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domingo, 25 de novembro de 2018

O MARROQUINO (1), por José Nobre

O MARROQUINO (1)
Navio Niassa – 4 de Agosto de 1967.
Era o nosso segundo dia de viagem a bordo do Navio Niassa, o qual pertencia à Companhia Nacional de Navegação, mas que desde o inicio da guerra ultramarina, servia para transportar, os mancebos mobilizados para o chamado ultramar. 

O nosso destino era Moçambique. 
Rapidamente compreendemos que a vida dentro daquele navio não seria fácil. 
Os porões tinham sido transformados em dormitórios, centenas e centenas de camas, que não eram mais do que umas tábuas cobertas com os chamados “colchões de espuma” e uma manta. 
Não existia qualquer local para as refeições, os duches eram de água salgada e as retretes eram uns cubículos mal amanhados, onde a privacidade dos utilizadores não existia. 
Bastou uma única noite, a primeira, para que a vida a bordo daquele navio se transformasse num inferno. 
O cheiro a vomitado que vinha dos porões era indescritível. 

Começava bem a nossa viagem a caminho de uma guerra que ninguém queria.
Nessa manhã de 4 de Agosto de 1967, tivemos a primeira palestra dada pelo nosso capitão, o comandante da Companhia de Cavalaria 1728, e também a primeira revista ao fardamento, entre outras coisas.

O Marroquino, o soldado condutor 044483/67, era a gargalhada da companhia 1728. 
Quando recebeu o fardamento, poucos dias entes do embarque para Moçambique, meteu-o dentro do saco de viagem e nunca mais lhe tocou, ficou tal e qual como lhe tinham entregue.
Antes da formatura já todos riam do fardamento do “marroquino” destacava-se de todos os outros que tinham o fardamento à sua medida. 

O alferes Guerra gritou, sentido, e todos ao mesmo tempo obedeceram à ordem.
O Capitão Pereira Monteiro, ou seja o “Becas” acabava de chegar para proceder à primeira revista da companhia. 
Olhou para todos, um a um, e ia fazendo alguns reparos sobre o cabelo, a barba, as camisas desabotoadas, e até o emblema da boina que não estava direito. 
A meio da revista, deu com os olhos no marroquino, não acreditou no que estava a ver. 
Tinha um verdadeiro espantalho na sua frente, no meio do seu pessoal. 
Ficou vermelho (particularidade do “Becas” quando se irritava). 
Fez-se ainda mais silêncio. 
Todos esperavam pela reação do comandante da companhia.
- Então você, (o Becas tratava todos por você) não tinha ninguém para lhe tratar do fardamento? 
Porque não trocou a camisa e os calções? 
O algarvio mantinha-se em sentido.
Diga- me lá porquê?
O Niassa avançava para Moçambique e enquanto o “Becas” falava o silêncio ainda era mais pesado, até os motores do navio faziam menos barulho.
- Como o meu capitão sabe, os meus pais estão em França, vai para dois anos, e eu não sei coser roupa e também não tenho ninguém na família que tenha o curso de “ Corte e Costura.”
Ouviu-se um burburinho na formatura, o Augusto, mesmo ao lado do marroquino, fazia um grande esforço para não rir.
- E as camisas, meu capitão, só haviam estas quando chegou a minha vez de receber o fardamento.
Ainda ficou mais vermelho, o “Becas.” 
A sentença caiu pesada, chamou pelo furriel, responsável pelos condutores, mais conhecido por “Parafuso” e disse-lhe.
- Este soldado deverá comparecer na próxima formatura com o cabeça rapada, e fica proibido de sair do navio quando chegarmos a Luanda.

Saiu-lhe cara a piada do “corte e costura.” 
Em pleno Atlântico tinha começado uma relação, entre o “Becas”, o marroquino e o barbeiro, que só terminaria no dia 12 de Outubro de 1969 quando regressaram a Lisboa. 

Depois e durante os vinte e sete meses moçambicanos, foram só mais umas doze carecadas, o marroquino, partiu careca e chegou careca.

Evidentemente que o “ Becas” quando da nossa escala em Luanda, deixou-me sair do Niassa, para um breve conhecimento da capital angolana.

