terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Só se via a cabeça dum Coelho, por Horácio Cunha

Vou deixar-vos o texto do Horácio Cunha, de hoje, 2014/01/09 e o diálogo que motivou entre o grupo de ex-combatentes do "BATALHÃO DE CAVALARIA 3878"...


Cratera duma mina, duma das vezes em que estava integrado no grupo de combate, por falta de enfermeiros, cujo rebentamento ocorreu na picada para o Alto da Pedreira.
 
Nota-se bem a violência desse rebentamento, pois a referida cratera quase engolia o nosso Mimoso Coelho.
 
A brincar diria que, só se via a cabeça dum Coelho.
 
Além de mim e do nosso soterrado, reconheço também o Jerónimo, o Fernando, um Cabo que era condutor, que depois pertenceu aos Bombeiros da Malveira e que já não me lembro o nome, como também já não consigo identificar os restantes.
 
Fico à espera de quem tenha melhor memória.
 
Dedico esta fotografia ao nosso amigo João Novo, que há tempos atrás, referiu por aqui, não se recordar de eu ter permanecido na Pedreira ou ter andado na picada.
 
Mas...Há mais para lhe avivar a memória — com Americo Coelho.
 

Cratera duma mina, duma das vezes em que estava integrado no grupo de combate por falta de enfermeiros, cujo rebentamento ocorreu na picada para o Alto da Pedreira. Nota-se bem a violência desse rebentamento, pois a referida cratera quase engolia o nosso Mimoso Coelho. A brincar diria que, só se via a cabeça dum Coelho. Além de mim e do nosso soterrado, reconheço também o Jerónimo, o Fernando, um Cabo que era condutor, que depois pertenceu aos Bombeiros da Malveira e que já não me lembro o nome, como também já não consigo identificar os restantes. Fico à espera de quem tenha melhor memória. Dedico esta fotografia ao nosso amigo Novo, que há tempos atrás, referiu por aqui, não se recordar de eu ter permanecido na Pedreira ou ter andado na picada. Mas...Há mais para lhe avivar a memória


 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O senhor Professor Paulo Lopes, do tempo dos cartões perfurados...

 
 
Amigo Gilberto Pereira! ...
 
Já lá vão mais de 35 anos, quando eu trabalhava (pelo menos ia para lá todos os dias) na BMW, quando a informática veio ter comigo (estava eu muito descansadinho), ainda os "computas" eram a fita perfurada e um computador não cabia numa sala de alguns metros quadrados.
Chamavam-se "mainframes"!...
Tive de me desenrascar!...
Depois vieram as revoluções trazidas pela Apple, IBM, Microsoft e outras que foram surgindo com o seu, agora básico, MS-DOS.
Eu tive de acompanhar... pois que remédio!
Começaram então essas infernais máquinas a serem cada vez mais pequenas e mais fáceis de manejar pelo pessoal!...


Continuei a aprender até ao ponto de auxiliar um informático a sério "Analista de Programas", com o pouco que sabia, a fazer de raiz um programa oficinal, para um concessionário da Fiat (Auto-Dinis), o qual, mais tarde, ajudei a instalá-lo noutro concessionário mas em Vila Real (lá de cima).


Esfolei os miolos a pôr a malta a funcionar com aquela coisa!
A Malta que não sabia, tão pouco, o que era um teclado!
Cada vez mais me exigiam e muito trabalho me deu a idealizar, fazer e aperfeiçoar, mapas em excel (programa de folha de cálculo), com mapas de produção, vendas e stock's (isto já na Mitsubichi e na Mercedes).
Lá me fui desenrascando com outros (mais "altos" que eu, mas que não tocavam aquele instrumento) e a levar os louros para casa!...
Até que me fui embora dessas lides mas, com o bichinho enfiado no corpo, lá me "meteram" a ensinar (?) na Universidade Sénior, o básico da informática e aos mais adiantados, o word e o excel!
Não sei se aprenderam alguma coisa (duvido) mas deu-me prazer em ensinar o pouquíssimo que sabia a quem nada percebia da "poda"!...

Hoje, amigo Gilberto Pereira, digo para mim: "cada vez percebo menos desta m...."!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

BRINDEMOS À VERDADE DOS HERÓIS, por Paulo Lopes



Foi o Duarte Pereira que pediu! Não me culpem de mais estas páginas.

