ou qualquer protecção.

Talvez só a capa impermeável camuflada e o encostar a alguma árvore.

Dores de barriga à noite eram proibidas. 
Quem se arriscaria a sair do perímetro ?
As necessidades, deviam ser fora do acampamento. 
Mais tempo a escolher o sítio do que a fazer o "serviço".

A companhia 3509 devia ser a mais bronzeada.
Parte da cara, dos braços e mãos .
Os mais morenos, não vou dar exemplos, já pareciam ciganos.

Pegas Albino - Pegas - Concordas?

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Fazia protecção à construção da nova estrada entre Macomia e Mucojo..., por Duarte Pereira

Duarte Pereira
2017/01/06

Apetece-me escrever "um pouco sobre alguns passeios" naqueles dois anos em Moçambique.

Saídas para o mato foram muitas, inúmeras.

A compª 3509 fazia proteção à construção da nova estrada entre Macomia e Mucojo.

Os pelotões tinham de se enfiar um pouco no arvoredo enquanto a bulldozer ia abrindo o novo percurso.

As formigas iam saindo e também outros animais curiosos e alguns perigosos.

Os macacos andavam inquietos.

Não estavam habituados ao barulho e à poluição.


Comentários
Quando a máquina partia uma lagarta , por vezes havia férias. 

Deve ter sido numa dessas alturas que o Armando Guterres, fez um "estágio" na nossa companhia.
Pelo caminho iam-se abrindo umas grandes clareiras , que têm um nome próprio, para retirar terra para a estrada e que também era preciso guardar. 

Não sou grande adepto, mas devia chegar ao tamanho de meio campo de futebol. 
Quando chovia muito era "engraçado" ver as "pocinhas" que se iam formando. 
E os cheiros ? 
Especialmente quando chovia emanava um odor intenso difícil de explicar. 
Talvez parecido com o de certas palhotas que se visitavam para se promover a acção psicológica. (estou a falar de Macomia).

O caminho ia-se fazendo, fazendo o máximo para evitar incidentes, acidentes.
Havia uma escala. Quem não andava na protecção, "passearia" nas colunas. 
Era preciso levar água ao aldeamento dos milícias do Alto da Pedreira. 
Fazer escolta aos camiões civis "pesadíssimos" que levavam géneros para o Mucojo. 
Na picada antiga, no tempo da chuva, os "atascansos" eram "maning". 
Cortar troncos de árvores para pôr debaixo dos pneus, usar os guinchos dos unimog. 
Debaixo de chuva e com as botas na lama era "encantador". 
Eu gostava de me enfiar no mato para fazer a protecção. Não há dúvida que a malta do Norte tinha mais força e habilidade , que os (meninos de Lisboa). (CONTINUA) .



Vou seguir o meu "trilho". 
Nas poucas operações, mais a sério que fiz e foram menos que os dedos da mão, apareciam trilhos em zonas mais para o interior.
As instruções diziam para seguirmos os trilhos para ver onde poderiam ir dar. 
Os guias, e eu concordava, que devíamos ir um pouco mais na "perpendicular", apanhando muitas vezes "matagais" em que muitas vezes as catanas tinham de abrir caminho. 
Não é novidade para quem fazia estes "passeios". 
Alguém poderá pensar que a mata era só "capim", e passar por cima até seria fácil. 





Os que por lá passaram, puderam constatar, que a estrada nova dava para dois veículos se cruzarem com uma boa margem de segurança.
Na picada velha (em especial na ida), "picagens" infindáveis.
Como a malta pensava que os "turras" só trabalhavam à noite, e não vinham de fora , mas de aldeamentos perto, na volta era quase sempre à "papo-seco". 

À medida que a estrada nova ia avançando, não havia lógica em picar. 
As viaturas não passavam sempre pelos mesmos rodados. 
No tempo de chuva tinha-se muita atenção às "pocinhas" de água. 
Tenho conhecimento que pelo menos uma mina foi assim detetada. 

Faziam o "buraquinho", instalavam a mina, colocavam terra, alisavam e depois para ficar direitinho deviam levar um "baldinho" de água.
No tempo seco e em especial no regresso chegaram-se a atingir velocidades proibitivas. 

Alcatrão não havia. 
Mas havia pó para os que vinham nas viaturas a seguir à berliet. 
E para acabar este bocadinho. 
Não éramos donos do meteorologia. 
Com a cara e camuflados com pó, não queria dizer que não caísse um "chuvinha" daquelas "leves" e depois voltava o sol e o pó.. 
Chegar a Macomia, despachar as coisas e antes do duche ver a nossa cara ao espelho. 
"ATERRADOR". Pena não terem sido tiradas fotos. ( PODERÁ CONTINUAR....)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Os meninos de Lisboa..., por Duarte Pereira




Pegas Albino - Pegas . Acho que desatei a escrever este texto em Janeiro deste ano.

Foi de rajada. Muitos terão espreitado e outros passado ao lado.
Estavas interessado em saber "coisas" da 3509, nossa companhia.
Irei publicando, tipo novela, o que escrevi na altura.


Estou em crer que o teu 2º pelotão tenha alinhado com os pelotões...
por onde andei.
Espero que te recordes de algo, do que passo a transcrever.




============================================
EM ESPECIAL PARA O "PESSOAL" DA 3509 E MAIS ALGUNS CURIOSOS.
NOS ÚLTIMOS DIAS , NOVAS NARRATIVAS .
"ISTO" DARIA UMA NOVELA.
SÓ FALTAM OS DIÁLOGOS
====================
Apetece-me escrever um pouco sobre alguns "passeios" naqueles dois anos em Moçambique.

