O LEONEL PEREIRA SILVA NA SUA PRIMEIRA LONGA METRAGEM.
Leonel Pereira Silva Comentou hoje:
Alguma coisa vai mal, não, muita coisa vai mal, Gilberto Pereira.
Mas esta do abandono a que "todos" os politicos nos deixaram soa até a vingança, como se nós os ex-combatentes não "chicos" tivéssemos tido vontade própria de ser mobilizados.
Deixa-me desabafar o que senti logo no pós 25/4/74, uma vez regressado da guerra a casa dos meus pais, quando percebi que os principiantes de po...líticos que emergiam como moscas perante um monte de excrementos.
Cheguei a temer que esses oportunistas nos perseguissem, ou mandassem, claro.
Poderia, como talvez tu também, relatar aqui casos concretos de ex-combatentes que conheço que vivem situações complicadas assim com os seus famíliares, mas não vou alongar muito este desbafo, no entanto o último que tive conhecimento foi na passada semana dia 12/6, e, como está fresco e também porque me tem inquietado bastante vou partilhá-lo aqui na página.
Estava eu, depois do almoço a tomar o meu cafézinho e a dar uma olhada no jornal numa pastelaria onde vou quase diáriamente, quando na mesa ao lado, 3 pessoas que me pareceram ser um casal mais uma senhora, pessoas que não conheço, nem de vista, de idade ligeiramente superior à nossa e o tema da conversa era precisamente o "stress pós-traumático de guerra", a senhora que não tinha ali o marido, dizia para o casal entre muitas outras coisas que - há muito anos, mas agora duma maneira quase diária e com tanta intensidade e até violência o meu marido não descansa de noite nem me deixa descansar, que além de sonhar e ter pesadelos, que tem noites em que se levanta assustado mais que uma vez, estamos a passar muito mal com a situação - , quando questionada se ele não estava a ser acompanhado pelo médico, ela respondeu que sim mas que ultimamente ele tinha dias que se recusava a tomar qualquer medicamento.
Deu perfeitamente para perceber que é mais um caso entre tantos, e que já está a chegar ao limite do admissível.
Pedi licença para entrar na conversa e sugeri que fossem à liga dos combatentes a Leiria onde ele podia ser atendido e acompanhado por um médico da especialidade, pois sei que outros o têem feito com sucesso.
Desculpem o discurso e mal "amanhado" mas é na senda dos políticos que temos tido até aos dias de hoje.
Um abraço ao Gilberto Pereira e demais amigos aqui da folha.
Leonel Pereira Silva Comentou hoje:
Alguma coisa vai mal, não, muita coisa vai mal, Gilberto Pereira.
Mas esta do abandono a que "todos" os politicos nos deixaram soa até a vingança, como se nós os ex-combatentes não "chicos" tivéssemos tido vontade própria de ser mobilizados.
Deixa-me desabafar o que senti logo no pós 25/4/74, uma vez regressado da guerra a casa dos meus pais, quando percebi que os principiantes de po...líticos que emergiam como moscas perante um monte de excrementos.
Cheguei a temer que esses oportunistas nos perseguissem, ou mandassem, claro.
Poderia, como talvez tu também, relatar aqui casos concretos de ex-combatentes que conheço que vivem situações complicadas assim com os seus famíliares, mas não vou alongar muito este desbafo, no entanto o último que tive conhecimento foi na passada semana dia 12/6, e, como está fresco e também porque me tem inquietado bastante vou partilhá-lo aqui na página.
Estava eu, depois do almoço a tomar o meu cafézinho e a dar uma olhada no jornal numa pastelaria onde vou quase diáriamente, quando na mesa ao lado, 3 pessoas que me pareceram ser um casal mais uma senhora, pessoas que não conheço, nem de vista, de idade ligeiramente superior à nossa e o tema da conversa era precisamente o "stress pós-traumático de guerra", a senhora que não tinha ali o marido, dizia para o casal entre muitas outras coisas que - há muito anos, mas agora duma maneira quase diária e com tanta intensidade e até violência o meu marido não descansa de noite nem me deixa descansar, que além de sonhar e ter pesadelos, que tem noites em que se levanta assustado mais que uma vez, estamos a passar muito mal com a situação - , quando questionada se ele não estava a ser acompanhado pelo médico, ela respondeu que sim mas que ultimamente ele tinha dias que se recusava a tomar qualquer medicamento.
Deu perfeitamente para perceber que é mais um caso entre tantos, e que já está a chegar ao limite do admissível.
Pedi licença para entrar na conversa e sugeri que fossem à liga dos combatentes a Leiria onde ele podia ser atendido e acompanhado por um médico da especialidade, pois sei que outros o têem feito com sucesso.
Desculpem o discurso e mal "amanhado" mas é na senda dos políticos que temos tido até aos dias de hoje.
Um abraço ao Gilberto Pereira e demais amigos aqui da folha.