BRINDEMOS À VERDADE DOS HERÓIS
(que souberam dizer, não)
 
O esquecimento de quem viveu tempos difíceis é impossível.
 
Não de dificuldades materiais.
Falo de dificuldades mentais absorvidas pelo conteúdo de medos complementados por apertos de alma e escassez de esperanças.
E por isso as recordações, levam-me a pensar que muitos homens embarcaram para o Ultramar.
 
Alguns sofreram apenas a distância que os separava da família.
Outros sofreram até à morte.
Outros ainda, perderam pernas, braços e a vontade de viver.
 
Houve, decerto, alguns a quem a sorte bafejou a vida (ainda bem para eles), que passaram toda a campanha numa cidade, dentro de um qualquer quartel, como se apenas tivessem ido cumprir o seu serviço militar um pouco mais longe da sua terra natal.
Mas também a esses, lhes apertou no peito as saudades e a falta dos seus familiares.
Dirão, por desconhecimento, por estupidez ou simplesmente, por total ignorância, que não foi assim tão mau, que o Vietname foi bem pior, que...
 
Nunca souberam o que era sentir saudades de tudo, até duma simples bica, como toda a minha Companhia e outras que, talvez pelo isolamento, talvez devido ao constante jogo de vida e de morte, talvez por todo um conjunto de fatores de desmoralização, talvez por termos visto o nosso próprio sangue e o sangue do inimigo, talvez por termos vivido no centro da guerra, talvez por os nossos ouvidos se ensurdecerem com o estalar de bombas e tiros, talvez por termos brincado com a morte, talvez por termos passado fome e sede, talvez, por tudo ou por nada disto, deveríamos ser todos compensados pelo destino.
Todos nós, cuja juventude ficou perdida, mas que tivemos a sorte de regressar, viemos cansados, dinamicamente falidos.
Haverá os que nunca mais vão recuperar!
 
Por mim, vou novamente lutar, mas agora, contra a minha própria memória, contra toda e qualquer forma do passado.
 
Vou recuperar!
Agora sim, agora sei qual a razão da minha luta.
Conheço definitivamente as causas.
Vou acabar em mim com todo o ódio gerado na guerra.
Apagar todas as fogueiras que fiz arder.
No entanto, hoje e já alguns anos distantes do que passei, sinto um constrangimento: existe um intervalo, um vazio no tempo e no espaço.
Uma linha indefinível e inexplicável que separa o eu de ontem e o eu presente.
Ainda hoje conservo um sentimento de revolta que me obriga a não perdoar e desconfiar de todo e qualquer politico ou governante.
 
Jamais esquecerei que, à custa do sangue, do medo sofrido, da deterioração cerebral, do desgaste psíquico e até da própria vida de muitos jovens, andam hoje, a ser aplaudidos, levados em ombros e até adorados, nomes que foram potenciais causadores de todo um quadro degradante, de todos estes anos perdidos, de tantas vidas desfeitas.
 
Nomes que voam por cima.
Que aparecem nas primeiras páginas dos jornais, revistas e noticiários como grandes heróis, salvadores de um povo, lavradores de uma independência!...
 
Gentalha podre de rica à conta de "cambalachos" e corrupções, de esmagamento de vidas alheias, de prepotências desmedidas, que ironicamente, hoje são, grandes comunistas, socialistas, sociais-democratas, revolucionários, esquerdistas, direitistas e do que mais estará para vir, que eles mesmo — sempre os mesmos— inventaram.
 
Enfim, grandes e fervorosos defensores da democracia, dos direitos dum povo, da paz dos portugueses e do mundo!...
Filhos da p...!
 
Contudo, o que me faz ainda doer mais, é que estes senhores, civis ou ainda militares, aproveitadores duma falsa libertação dum povo oprimido durante séculos, donos do mundo e da vida, continuam e continuarão a ser sustentados e levantados aos céus por aqueles que outrora perderam a juventude servindo os interesses de quem nunca se interessou por eles.

Portugal viu partir muitos soldados.
Uns nunca mais voltaram.
Outros regressaram como grandes heróis que nunca foram.
Grandes combatentes de batalhas que nunca sentiram.
Expoentes máximos no conhecimento de guerrilha que heroicamente travaram nos cafés e esplanadas das diversas cidades Moçambicanas.
 