Saídas para o mato foram muitas  inúmeras. 
A compª 3509 fazia protecção à construção da nova estrada entre Macomia e Mucojo.

Os pelotões tinham de se enfiar um pouco no arvoredo enquanto a bulldozer ia abrindo o novo percurso. 
As formigas iam saindo e também outros animais curiosos e alguns perigosos. . 
Os macacos andavam inquietos. 
Não estavam habituados ao barulho e à poluição.
.
Quando a máquina partia uma lagarta, por vezes havia férias. 
Deve ter sido numa dessas alturas que o Armando Guterres, fez um "estágio" na nossa companhia.



Pelo caminho iam-se abrindo umas grandes clareiras, que têm um nome próprio, para retirar terra para a estrada e que também era preciso guardar. 
Não sou grande adepto, mas devia chegar ao tamanho de meio campo de futebol. 
Quando chovia muito era "engraçado" ver as "pocinhas" que se iam formando. 
E os cheiros? 
Especialmente quando chovia emanava um odor intenso difícil de explicar. 
Talvez parecido com o de certas palhotas que se visitavam para se promover a acção psicológica. (estou a falar de Macomia).

O caminho ia-se fazendo, fazendo o máximo para evitar incidentes, acidentes. 
Havia uma escala. 
Quem não andava na protecção, "passearia" nas colunas. 
Era preciso levar água ao aldeamento dos milícias do Alto da Pedreira. 
Fazer escolta aos camiões civis "pesadíssimos" que levavam géneros para o Mucojo. 
Na picada antiga, no tempo da chuva, os "atascansos" eram "maning". 
Cortar troncos de árvores para pôr debaixo dos pneus, usar os guinchos dos unimog. 
Debaixo de chuva e com as botas na lama era "encantador". 
Eu gostava de me enfiar no mato para fazer a protecção. 
Não há dúvida que a malta do Norte tinha mais força e habilidade, que os (meninos de Lisboa). 

(CONTINUA, ATÉ QUE A VOZ ME DOA).

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Pescaria no Mucojo..., por Duarte Pereira

PESCARIA
AVISO PRÉVIO PARA QUEM POSSA FICAR CHOCADO.

Texto alt automático indisponível.




















NÓS TAMBÉM PODERÍAMOS TER SIDO "PESCADOS " COM MINAS, EMBOSCADAS, ATAQUES AO QUARTEL.

A COMPANHIA 3509 TINHA A MISSÃO DE FAZER A PROTEÇÃO AOS TRABALHOS DE CONSTRUÇÃO DA ESTRADA ENTRE MACOMIA E ALDEIA PISCATÓRIA DO MUCOJO.
HÁ MEDIDA QUE A ESTRADA IA AVANÇANDO ÍAMOS CONSTRUINDO BASES PARA NOS INSTALARMOS.
A BULDÓZER "CAPINAVA" E FAZIA MUROS. 
NÓS COLOCÁVAMOS ARAME FARPADO PARA DAR UMA FALSA SENSAÇÃO DE SEGURANÇA. 
PELO QUE ME LEMBRO, SEMPRE TIVEMOS PANELAS , COZINHEIROS E MUITOS AJUDANTES. 

A COMIDA DEVERIA SER À BASE DE GUISADOS, COM UMA CARNE NÃO IDENTIFICADA, ORA COM ARROZ, MASSA OU BATATA. 
FOMOS APRENDENDO QUE HAVIA MILÍCIAS QUE ERAM CAÇADORES, TALVEZ DE QUINZE EM QUINZE DIAS HAVIA UMA COLUNA PARA O ALTO DA PEDREIRA ONDE SEGUIA UM CARRO COM MUITOS GALÕES DE ÁGUA, PARA O QUARTEL E ALDEAMENTO DE MILÍCIAS LÁ INSTALADO. 
A ESTRADA IA ANDANDO E NÓS TAMBÉM.
O COMANDO DECIDIU, PRÓXIMA BASE NO ALTO DA PEDREIRA. 
CONSTRUÇÃO AO LADO DO ALDEAMENTO.

A EMPRESA E AS MÁQUINAS DERAM UMA GRANDE AJUDA NA TERRAPLANAGEM, MAS OS ABRIGOS NÃO ME RECORDO, ACHO QUE FOI TUDO À "UNHA". 
FORAM FEITOS ALGUNS ANTI-MORTEIRO COM TRONCOS MUITO GROSSOS DE LADO E POR CIMA. 
COMO TERIAM LÁ IDO PARAR? 
ESTARÍAMOS EM SETEMBRO DE 1972? 
VOLTEMOS À PESCARIA. 
MUITOS DE NÓS JÁ TÍNHAMOS VISITADO O MUCOJO EM SERVIÇO. 
TALVEZ UMA COLUNA QUINZENAL OU MENSAL, COM CAMIÕES CARREGADOS DE GÉNEROS E PESSOAS, AS MAIS PERIGOSAS PELA SUA EXTENSÃO. 
FOMOS TIRANDO INFORMAÇÃO. 
QUANDO TERÃO COMEÇADO AS PESCARIAS?? 
NÃO TÍNHAMOS CANA, NÃO TÍNHAMOS ISCO. 
CONTACTOU-SE UM PESCADOR. 
QUAIS AS CONDIÇÕES? 
O SR. EMPRESTA O BARCO, E VAI CONNOSCO, NÓS USAMOS O NOSSO "ENGENHO". 
E O ENGENHO FOI ATIRADO À ÁGUA DO MAR, QUE DEVERIA TER DE CINCO A SEIS METROS DE PROFUNDIDADE. 
AS "VÍTIMAS" VIAM-SE CÁ DE CIMA. 
E DEPOIS "BUUUM" !!!