Depois do nosso regresso de Moçambique e já no quartel de Estremoz, e na hora das despedidas, o “Becas” abraçou o marroquino e disse-lhe: Se algum dia tiver filhos e eles se portarem mal......não se esqueça de lhes dar uma carecada.
Ainda hoje, quando entro numa barbearia e me sento na cadeira, sinto a vontade de dizer...
É mais uma carecada.
RIP – Capitão Pereira Monteiro, nunca me esquecerei de si.

domingo, 6 de setembro de 2015

Eu e a Berliet, por Fernando Bernardes

Fernando Bernardes

Lembro como se fosse hoje na manhã do dia 13 de Junho de 73 saímos de Pemba (Porto Amélia) com destino a Macomia.

Não sei quantas viaturas, apenas que ia um jipe no qual seguia o capelão (padre), uma Berliet, a qual transportava 4 arcas frigoríficas.

Eu seguia na Berliet sentado no taipal com as pernas para fora.
Só lembro o antes, olhei o relógio, acendi um cigarro e não ouvi nem senti nada, acordei uma semana depois no HMN.
A estrada estava a ser alcatroada.~
O Sousa me falou que a Berliet... ficou destruída no fundo de uma ravina, que terão morrido 4 colegas, eu e o transmissões que estava regressando de férias na metrópole, penso que era o Amaral ficamos feridos.
Quando recuperei do coma fui transferido para neurocirurgia.

Ao tentar levantar da cama percebi que apesar de todo esforço, gemendo com dores atrozes, as dificuldades foram muitas.
Mas depois de tanto tentar consegui pôr-me de pé e então percebi que não conseguia mexer os braços, nem as pernas e só arrastando os pés fui conseguindo dar alguns passos.
Na manha do dia seguinte e porque não estava na minha cama, o medico deu-me alta.

Mas como eu falei dos sintomas que sentia, mandou-me convalescer na ilha.
Quando regressei da ilha, altas horas da noite, fiquei no hospital tendo falado com o médico na visita aos doentes do dia seguinte, mandou que fosse fazer raios-x.

As minhas chapas não apareciam, só na terceira vez tendo sido eu próprio a entregar nas mãos dele.
Assim que viu o resultado me disse para marcar consulta de ortopedia.

A minha guerra acabou logo nesse dia.
Ele propôs logo a minha evacuação para Lisboa, onde cheguei no 15 de Agosto de madrugada.

Fomos todos para o hospital da Estrela, na Infante Santo, para mais tarde, depois do médico ter olhado para cada um de nós mandou-nos para casa.

uns dias depois dei baixa ao Hospital de Campolide, Serviço de psiquiatria, depois neuropsiquiatria, até a junta medica me considerar incapaz para todo e qualquer serviço militar depois de 3 anos e meio de tropa.
 
Velhas DE Estremoz Alentejanas
FOMOS BUSCAR OS ÓCULOS PARA LER ESTE ARTIGO. VAMOS PASSAR AO SR DUARTE O COMENTÁRIO.

Duarte Pereira
PELO QUE LI, PARECE-ME UMA MINA SEGUIDO DE DESPISTE DA BERLIET.
HOUVE EMBOSCADA ???  
COM QUE ENTÃO NO TAIPAL DA BERLIET COM AS PERNAS DE FORA ?

José Guedes
DEPOIS DE LER O TEXTO DO FERNANDO BERNARDES E DEPOIS O QUE ESCREVEU O DUARTE FIQUEI UM POUCO CONFUSO,.. PORQUE NÃO ME LEMBRO DE DATAS MAS UM CONDUTOR DA C.C.S. NO REGRESSO A MACOMIA DE PORTO AMELIA TEVE UM ACIDENTE COM UMA BERLIET, EM QUE FOI POR UMA RAVINA ABAIXO E ERA ESSA BARLIET QUE TRAZIA ESSAS ARCAS E EM QUE NA ALTURA SE SOUBE QUE TINHAM TIDO FERIDOS MAS SÓ FALARAM NUM MORTO E ATE DIZIAM QUE ERA DE COR,.. DEPOIS DE LER VEI-O-ME ISSO Á MEMÓRIA, MAS NÃO SEI SE FOI ESSE MAS DO QUE FALA O DUARTE COM UMA MINA NÃO FAÇO IDEIA,.. DA C.C.S. E QUEM SE LEMBRAR O CONDUTOR FOI O DINIS,..