Muitos, que realmente foram verdadeiros heróis, com todo o seu medo de combater, com todo o seu receio de ter que disparar a sua arma, com todos os sentidos em pleno desespero, com toda a sua virtude de voltar costas à guerra, passam despercebidos no meio da multidão que corre loucamente, não para acarinhar os jovens que já esqueceram que foram jovens, mas sim, para aplaudir e dar vivas a uma qualquer miss de Portugal ou uma qualquer equipa de futebol que, algures, nesse mundo, que transborda paz e alegria, obtiveram um lugar de destaque.
 
Multidão que corre a aplaudir e festejar vitórias de todos esses partidos políticos, que existem no nosso Pais à beira-mar plantado, comandados por senhores tão democráticos como os de outrora.
 
Tudo o que para trás ficou escrito serve apenas para homenagear todos aqueles desventurados que, sem saberem a razão, tombaram na defesa da mentira dos poderosos.
 
Também não passa dum forte abraço a todos os heróis sem medalhas, que, perdidos no tempo e na memória, passam despercebidos, sem histórias mal contadas para dizer.
 
Quero aplaudir todos aqueles que determinados e convictos, conseguiram fugir a muitas ordens dadas por desmedidos animais ao serviço do poder.
Quero coroar todos os que, à maneira de cada um, foram suficientemente heróis para dizer NÃO a muitas operações, fugindo delas como podiam, não acatando ordens daqueles que nunca estavam no local para as poder fazer cumprir.
 
Não peço desculpa dos erros cometidos ao longo da minha campanha porque, tenho o instinto do animal homem e o ódio recalcando as feridas que constantemente se abriam na minha alma e no meu ser, feitas pelas horas de angústia e receios, que me obrigavam a ter atitudes de fera ferida.
 
A minha arma só disparou quando defendia a minha integridade física e a dos meus companheiros e nunca com o pensamento de matar, apenas por matar, apesar de muitas vezes o meu pensamento se ter deixado desviar par um sentimento de ódio contra os que não eram, de modo nenhum, os verdadeiros responsáveis daqueles miseráveis tempos perdidos.
 
Gostava também de deixar uma palavra aqueles que, por opção ou por fuga à vida de difícil passagem, foram tentar uma vida melhor nas Províncias Ultramarinas e que por lá ficaram formando as suas famílias, dando o seu melhor, trabalhando honestamente sem fazer fortunas, à custa do suor dos nativos e que, por culpa desses tais políticos defensores e salvadores dum povo, tiveram de fugir deixando para trás toda uma vida construída com suor que foi vendida por esses ─ ainda estes ─ falsos salvadores que, estes sim, à custa da “venda” abruptamente concretizada entre malfeitores das duas partes envolvidas e do trabalho alheio continuam a viver uma vida regaladamente despreocupada.
 
Quero, por fim, desejar que não existam mais "ultramares" mas, se guerras existirem, que obriguem os jovens a ir para a frente da batalha, que seja por causas verdadeiramente justas e que definam uma vida de esperança convertida em realidade num mundo onde as próximas gerações tenham o prazer de viver em paz.
 
Mas... não me parece que assim seja.
Não o foi.
Não o é.
Duvido que o venha a ser.
 
Apesar de ser o FIM desta minha rebusca às memórias dos tempos perdidos, a vida prossegue e os homens continuam a destruir-se uns aos outros, em cadeia, como uma bola de neve... os poderosos continuam a existir.
 
Os malfeitores continuam a mandar e comandar!
Apenas os nomes mudam.
Mas a historia, a democracia por estes inventada, essa... tudo como dantes. Quartel-general em Abrantes...

paulo lopes
in "Memórias dos Anos Perdidos ou a Verdade dos Heróis"

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Duplamente Triste..., por José Guedes


Hoje, dia 06-01-2014...

