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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Histórias do Chai I (1972/1974), por Livre Pensador

Livre Pensador
 
A Companhia de Cavalaria 3508 instalou-se no Chai no dia 21 de Fevereiro de 1972, rendendo a C. Cav. 2751.
 
O trajeto de Macomia para o Chai realizado nesse dia, em coluna escoltada pelo Esquadrão de Cavalaria, deixou em todos nós, mesmo sendo "checas", a intrigante pergunta: "ONDE SERÁ QUE VAMOS PARAR"?
O fogo de reconhecimento que os camaradas do esquadrão sentiam necessidade ...de fazer, á medida que se avançava na picada e que foi aumentando de intensidade com a aproximação ao famigerado Monte das Oliveiras, ia deixando em nós a convicção de que nada de bom nos estaria reservado.
 
Chegados ao Chai, foi bem evidente aos nossos olhos toda a enorme alegria, satisfação e simpatia com que fomos recebidos pelos camaradas da 2751, o que era compreensível.
 
Poucas semanas se passaram após a rendição e logo começámos a compreender na pele as razões de tanta alegria por parte dos camaradas da companhia rendida.
 
 
 
As primeiras impressões sobre o aquartelamento do Chai foram más por um lado e de alguma resignação por outro.
É certo que em termos de instalações não sendo propriamente boas, também não se poderia exigir muitos mais "luxos" atendendo ao local onde estava inserido.
É justo dizer-se que paisagisticamente até disfrutava de um belo panorama, localizado no alto duma colina sobranceira ao lago Chai.
 
Alarmados e preocupados ficámos, pelo menos os mais responsáveis, com a segurança do aquartelamento.
O seu sistema defensivo resumia-se a uma vedação em arame farpado como 1ª. linha de defesa, após a qual havia uma 2ª. linha constituída por bidons cheios de terra.
O aquartelamento não dispunha de valas defensivas nem tão pouco de abrigos que dessem alguma proteção a possíveis ataques de morteiro e/ou canhão.
Os próprios postos de sentinela em redor do aquartelamento não ofereciam o mínimo de condições de segurança.
Estou em crer que, se alguma vez a Frelimo tivesse sido mais audaz com uma tentativa de golpe de mão, decerto que nos faria bastantes estragos.
 
Mas foi este o legado que recebemos da companhia 2751 que, para além de ocupar e defender o Chai, ocupava e defendia permanentemente com um grupo de combate, um posto avançado na ponte do Rio Messalo, situado a 10 Km do Chai e onde era necessário ir 2 vezes por dia buscar a água para o abastecimento do aquartelamento.
 
Esse tema ficará para uma próxima "Histórias do Chai" se não me castigarem com uma carecada.
  • Rui Briote Parabéns Amigo...texto muito bem escrito....abraço
     
  • Livre Pensador Desta já estou safo! O oficial de dia não me castigou com a carecada!
     
  • Armando Guterres só uma pequena repreensão - Monte DOS Oliveiras.
  • A única vez que fui à ponte do rio Messalo foi sem escolta.
  • Fernando Bernardes Muito bem e bom texto Ribeiro(Livre pensador).
  • Por favor não pares.
  • Fico aguardando ansiosamente o desenrolar desses teus bons relatos.Abraço
     
  • Velhas DE Estremoz Alentejanas É gratificante passar por aqui e encontar uma narrativa "daqueles tempos".
  • Sr Livre Pensador (Ribeiro), nas suas horas de ócio pode ir continuando, que estamos a gostar.
     
  • Julio Bernardo Que mente não deixe esquecer o que ainda há a dizer da vossa companhia, a quando ataque Chai e ponte, poderei dar umas dicas, boa gente encontrei na ponte, muito em perigo, mas bem despostos sempre.
      
  • José Guedes Cá ficarei aguardando novos relatos da vossa estadia pelo Chai,.. gostei deste texto e é bom recordar depois de tantos anos, muitos de nós ainda hoje desconhecemos muitos dos problemas que cada companhia tinha e passou,..
     
  • José Dias Nunes Amigo Livre Pensador (Ribeiro) gostei do testo escrito de uma formula simples mas muito realista.
  • O pessoal do Chai é sem sombra foi sem sombra de dúvidas o pessoal mais massacrado, quer pela Frelimo quer pelo nº de Operações em que estavam constantemente envolvidos.
     
  • Jose da Silva Livre Pensador, gostei de ler o que escreveste pois eu não posso avaliar muito o que vos passas-te lá no Chai, porque eu nunca saí de Macomia, não posso avaliar isso.
     
  • Luís Leote Boa noite
    Gostei imenso de ler.
    Sem floreados, ciso e conciso (é assim que se diz?).

    Parabéns smile emoticon
     
  • Velhas DE Estremoz Alentejanas Sr Luís Leote- Imagem de dente do siso
  • Luís Leote Está bem Comadres.
    Siso e conciso wink emoticon
     
  • Armando Guterres com siso e conciso L L
    O médico mandou-me contar os dentes e contei 32 contando dois e mais outro que ele tirou.
  • O primeiro foi tirado aos 13 anos com o estilete do compasso, enquanto se via a investidura do Paulo VI na TV.
  • Passado mais uns anos fiquei com uma placa com dois dentes nesse espaço que era de três.
     