Rui Briote
Desconhecia tal episódio, pois nessa data estava em Alcoitão...vi que também sofreste muito.
Ficaste com sequelas?...

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Resposta à Confissão, por Paulo Lopes

 
Paulo Lopes

Duarte Pereira
Continua amigo.
Estou a gostar que dês ao dedo, espremendo os neurónios adormecidos, ainda com a adição de estares a gostar.
Por mim, tens leitor e, como é de meu apanágio, resposta em estilo de comentário.

Começando de baixo para cima:
Também tenho guardados esses dois trapos verdes com três fachas douradas em bico (ainda de fundo dobrado para que ficassem mais pequenas) e o crachá de plástico "perguntai ao inimigo quem somos" (perguntei-lhes mas eles, como mal educados que eram, não me responderam).

Curiosamente está tudo guardado numa gaveta juntamente com as medalhas do andebol!

Quanto ao resto é a história profunda do fundo da nossa história dos primeiros seis meses de "guerrilheiros" de cá e de além mar.
Depois, talvez tenha sido diferente os contos e o destino de cada um.
No meu caso, tirando os "crosses" matinais, a ginástica e de vez enquanto uma ou outra instrução nocturna de combate (como se algum de nós percebesse alguma coisa do que aquilo era) ia-me baldando conforme podia a dar instrução valendo-me para tal os treinos de futebol de 5, desporto pelo qual era guarda-redes dos sargentos do quartel de Beja, onde estávamos inseridos no respectivo campeonato militar. (Cheguei até à final mas já não a disputei por ter sido mobilizado mas constou-me que foram campeões).

Durante miúdo (que sempre fui) tocava (???) viola nos vãos de escadas e em casa de amigos quando os pais não estavam; jogava à bola na rua, fugia à polícia (mais por receio de, à noite, se fosse apanhado pelo bófia, levar no focinho do meu pai), não ia à chinchada em Lisboa mas fazia-o em Castelo Branco, terra onde ia passar as minhas férias escolares (3 meses).

Fazia tudo isso e mais um par de botas, menos o que deveria fazer: estudar!
Mas, aos 14 anos, acabou-se a brincadeira e começou o trabalho diário e a escola noturna!

Tropa!!! No ultramar??? Fugi ao que pude e comandei o menos possível (só não consegui bater aos pontos o nosso querido Guterres).

Mas todo esse tempo do antes e depois, já tu leste em algumas passagens do que escrevi.
E agora diz lá tu que o que escreveste já ia longo!

Escreve amigo. Escreve muito e muito, porque o muito será sempre pouco.
Um abraço e espero mais.


sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Ignorância imposta, por Paulo Lopes



Estávamos como sempre, ano após ano, década após década, numa evidente aparentada época de calmaria política alimentada por um mesmo regime de longos anos no poder.
 
Poder que incansavelmente não poupava esforços para fomentar uma ignorância propositadamente imposta e nada interessado em divulgar assuntos que fizessem os jovens de precárias posses formarem qualquer pensamento que os levasse a extravasar e mexer com os poleiros dos galos da capoeira, tanto civil como militar, deste meu país à beira-mar plantado de tantos heróis do mar, nobre povo, nação valente...( digo eu hoje que posso dizer. Será que posso? ) tendo ainda, mesmo assim, como um segundo suporte, qual muro de Berlim, para assegurar que possíveis devaneios de alguns tresmalhados não tivessem ideias estranhas, umas quantas diversas polícias para resolver esses assuntos mais atrevidos, com base na força dos bastões empunhados por mãos que se encontravam, por acaso, agarradas a corpos com cabeças mais ou menos ocas, embelezadas com olhos de pedras não preciosas, metidos dentro de fardamentos que lhes transmitia um orgulho igual à estupidez que sempre os acompanhava tanto na rua como no seio dos seus lares mas que sabiam, se sabiam, manejar a sua arma, consoante os cordelinhos que os seus superiores moviam tal e qual marionetas encorpadas de pano e palha com cabeça de madeira, manietadas por alguém escondido dentro de uma pequena barraca sem teto e que tentava divertir a pequenada pelas ruas de Lisboa.
 