Um dia triste pelo Adeus a um Homem que entristeceu o país, porque foi um grande jogador do Benfica e da Seleção, mas também pela sua postura de uma pessoa simples, um bom exemplo, eu também não fiquei indiferente a tudo isto... mas não me posso esquecer que no mesmo dia também houve um funeral de um colega nosso o que me deixou duplamente triste...
Este amigo que tal como eu era motorista da CCS.
Em pouco tempo partiram dois amigos, que sempre recordarei por uma situação que se passou em Macomia.
Estava preparado para uma coluna para o Chai e já tinha o Unimog 404, carregado de mantimentos e estacionei junto á porta de armas.
A partida estava atrasada, quando apareceu o falecido David (analista), a pedir um condutor para ir buscar um tanque de água. Como não estava mais ninguém por ali, o meu alferes mandou-me a mim.
Entretanto a coluna teve que avançar e eu ainda não tinha chegado teve que avançar outro, que foi precisamente o Vassalo, que hoje se enterrou.
Passado algum tempo depois de terem partido tivemos conhecimento de uma mina que tinha rebentado no Monte dos Oliveiras, precisamente no Unimog, que ele conduzia, quando devia de ter sido eu a ir...
Felizmente não sofreu nada, mas a viatura ficou com a frente bem desfeita.
A seguir acabei por ser eu e o Major de operações (Fernandes), só os dois a fazer aquela viagem até ao local da mina, mas nada nos aconteceu.
Eu tinha os Anjinhos do meu lado, porque tive mais situações idênticas.
Em espaço de pouco tempo faleceram os dois quando nada o fazia prever.
Um dia ainda nos vamos encontrar e falar novamente deste episódio.
Para eles que partiram um abraço de saudade...
e que estejam em paz,...



sábado, 11 de janeiro de 2014

Inutéis e Descartáveis..., por João Novo

João Novo BATALHÃO DE CAVALARIA 3878

Este artigo, é para todos aqueles que vivem da sua reforma, e que achei por bem publicar, para ler e meditar, foi-me enviado por um amigo.

O Escritor, Jornalista e meu Amigo Joaquim Vieira, dispensou-me amavelmente este seu Artigo, que ontem foi por ele lido na ANTENA 1:

Há um país onde a lei diz que todos são iguais, mas onde há uns menos iguais do que os outros...

Estes ajudaram a erguer o país, e muitos até foram à guerra em nome desse mesmo país.
Mas agora são gente pacífica, de físico debilitado e cujas vozes não chegam ao céu.
Não ameaçam ninguém, não paralisam o trabalho e já não cumprem os padrões de produtividade exigidos.
Adoecem mais do que os outros, e são considerados um fardo para a sociedade pelo que custam em tratamentos.
Não trabalham para pagar o que gastam, embora já antes tivessem trabalhado para pagar o que recebem.
O poder político desse país entende que vivem acima das suas possibilidades e que por isso são uma dor de cabeça.
 

Acha mesmo que seria mais fácil governar se eles não existissem.
Conclui assim pela sua inutilidade, que estão a mais, que são descartáveis.
Não se importa de lhes dificultar o acesso à saúde, porque é indiferente que morram mais cedo.
Talvez seja até preferível, porque morrendo mais cedo ajudam a melhorar o exercício orçamental.
 

Sendo alvos fáceis e dóceis, sem capacidade contestatária e sem instrumentos de pressão, nada custa retirar-lhes direitos e regalias antes julgados vitalícios.
Sendo solidários e ajudando os familiares mais carenciados, não recebem em troca a solidariedade do poderes públicos.
 

Pelo contrário, são os primeiros na linha de fogo, e quando o poder sente alguma aflição financeira é a eles, e muitas vezes só a eles, que começa por retirar as verbas necessárias.
 

Mesmo que a suprema autoridade judicial se interponha, declarando ilegal tal prática, os governantes não se sentem na obrigação de acatar a restrição, antes a contornam e insistem no mesmo.
E insistem retirando-lhes ainda mais verbas, e retirando a mais vítimas do que antes tinham feito.
 

Não dizem que aumentam o confisco, mas que estão a recalibrar.
Dizem também que não é um imposto, quando tem toda a forma de um imposto – e um imposto agravado.
Um imposto que se aplica apenas ao tal grupo e não a todos os contribuintes do país.
 

Esse grupo são os velhos, e o país, onde não há lugar para velhos, chama-se Portugal.
 