  • Jose Capitao Pardal Livre Pensador gostei e estou à espera de mais...

     

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Ainda o ataque a Macomia em 7/7/1973, por Fernando Bento

Fernando Bento
 
Camaradas
 
Passados 41 anos do ataque a Macomia (7/7/1973), muita coisa se escreveu e contou sobre esse ataque efetuado pelas forças da Frelimo visando principalmente o quartel do nosso Batalhão.
 
Mas há um episódio que ainda não foi aqui descrito, penso eu, e que por uns segundos não teve consequências trágicas.
 
O furriel Joel do Pel. Rec. que nesse dia estava de piquete, regressava com a sua secção do Alto do Pina, local que ficava perto da missão donde se tinha uma vista pre...viligiada sobre Macomia.
 
Com o barulho do motor do "unimog", não se apercebeu do ataque e alguém o avisou atrasando-o assim uns segundos.
 
Quando descrevia a 1ª curva a seguir à estrada que conduzia ao Laku, uma granada de morteiro rebentava no meio da estrada defronte da casa do administrador, abrindo no alcatrão uma pequena cratera.
 
Não faço ideia quem eram os soldados que vinham nesse unimog, infelizmente o Joel já não está entre nós, mas naquele fim de tarde tiveram alguém a protegê-los, evitando-se assim uma tragédia.
 
 
 
Foi mais um episódio daquela guerra que ninguém de nós quis mas que tivemos de gramar.

Um abraço
 
 
Fernando José Alves Costa

Boa tarde Fernando Bento, fizeste um relato tão completo que parece que aconteceu à poucos meses, eu vinha nesse grupo, que tinha sido rendido no Alto Pina, só tivemos tempo de nos protegermos na valeta da berma da estrada que por sorte era bastante funda e dali corrermos para os morteiros.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Apanhei o Armando Guterres, por Duarte Pereira

Duarte Pereira
 
FUI VISITAR A PÁGINA DO FERNANDO SILVA E APANHEI O ARMANDO GUTERRES.
 
 
 
CONTO "QUASE DE NATAL".
 
NASCEU PARA OS LADOS DA SOALHEIRA, DEVE TER TIDO UMA JUVENTUDE MUITO DIFERENTE DA NOSSA.
 
FREQUENTOU O SEMINÁRIO ONDE OBTEVE A ARGÚCIA NO SEU COMENTÁRIO. ...

 PASSOU NA TROPA POR LOCAIS ONDE ALGUNS DE NÓS PASSÁMOS, MAS SEM "LEVANTAR ONDAS". 

NÃO SE ESCONDIA NA "SOMBRA", MAS ANDAVA NA "PENUMBRA". 

FOI MOBILIZADO E ANDOU NAS "TREVAS", MAS POUCOS DE NÓS O NÃO CONHECEM.

O "CABEDAL" NÃO É GRANDE, MAS CONSIDERO-O UM GRANDE HOMEM.

FOI UM PRAZER TER ALMOÇADO E CONVIVIDO CONTIGO NO SÁBADO PASSADO, 30 DE NOVEMBRO E ESPERO QUE OS OUTROS ELEMENTOS QUE COMPARECERAM PARTILHEM DA MINHA OPINIÃO. 

OBRIGADO ARMANDO GUTERRES.
 
 

GOSTO DE PESSOAS SIMPLES "SEM PENEIRAS" . !!!!
 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

O PRIMEIRO PELOTÃO DA 3509 TEVE UMA "VIDA" DIFERENTE DOS OUTROS TRÊS, por Duarte Pereira

Duarte Pereira
HÁ MUITO TEMPO QUE ANDO A PENSAR NISTO.
 
PARA MIM O PRIMEIRO PELOTÃO DA COMPANHIA 3509 TEVE UMA "VIDA" DIFERENTE DOS OUTROS TRÊS.
 
PENSO QUE O MAJOR DE OPERAÇÕES "APROVEITAVA" O ALFERES FERRAZ " OPERAÇÕES ESPECIAIS", PARA LHE DAR MISSÕES FORA DA ATRIBUÍDA À COMPANHIA (PROTEÇÃO A UMA ESTRADA) JÁ GRADUADO CAPITÃO, PELO POUCO QUE ME APERCEBI O PRIMEIRO PELOTÃO, COM ELE, CONTINUAVA A FAZER OPERAÇÕES DE RISCO., PARA OS LADOS DO QUITERAJO "ZONA TURÍSTICA" .
 
TIRANDO O FERRAZ QUE COSTUMA IR AOS ALMOÇOS, ESTE ANO NÃO PÔDE IR, NÃO CONSIGO ENCONTRAR OUTROS ELEMENTOS.
ACHO QUE ENCONTREI UM EM ARGANIL, FALEI COM ELE, (NEM SABIA EM QUE PELOTÃO TINHA ESTADO) CHAMA-SE NEVES E O ARQUIVO TEM PELO MENOS UMA FOTO DELE.
 