E assim iam conseguindo mover o seu moinho, pelo qual não passava qualquer leito de rio ou riacho, mas sim uma enorme enxurrada de medos e receios.
 
Os anos passavam empurrados pelas horas sempre iguais e as alternativas de melhorias eram sempre prometidas e nunca cumpridas.
 
Situação que já vem da História Antiga e de que, ainda hoje, não vislumbro uma visão muito diferente para que possa, substancialmente, dizer que algo mudou: os poleiros ainda existem, só que agora são mais.
 
Os bastões também mas agora dão choque.
 
As fardas têm aspecto de serem mais leves e quem as veste, provavelmente tira-as quando chega a casa (não todos, obviamente) e coloca de lado a profissão vestindo a farda de homem comum que é, com ou sem farda!...
 
Os cordelinhos, esses, quem os move, são outros mas iguais ou parecidos aos de outrora, com a mesma prepotência e presunção de quem gosta, quer e tem o poder nas suas mãos.
 
Normalmente usa-o para benefício próprio e dos seus afilhados sempre a desfavor dos que fazem do trabalho por conta de outrem o seu dia-a-dia, colocando sempre nos seus ludibriosos e inteligentes discursos a sensação de pessoas de bem e esforçadas para melhorar a vida dum povo que os elegeu.
 
E o pior é que esse desfavorecido povo, tão desfavorecido quanto indulgente, elege-os mesmo, eleição após eleição!

In "Memórias dos Anos Perdidos ou a Verdade dos Heróis"
paulo lopes

quinta-feira, 10 de julho de 2014

As comadres e os coelhos, por Duarte Pereira


Duarte Pereira


COMADRE, PASSE POR AQUI.
ESTIVE A VER OS COMENTÁRIOS E ALGUMA COISA NÃO ANDA BEM NESTA PÁGINA.
QUEM É O SR JOÃO NOVO??
SABE??
EU SEI!!
 

É UM ADMINISTRADOR E DEVERIA TER CERTAS RESPONSABILIDADES.
GERTRUDES, ESSE NOME NÃO ME DIZ NADA.
MARIA, ELE APARECE POUCO, TEM OS SEUS AFAZERES.

COMADRE, MAS POR QUE É QUE O NOSSO AUTOR LHE "DEDICA" TANTA ATENÇÃO??
MARIA É FÁCIL DE EXPLICAR E NÃO LHE IREI FALAR NA PORCARIA DA FILOSOFIA OU PSICOLOGIA.
É DO STRESS.
O NOSSO AUTOR, PRECISA DE UM SACO DE BOXE PARA LIBERTAR AS "FEROMONAS" DO SR JOÃO NOVO.
 


MARIA JÁ ESTOU A VER TODA A MALTA A CORRER PARA O GOOGLE, PARA VER O QUE SÃO "FEROMONAS" .

GERTRUDES, MAS ELES ERAM AMIGOS EM MOÇAMBIQUE?
MARIA, QUE EU SAIBA NÃO.
O SR, JOÃO NOVO ORGANIZOU ALGUNS ALMOÇOS DO BATALHÃO E O NOSSO AUTOR FOI OBRIGADO A CONHECÊ-LO.
AGORA ESTÃO MAIS "AMIGOS" DESDE QUE ELE LHE DEU BOLEIA PARA O ALMOÇO EM MOSCAVIDE.

MARIA VOU MUDAR DE ASSUNTO, E TEREI DE SER "CURTA" QUE O SR JOSÉ GUEDES NÃO CONSEGUE LER MAIS DE TRÊS LINHAS SEGUIDAS.

ESTAVA PENSANDO QUE SE FOSSE RICA, FARIA UM JOGO AQUI NA NOSSA TERRA E DEPOIS SEGUIDO DE UM BOM ALMOÇO.

A EXPERIÊNCIA, COM A MINHA IDADE DIZ-ME QUE SE NÃO HOUVESSE ALMOÇO, NOS CONVÍVIOS SÓ APARECERIAM UM OU DOIS.

JÁ NÃO CONSIGO CONTAR OS "COELHOS" DA PÁGINA.
É UM BONITO APELIDO MAS DAVA PARA UM JOGO.
TUDO O QUE FOSSE COELHO ERA LIBERTADO AQUI NO NOSSO MONTE.
AVÓS, PAIS E NETOS.
A MISSÃO ERA ENCONTRAR OS COELHOS TODOS.
 