É um país descalibrado, onde manda muita gente sem calibre.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Enfermeiras para quedistas..., por Horácio Cunha

 
 
Li com alguma emoção este texto.
Há tempos, já aqui falei, um pouco detalhadamente, destas mulheres enfermeiras e do seu importante papel em prol dos nossos feridos e estropiados daquela guerra.
Conheci o seu humanismo e o seu sangue frio.
 
Na C Cav.3509, à qual pertenci, como é sabido, atuaram duas vezes, em circunstâncias difíceis, em plena picada e em risco iminente, com os nossos camaradas condutores feridos - Manuel Lopes e Reis.
 
Numa dessas evacuações, uma ainda vinha com as botas (que eram iguais às nossas) por atacar e segundo me confidenciou, enquanto ambos socorria-mos o nosso ferido, estava a descansar um pouco, após grande cansaço, quando foi de novo chamada de emergência para aquele serviço e teve de calçar as botas rapidamente e correr para o hélio que já a esperava, não lhe dando tempo de as atacar.
 
Como nota direi que esta jovem que evacuou o Lopes na picada, por coincidência, foi a mesma que, dias mais tarde, o acompanhou no avião dos feridos que o trouxe para a Metrópole.
E, muito embora o tempo decorrido, reconheceu-o, ficando estupefacta, segundo ele, por lhe terem amputado a perna.
 
Estas jovens enfermeiras para-quedistas caíram, tal como nós, no esquecimento de muita gente, que não reconheceram o seu alto valor altruísta de desempenho, que então realizaram.
 
Deixo aqui, mais uma vez, a minha enorme gratidão e homenagem a essas mulheres, hoje de proba idade e que tão bem são personalizadas, no texto acima apresentado pelo nosso amigo Luís Leote.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Se eu fosse poeta, por Paulo Lopes


Se eu fosse poeta
e viesse a compor
um poema perfeito
seria para ti.

Se esse poema fixasse minhas horas
mostraria que em tudo te encontro:
nas palavras o teu nome
nos meus olhos fechados a tua imagem
nas pessoas a tua presença
nas crianças o teu sorriso.

E nesse poema perfeito
se o desfiasses palavra por palavra
verias nele luz vida e cor
porque o poema eras tu.

paulo lopes (1975)




 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Serei pretensioso?..., por Fernando Lourenço

Fernando Lourenço
Fernando Lourenço 2013/12/13

Dei comigo a pensar se não seria achado de um pouco pretensioso a minha colocação de certos artigos.

Estas chamadas de novas tecnologias são na verdade fantásticas, viciantes nalguns casos mas proporcionam uma comunicação entre pares que deverão ser aproveitadas.

Não é fantástico que um "gajo" que já não vejo há perto de 40 anos, que foi para o Brasil deixar crescer a barriga, vem comunicar connosco porque nos encontrou na net?

Se nos víssemos na rua de certeza que não nos falávamos pois não nos reconheceríamos.

Utilizo imenso a net por motivos profissionais e também como lazer, e o único grupo a que pertenço é este.

Deu-me imenso prazer e gozo colocar perto de duas centenas de fotos da nossa guerra e comentar algumas e agora que já não tenho mais para colocar dá-me prazer colocar algumas... curiosidades e ler outras que outros "postam" que só vem enriquecer-me.

E a página é uma continuação do que nós fomos, camaradas solidários, respeitosos, aprendemos muito uns com os outros, muitas vezes sem distinção entre oficiais, sargentos e praças.

Pelo menos quando a "xicalhada" não estava por perto.

Claro que não há rosas sem espinhos e esta "modernice" não é exceção.

Há sempre quem se queira aproveitar e a coberto duma impunidade por enquanto não legislada, seja insultuoso para com outros, mentir sobre si mesmo dando a entender serem o que não são, e em alguns casos extremos com consequências gravosas.

Que o digam alguns pais.

Mas voltando á frase como comecei, serei pretensioso?

As anedotas aqui colocadas 99% já as conheço.

Participar em conversas que não me dizem nada não sou capaz.

Ainda me recordo duma fase que a página passou em que se contava os comentários, todos sem nexo, só para chegar aos: "é pá já vamos em trezentos e quarenta e nove comentários".

Mas ficar a saber que a formiga cai sempre para o mesmo lado para mim desculpem lá é fascinante.

Obrigado Luís Leote.

As minhas desculpas pelo tempo que vos tomei.