 
 
HÁ UMA HISTÓRIA QUE GOSTARIA DE VER EXPLICADA.
A DO PRIMEIRO PELOTÃO DA 3509.
 
O GUILHERME - DE CASCAIS- NÃO PODE OUVIR FALAR EM TROPA E RECUSOU SEMPRE OS CONVÍVIOS.
EX-FURRIEL MARQUES -  PARA OS LADOS DA AREIA BRANCA, DIZEM QUE ESTÁ "PASSADO".
SILVESTRE PIRES - VIANA DO ALENTEJO, NÃO COLABORA OU NÃO QUER RECORDAR.
 
TALVEZ O FERRAZ PARA O ANO EM ESTREMOZ, MAS EU NÃO FICO NA MESA DELE E NÃO É ASSUNTO PARA UM ALMOÇO CONVÍVIO.
 

 
 
PODERÁ TER ESCRITO ALGUM ARTIGO SOBRE ESSES DOIS ANOS.
ALGUÉM SABE O SEU ENDEREÇO DE E-MAIL E ME POSSA ENVIAR EM MENSAGEM PARTICULAR ??
OBG.
 
  • Fernando José Alves Costa Boa tarde amigo Duarte Pereira, dirijo-me a ti mas qualquer um da página me poderá responder à seguinte pergunta: Alguém se lembra de um soldado africano que já tinha feito não sei quantas comissões chamado Silva?, penso que estava ligado à 3509
  • Livre Pensador Se é quem eu penso, o Silva fazia todas (ou quase) as colunas para o Chai. Ribeiro.
  • Julio Bernardo Lamento nada dar a este assunto, lembro muitos da 509, já que a base era Macomia. Há fotos da messe onde noto Furrieis juntos e como norma lá nos encontrava o pessoal CCS mais 509 completando o quadro os sargentos e ajudantes.Abraço. BERNARDO
  • Fernando José Alves Costa O soldado Silva, andava quase sempre na Berliet rebenta minas, conserteza que deve haver alguns episódios passados com ele.
  • Livre Pensador Tanto quanto me lembro o Silva não fazia parte da 3509, nem do batalhão. Penso que era considerado milícia e dava apoio ao batalhão nas colunas, nomeadamente para o Chai, efetuando as picagens nos locais mais necessários e mantendo sempre na cabeça o capacete de aço, apesar do calor intenso que se sentia na picada. Ribeiro.
    Armando Guterres Boas tardes. Nas colunas para o Chai, até à ponte Muacamula, sempre me concederei "visita". Para Porto Amélia fiz uma sem arma e tudo. E a da ida e a da vinda "TIPO CARNE PARA CANHÃO" tudo no molho (pois mólho .... não môlho ... porque de noite, o calor não abundava).
  • Fernando José Alves Costa Jose Ribeiro ,acredito que seja como dizes, pois nunca percebi bem aonde ele pertencia e ás vezes ouvia ele dizer que o cmdt ainda não lhe tinha pago e isso poderá confirmar que era milícia.
  • Duarte Pereira LI COM ATENÇÃO OS COMENTÁRIOS ANTERIORES. QUEM MELHOR PARA CONTAR A SUA HISTÓRIA QUE O PEL/RECONHECIMENTO E O ECAV 1. COMECEMOS PELO AMORIM MOTA E HELDER LOSNA.
  • Livre Pensador Penso que o José Guedes, como condutor que era, talvez possa adiantar mais qualquer coisa.
  • José Dias Nunes Boa Tarde o Soldado Silva Natural de Moçambique não pertencia ao BCAV 3878, era um elemento do ECAV 1 e já tinha um largo Currículo de louvores e porradas dai a sua mui longa permanência no Exercito.
  • José Dias Nunes Agora respondendo ao Duarte Pereira o Major ao dar ordens para se executar determinada operação nunca mencionava qual o pelotão isso era uma gerência do CMDT de companhia. A ordem para se fazer uma operação apenas mencionava o nº de homens expressa em pelotões ou companhia (entenda-se companhia 3 pelotões).
  • Armando Guterres O José Dias Nunes tem toda a razão no que diz ... mas se me explicar porque depois de uns tempos largos sem ir ao mato (e seria eu fur a comandar) eu ir de férias ou a Porto Amélia receber a massa e o fur a seguir a mim ir para o mato, 4 dias a comandar 2 pelotões. Ou chegar um alf checa e no dia seguinte irmos para 5 dias !!!! com reabastecimento de castigo ??? - ó Vicente explica tu.
  • Duarte Pereira DIAS NUNES. PELO MENOS O HORÁCIO CUNHA E JOÃO NOVO, DEVERIAM TER REUNIÕES DIÁRIAS COM O CAPITÃO TEIXEIRA ALVES. QUANTOS MESES O CAPITÃO ESTEVE DE BAIXA?? ERA O ALFERES FERRAZ QUE TOMAVA CONTA DA COMPANHIA ATÉ SER GRADUADO EM CAPITÃO E SEGUIDO PARA O QUITERAJO. ALGUMA VEZ O MAJOR CONFIAVA NO CAPITÃO PARA PREPARAR OPERAÇÕES. ???