 
MARIA O QUE ACHAS DA IDEIA??
GERTRUDES, SE CHEGASSE A HORA DO ALMOÇO EU QUERIA LÁ SABER DOS COELHOS ( SÓ ME PREOCUPAVA COM O MAIS GORDO, AQUELE DO 2º PELOTÃO DA 3509), TEMOS AQUI COISAS MELHORES PARA COMER.
 
MARIA JÁ NOS ESTICÁMOS, VAMOS FICAR POR AQUI.
BEIJINHOS EM ESPECIAL AO SR JOÃO MARCELINO, E SE TIVER TOMATES TENTE CANTAR UM FADO NO ALMOÇO CONVÍVIO.
 
NÃO CONTE COM O NOSSO AUTOR QUE ELE É MUITO DISCRETO E TEM UM DISCURSO PARA LER DE 15 FOLHAS FRENTE E VERSO.
 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

As comadres e a vitória do Benfica, por Duarte Pereira


BOM DIA MARIA.

QUANDO OLHO PARA SI PARECE QUE JÁ NÃO A CONHEÇO.

GERTRUDES.
PASSAMOS TODA A NOITE COM A LUZ ACESA, O MEU MANEL ÀS ESCURAS NÃO ME CONSEGUE VER.
COM O CHEIRO QUE TROUXE LÁ DOS BANHOS NA TANZÂNIA DIZ QUE JÁ NÃO É A MESMA COISA E DISSE PARA EU LÁ VOLTAR MAIS VEZES.

MARIA, ONTEM A PÁGINA DO BATALHÃO TAMBÉM APANHOU UM "ESCALDÃO".

VERMELHA DE CIMA A BAIXO, AQUELES DIABINHOS PINTARAM-NA BEM.
LÁ DISFARÇARAM COM OUTRAS COISAS, UMAS VIOLAS, UMAS BEBIDAS.

O JOSÉ GUEDES DEFENDEU-SE BEM DAQUELAS RIVALIDADES DO FUTEBOL
ENTRE O PORTO E LISBOA.

 

HOUVE UM ENGRAÇADINHO QUE PENDUROU UMAS COMADRES NUNS FIOS MUITO ALTOS, QUE ATÉ PARECE QUE ESTÃO A SECAR AO SOL E AO VENTO.
SE ELE FOSSE BRINCAR COM A CORDINHA DELE QUE JÁ NÃO DEVE PODER COM UMA GATA PELO RABO.

MAS ENFIM, PARECE QUE ANDARAM DIVERTIDOS COM OS VÍDEOS E A BOTAR OVOS DE CHOCOLATE.

ESPERO QUE NÃO APANHEM UMA "CAGANERA".

POR AGORA É TUDO.
VOU COMEÇAR A PENSAR O QUE FAZER PARA O ALMOÇO. 
ATÉ MAIS LOGO MARIA.

terça-feira, 1 de julho de 2014

As comadres e os "ratos" a abandonarem o navio, por Duarte Pereira


COMADRE, ACABEI DE LER A ESCRITA DA D. ALEXANDRA COELHO QUE FOI COLOCADA NA FOLHA PELO SR RUI BRIOTE.
 
COMECEI A PENSAR PARA MIM PRÓPRIA.
TENHO ACOMPANHADO PELOS JORNAIS E TELEVISÕES O DESCONTENTAMENTO DO POVO. POR ONDE VAMOS PASSANDO VERIFICAMOS QUE A RÉDEA CADA VEZ ESTÁ MAIS CURTA.
TEMOS OUVIDO MUITOS COMENTADORES, EX-DIRIGENTES E ATÉ EX-MINISTROS QUE CONHECEM BEM AS COISAS QUE SE PASSAM LÁ DENTRO, NO MIOLO DA POLÍTICA E DOS PARTIDOS POLÍTICOS.
 
TODOS APONTAM ERROS, COMPADRIOS, CORRUPÇÃO...
MAS ONDE ESTÁ A SOLUÇÃO ???
 
