Por achar de muito interesse para a nossa história, vou transcrever um diálogo, há tempo, surgido na página do Facebook, do "BATALHÃO DE CAVALARIA 3878".
Apesar de não ter assistido, pois já tinha passado o "slide" e estava noutra estação, lembro-me perfeitamente do episódio.
Vou relatar aqui um episódio ainda passado cá em Sta Margarida na chamada "prova de fogo".
Era eu o responsável pela primeiras parte dessa "prova" e que começava pelo slide.
Um dia aconteceu o inesperado...caiu um em plena pedreira mais, propriamente, o Claudino, não sei se alguém se lembras dele.
Ficamos em pânico, pois estava todo ensanguentado e nada tínhamos no local para o podermos socorrer.
Pegámos nele em braços e fomos em direção á capela onde já estava um héli.
Como é óbvio suspendi imediatamente a "prova".
Quando me dirigi à messe, logo o Comandante e o Major se dirigiram a mim e em altos berros perguntaram-me o porquê da suspensão.
Como resposta viram as lágrimas correrem pela face em catadupa...
Perante esta minha resposta deixaram-me em paz, mas fiquei marcado para sempre com mais este episódio que foi o primeiro onde vi sangue...
Rui Briote, lembro-me perfeitamente, no recomeço estava o Comandante a incentivar-nos, penso que havia uma roldana que não era completamente redonda e foi nessa que o Claudino ia pendurado, o Claudino caiu lá em baixo em cima das rochas com bicos.
Rui Briote
Mais pormenores não me recordo, pois estava , nessa altura no " túnel" que era logo a seguir.
Mais pormenores não me recordo, pois estava , nessa altura no " túnel" que era logo a seguir.
O mais caricato é que quando a CCS estava para embarcar, o Claudino apareceu em Sta. Margarida, com meia cabeça de platina e já mobilizado para a Guiné.
Amigo Rui Briote.
Circulou uma frase que, tal como me contaram e que deve ser conhecida da maioria, foi atribuída ao major de operações.
Como não ouvi mas acreditando perfeitamente nos "transportadores" da frase que nada me espanta, serve para complemento do que te disseram: "Os homens requisitam-se mas o material compra-se".
O nosso convívio com esses fulanos que levavam para Sta Margarida a família, incluindo os filhos. Sabeis quais os brinquedos deles?
Não vos espantará de certeza...tudo brinquedos bélicos, como carros de combate e armas...
Eu ouvi contar essa frase do seguinte modo: depois de um Berliet ser minada e de seguida emboscada numa coluna em que alguns homens ficaram feridos, ao chegarem ao quartel o Major perguntou quantas viaturas ficaram danificadas, ao que o Comandante da coluna respondeu: Eu pensava que o meu Major me perguntava quantos homens ficaram feridos, e o Major respondeu: homens requisitos e viaturas compro-as.
Obrigado Fernando José Alves Costa.
Deverá ter sido isso ou coisa parecida.
Sabes que quando algo é contado, quando chega ao 10º, já o real anda um pouco alterado mas a essência mantém-se.
(às vezes, nem sempre).
Esta frase ou melhor este conceito .. era o pão nosso de cada dia dos militares de carreira, não pensem que a ouviram quando dita a primeira vez.
Pois acredito amigo Armando Guterres que este conceito de frase deve estar nos "canhanhos" dos cursos dos oficiais de carreira!