NÓS TEMOS UMA.
A BARRAGEM DO ALQUEVA ESTÁ QUASE CHEIA (O POVO).
A ASSEMBLEIA ESTÁ CHEIA DE ILUMINADOS (ALDEIA DA LUZ).
 
 
POVO DO INTERIOR, TRANSMONTANOS, BEIRÕES, ALENTEJANOS, ALGARVIOS E OUTROS, QUE SE QUEIRAM JUNTAR.
 
 
AGARREM NAS VOSSAS MERENDAS E TENTEM CHEGAR À ENTRADA DE LISBOA. TODOS NO MESMO DIA.
 
 
O MOTIVO, SERÁ CONHECER A CAPITAL (TURISMO). COM A "ÁGUA" A ENTRAR NA CIDADE, "OS RATOS" ABANDONARIAM O NAVIO.
 
 
COM ESTES PENSAMENTOS IREMOS DORMIR MAIS DESCANSADAS.

terça-feira, 18 de março de 2014

A Portugália deixa-me sempre um pouco de nostalgia, por Paulo Lopes

 
 
A Portugália deixa-me sempre um pouco de nostalgia:
 
Portugália - Cais do Sodré


E assim ia eu passando a minha certinha vida, pobrete mas alegrete, entre o escritório duma concessão de automóveis da marca Opel (onde o Eusébio, mítico jogador de futebol sobejamente conhecido, achado num clube desportivo de Moçambique e arrancado ao eminente pé descalço, foi comprar um carro ou disso fez intenção) e as aulas, intercaladas com umas fitas nos cinemas Império, Imperial, Avis, Odéon, Politeama, Max e outros.

Cinema Império
 

Uns mais para a fineza, outros mais para o piolho (nunca disso fazendo grande distinção), misturando
pelo meio umas passagens na Portugália dando umas tacadas nas bolas de snooker ou de estilo mais emproado, num bilhar às três tabelas, preocupando-me muito mais com a mesa onde permanecia uma travessa de batatas fritas com mostarda e na imperial, que estava a perder a pressão, do que propriamente na pontuação que ia obtendo no combate "bilharesco", nunca descurando, quando possível, uma paragem no Parque Mayer, colando os ouvidos a uma máquina de discos (invenção americana dos anos cinquenta, creio eu) metendo uma moedinha, percorrendo com os dedos e olhos o número e letra, que davam acesso ao que queríamos ouvir: Everly Brothers, Tremeloes, Chuck Berry, Kinks, Byrds, Crispian St. Peters, The Walker Brothers, Procol Harum, Jimi Hendrix, Scott Mackenzie, Manfred Man, The Move, não esquecendo claro está, The Beatles ou noutro estilo de rock, The Rolling
Stones, não variando as composições, porque os vinis eram, inevitavelmente, os mesmos, viro-disco-e-toco-mesmo, sempre com a esperança de um dia, com um pouco de sorte, pudesse chegar ao luxo de ter uma aparelhagem e discos próprios em casa, coisa que, só alguns, muito poucos, a isso tinham acesso.
 
 Parque Mayer
 
Depois, mais tarde e já estar de regresso de Moçambique, ainda ia muitas vezes à Portugália (a verdadeira! Não a que agora por ai anda espalhada nos diversos centros comerciais) lambuzar-me com os seus belos bifes com molho à Portugália pois era lá, quase sempre e quando jogávamos em Lisboa ou arredores que íamos jantar, mais cear que jantar, devido à hora a que os jogos de andebol terminavam.
Bifes que nada têm com os que são agora servidos!
Por isso a minha nostalgia falada no anterior comentário!

 
Bife à Portugália

 

A Ajuda também é uma zona, que algo me diz, porque treinei e joguei muitas vezes no Pavilhão da Ajuda, e quando por lá comíamos, íamos normalmente ao "Andorinhas" ou à "Cabine"!
No primeiro esgotávamos todos os mousses de chocolate com pinhões que eles tivessem!
Já no segundo, faziam umas ricas ameijoas!
Tempos idos e hoje nem sei se tais "tascas" ainda existem.

O vinho verde era noutra zona da Ajuda, mais para o Caramão da Ajuda!
Bairro que tinha uma equipa de Andebol ,onde militava um gajo chamado Pires, cuja pedrada não era pera doce!